Portugal
Artesanato de Nisa inspira desfile de moda este sábado

O encantador e diversificado artesanato do Concelho de Nisa será o protagonista de um desfile de moda imperdível que ocorrerá no próximo sábado, 27 de julho, às 21 horas, como parte das festividades do Nisa em Festa. Este evento promete destacar a rica tradição artesanal da região, transformando-a em uma celebração de moda única e inovadora.
O desfile será realizado no espaço lounge da grande festa em Nisa e contará com mais de duas dezenas de modelos inspirados pelos inigualáveis bordados tradicionais das várias freguesias do Concelho. As peças elegantes, desenvolvidas sob a marca “éNisa éNosso” pelo Município de Nisa, serão apresentadas por nove manequins profissionais.
Entre os destaques do desfile, Luís Borges, um dos mais renomados nomes da moda em Portugal e com laços familiares em Nisa, abrilhantará o evento com sua presença. A colaboração de Borges adiciona um toque especial ao desfile, ligando o prestígio da moda nacional à rica herança cultural local.
O desfile de moda faz parte da programação do Nisa em Festa 2024, que, além do evento fashion, contará com uma noite vibrante de música. O público poderá desfrutar das atuações de David Carreira, Luísa Sonza e We Are The Millenium Show, prometendo uma noite repleta de entretenimento e celebração.
Não perca a oportunidade de testemunhar a fusão entre o artesanato tradicional e a moda contemporânea neste evento que destaca o melhor de N
Portugal
Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha avança com Plano de Cogestão até 2027

A Comissão de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha (RNLSAS) aprovou, por unanimidade, o Plano de Cogestão 2024–2027, delineando o futuro da proteção, valorização e promoção sustentável deste valioso território natural, repartido entre os concelhos de Santiago do Cacém e Sines.
A decisão foi tomada após parecer favorável do Conselho Estratégico da RNLSAS, emitido a 9 de junho, e culmina um processo participativo e transparente, iniciado em 2024, com forte envolvimento das comunidades e instituições locais.
Uma aliança estratégica pelo futuro da biodiversidade alentejana
A Comissão de Cogestão — presidida pelo Município de Santiago do Cacém — integra o Município de Sines, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Universidade de Évora, a ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, a ERT – Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a AdSA – Águas de Santo André, S.A., a CCDR Alentejo e a CPADA, representada pela AGROBIO.
Este vasto e coeso leque de parceiros institucionais é sinal de um modelo inovador de gestão partilhada das áreas protegidas, onde o conhecimento científico, a administração local, a sociedade civil e os interesses ambientais confluem numa visão comum.
Um plano feito com e para o território
O Plano de Cogestão define uma estratégia integrada, com objetivos claros: valorizar e promover o território, sensibilizar as comunidades locais, melhorar a comunicação com os diversos utilizadores e, acima de tudo, conservar os valores naturais da Reserva. Trata-se de um instrumento operacional que orientará ações concretas no terreno até 2027.
O documento passou por Consulta Pública entre janeiro e março de 2025, e incluiu três sessões públicas de esclarecimento, resultando num Relatório de Ponderação que permitiu ajustar a proposta final às expectativas e preocupações da população.
Desde o início, o plano foi construído num processo de participação ativa, envolvendo ONGA’s, Juntas de Freguesia, associações locais, técnicos, autoridades e cidadãos. Esta abordagem colaborativa reforça o compromisso partilhado das entidades e legitima socialmente a sua implementação.
Financiamento e próximos passos
O processo de elaboração do plano contou com financiamento do Fundo Ambiental. Algumas das medidas preconizadas já se encontram em curso, apoiadas por contributos logísticos e operacionais das entidades envolvidas. A partir de agora, o foco será garantir meios financeiros complementares para executar o plano na totalidade e alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável propostos.
O Plano de Cogestão da RNLSAS está disponível ao público através do site do Município de Santiago do Cacém:
👉 Consulta aqui
Alentejo
Alqueva acolhe encontro estratégico sobre água e clima: Alentejo assume liderança em modelo sustentável transfronteiriço

Com o Alqueva como pano de fundo e a escassez hídrica como pano de fundo dramático, a Pousada da Barragem de Alqueva foi palco de uma sessão crucial para o futuro da gestão da água em Portugal e na vizinha Extremadura espanhola. A iniciativa Water4All, cofinanciada pela União Europeia, reuniu decisores políticos, especialistas, empresários e representantes da sociedade civil para pensar – em conjunto – soluções concretas e colaborativas perante os desafios impostos pelas alterações climáticas.
O evento, que contou com a organização da Universidade de Évora, em parceria com a ATLA – Associação Transfronteiriça Lago Alqueva, e os municípios de Moura, Portel e Vidigueira, afirmou-se como a primeira de seis sessões de consulta pública previstas para 2025. O objetivo é claro: criar um Laboratório Vivo em Água no Alentejo e na Extremadura que represente uma nova abordagem à resiliência hídrica na Península Ibérica.
Uma governação da água com rosto humano
A sessão foi aberta por Álvaro Azedo, presidente da Câmara de Moura, que, juntamente com os autarcas José Manuel Grilo (Portel) e Rui Raposo (Vidigueira), bem como o Pró-Reitor da Universidade de Évora, Paulo Mendes, sublinhou a urgência de encarar a água como bem comum e estratégico.
Ana Mendes, professora da Universidade de Évora, apresentou os objetivos do programa Water4All, destacando a ambição de promover uma governança participativa e transdisciplinar dos recursos hídricos.
Do diagnóstico à ação: boas práticas e soluções
Entre os momentos mais relevantes, destacou-se a partilha de boas práticas por Nelson Bartolo, coordenador da Estação Náutica de Moura-Alqueva, que apresentou o exemplo da EN Moura-Alqueva como caso emblemático de gestão integrada e sustentável.
Seguiu-se uma sessão de trabalho em grupos, onde se discutiram problemas concretos, constrangimentos e oportunidades relacionados com o uso eficiente da água. A moderação da plenária, conduzida por Anabela Palma (CESPI – Consultores), permitiu agregar as conclusões num documento orientador para os próximos passos.
Uma visão colaborativa para o futuro
A sessão terminou com um momento de síntese e projeção de futuro, conduzido por Ana Mendes e Álvaro Azedo. O ambiente descontraído do almoço e do networking permitiu cimentar alianças e fortalecer o espírito colaborativo que é a base do projeto.
Uma estratégia para o século XXI
O Water4All representa muito mais do que um conjunto de eventos: é um ensaio concreto de nova política pública, focada na cooperação transfronteiriça, na valorização do conhecimento local e científico, e na construção coletiva de soluções.
No coração do Alentejo, onde a água molda a paisagem, a cultura e a economia, esta iniciativa representa uma mudança de paradigma: não se trata apenas de gerir escassez, mas de redesenhar o futuro com base na sustentabilidade, inovação e participação cidadã.
Portugal
Entre submarinos e vacinas: o homem que quer liderar Portugal

Henrique Gouveia e Melo: do fundo do mar ao centro da República
Candidato independente à Presidência, o antigo almirante da Marinha conquistou o respeito dos portugueses pela liderança na vacinação contra a Covid-19. Agora, propõe-se unir o país.
Henrique Gouveia e Melo, almirante da Marinha Portuguesa e figura de reconhecida competência técnica e humana, anunciou a sua candidatura às eleições presidenciais de 2026. Apresenta-se como independente, alheio a jogos partidários, e propõe-se como símbolo de estabilidade e compromisso com os valores republicanos. O movimento cívico que o apoia chama-se Honrar Portugal.
Nascido a 21 de Novembro de 1960 em Quelimane, Moçambique, à época território ultramarino português, Gouveia e Melo é oriundo de uma família com raízes na Beira Interior. Viveu entre África, o Brasil e Portugal, tendo ingressado na Escola Naval em 1979, aos 18 anos. Em 1984 conclui o curso e especializa-se em submarinos, área de elevada exigência técnica e operacional, onde se distingue ao longo de duas décadas.
Comandou os submarinos NRP Albacora, Barracuda e Delfim, e, mais tarde, entre 2006 e 2008, a fragata NRP Vasco da Gama. Desempenhou funções de direção de formação, planeamento estratégico e operações navais no Estado-Maior da Armada. Representou Portugal junto da NATO em múltiplos exercícios e liderou projectos de modernização tecnológica das forças navais.
Da guerra silenciosa à liderança visível
O grande público conheceu-o em 2017, aquando dos trágicos incêndios de Pedrógão Grande. Gouveia e Melo não hesitou: mobilizou meios da Marinha, deslocou-se pessoalmente às zonas afectadas, e liderou as operações de apoio à população com firmeza e compaixão.
Mas seria em 2021, em plena crise sanitária, que viria a assumir o papel de rosto nacional da confiança. Foi nomeado coordenador da Task Force de Vacinação contra a Covid‑19 e, em poucos meses, orquestrou um plano logístico que colocou Portugal entre os países com maior taxa de imunização da Europa. A sua comunicação sóbria e o rigor organizativo foram amplamente elogiados, tendo granjeado a confiança de milhões de portugueses num período de elevada incerteza.
No final desse ano, foi nomeado Chefe do Estado‑Maior da Armada, função que desempenhou até 2024, altura em que cessou funções para ponderar a entrada na vida política.
Uma candidatura sem partidos, mas com causas
A 29 de Maio de 2025, Gouveia e Melo oficializou a sua candidatura à Presidência da República, afirmando:
“Não estou aqui para representar partidos. Estou aqui para representar os portugueses.”
Apresenta-se como candidato independente, assumindo valores de disciplina, transparência, serviço público e responsabilidade. Defende uma magistratura de influência respeitadora da Constituição, promotora da coesão nacional e atenta à soberania e à identidade cultural portuguesa.
Segundo uma sondagem recente da Universidade Católica, lidera as intenções de voto com 62% de apoio popular, beneficiando de um capital de confiança construído com base no mérito e na ação.
Recusa alinhar-se com extremismos e declara-se “entre o socialismo e a social-democracia, sem amarras ideológicas”. O seu discurso tem sido marcado por apelos à dignidade institucional, ao rigor das instituições e à valorização do serviço à Nação.
Um homem, uma história
Para conhecer melhor a sua trajetória de vida — desde os bastidores da Marinha até ao drama pessoal vivido com o nascimento prematuro do seu filho — o programa Alta Definição, da SIC, dedicou-lhe um episódio comovente.
O vídeo revela episódios íntimos e marcantes: a morte da mãe, a infância passada entre continentes, os momentos de decisão sob pressão e a responsabilidade de lidar com milhões de vidas durante a pandemia.
▶️ Ver vídeo completo:
🔗 “O futuro do mundo está no mar?” – Alta Definição com Henrique Gouveia e Melo
Este retrato revela um homem habituado a trabalhar no silêncio das profundezas, mas que emergiu para servir a República à luz do dia.
O futuro da República
A candidatura de Henrique Gouveia e Melo representa, para muitos, um regresso aos valores de honra, serviço e competência. Com um percurso marcado pela lealdade à missão, pela contenção verbal e pela eficácia operacional, assume agora o desafio máximo da vida cívica: ser Presidente da República.
Se será eleito ou não, só o futuro dirá. Mas o seu nome já ficou gravado na história contemporânea de Portugal como símbolo de liderança em tempos difíceis. Agora, propõe-se liderar em tempos de esperança.
Portugal
Cisão no Tejo: Conflito interno e acusações de heresia abalam direção do Cruzeiro Religioso

Emails revelam clima de conflito, alegações de heresia e denúncias de manipulação associativa no seio da Confraria Ibérica do Tejo
Um conjunto de emails internos, a que o nosso jornal teve acesso, revela um cenário de forte tensão e divisão no seio da Confraria Ibérica do Tejo (CIT), entidade responsável pela organização do Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo. As mensagens trocadas entre membros da direção e associados, entre maio e agosto de 2024, expõem acusações graves de sabotagem interna, uso indevido de simbologia religiosa e manipulação de processos associativos.
Uma “ofensiva maldosa” e o risco de colapso
João Serrano, então presidente da CIT, descreve nos emails o que considera uma “ofensiva maldosa” conduzida por elementos ligados a associações ribeirinhas rivais. As acusações recaem sobre um conjunto de figuras que, segundo Serrano, estão a promover festivais e projetos educativos paralelos, com o objetivo de dividir os organizadores do Cruzeiro e minar o seu prestígio.
“Estão agora a fazer (ao fim de 10 anos de Cruzeiro) o que já fizeram com a candidatura avieira (…). Ou assumimos que existe uma ofensiva maldosa contra o Cruzeiro (…) ou contribuímos indirectamente para dar força às forças que querem destruir o que de muito bom temos feito!”, escreve Serrano.
A controvérsia da “Nossa Senhora dos Avieiros”
O surgimento de um festival dedicado a uma suposta “Nossa Senhora dos Avieiros” gerou forte repúdio entre os membros da direção da CIT. A entidade considera que a invocação não tem base canónica e constitui uma falsificação simbólica com propósitos divisionistas. Sugere-se mesmo a intervenção da Stella Maris – Portugal e do Cardeal Patriarca de Lisboa, para denunciar o que descrevem como “heresia” e “instrumentalização da fé”.
“A Stella Maris tem de ser alertada para esta maldade e desonestidade.”
Acusações pessoais e clima de perseguição
A linguagem usada nos emails revela um clima de alta tensão. Ana da Silva, identificada como uma das promotoras do projeto educativo alternativo, é acusada de oportunismo e de “cadastro”, sendo ainda referida como alegada promotora de “maçonaria feminina”.
“Uma destas pessoas tem cadastro, vai à missa mas anda a recrutar para a maçonaria feminina (…). Católica e maçónica?”
Estas expressões, de cariz pessoal e altamente polémicas, agravam o clima de fratura interna e levantam dúvidas sobre a estabilidade da estrutura associativa.
Sugestão de intervenção eclesiástica
Num dos emails, Armindo Leite propõe a elaboração de um relatório para o Cardeal Patriarca, com o objetivo de “chamar à ordem” certos padres que alegadamente legitimaram estas práticas e que estariam a afastar a Igreja da participação oficial no Cruzeiro.
“Que seja a última vez que determinados padres tenham esta postura com a própria Igreja.”
Fragmentação e futuro incerto
A existência de iniciativas concorrentes, a utilização de elementos religiosos fora do contexto da romaria, e os ataques pessoais entre membros vão deixando marcas profundas na estrutura da CIT. Com a recente realização das eleições de abril de 2025, e apesar da nomeação formal de um novo presidente, várias das figuras anteriormente contestadas mantêm-se ativas na estrutura, perpetuando tensões internas não resolvidas.
O processo eleitoral foi alvo de severas críticas desde o seu anúncio, com associados a denunciarem a falta de divulgação prévia, a ausência de documentos preparatórios acessíveis e a violação de normas estatutárias. Poucos dias após a tomada de posse, vários elementos propostos e eleitos apresentaram a sua demissão, denunciando ilegalidades e falta de legitimidade da assembleia. A nova direção, longe de pacificar o ambiente, enfrenta agora pedidos formais de reavaliação do processo, estando já em curso impugnações junto das autoridades competentes.
Adicionalmente, o relatório de contas de 2024 levantou sérias dúvidas quanto à utilização dos fundos públicos atribuídos à CIT. Dos 28.039,85€ recebidos, mais de 90% provêm de autarquias e entidades estatais, mas o documento não apresenta discriminação técnica sobre despesas fundamentais à realização fluvial do Cruzeiro, como aluguer de embarcações, logística náutica ou segurança marítima. Em contrapartida, foram identificadas rubricas com valores elevados em combustível, consumíveis e produção de materiais paralelos, como o catálogo “Tejo Acima”.
Para muitos membros das comunidades ribeirinhas e representantes autárquicos, a situação configura um possível desvio de finalidade nos apoios recebidos e exige esclarecimentos urgentes, sob pena de corte nos financiamentos futuros.
O nosso jornal contactou novamente a direção da CIT solicitando esclarecimentos sobre o processo eleitoral, as demissões e a execução dos fundos públicos. Até ao fecho desta edição, não foi prestada qualquer resposta.
Este é um caso em constante evolução, com implicações significativas para a credibilidade do projeto e a preservação da identidade cultural ribeirinha. Continuaremos a acompanhar de forma rigorosa todos os desenvolvimentos.