Portugal
Associação Salvador envia cartas às autarquias por causa de acessibilidade às mesas de voto
A Associação Salvador, de defesa dos direitos das pessoas com deficiência motora, escreveu a todas as autarquias do país depois de casos de falta de acessibilidade nas mesas de voto, já a Comissão de Eleições admite que problema é recorrente.
As situações de que a associação teve conhecimento aconteceram no passado dia 17 de janeiro, data para a votação antecipada em mobilidade nas eleições presidenciais, como no caso de Diana Santos, que votou em Lisboa e diz ter-se defrontado com uma série de dificuldades.
Desde logo, tal como contou à associação, porque recebeu uma mensagem por telemóvel a dizer que estava inscrita na Reitoria da Cidade Universitária, mas depois percebeu que “todas as outras centenas de pessoas que ali estavam tinham recebido sms para o mesmo local, mas os nomes estavam distribuídos por mesas de voto por todo o campus universitário”.
De seguida, constatou que, procurando pelo nome, a sua mesa de voto estava na Faculdade de Letras, para onde se dirigiu para ficar a saber que, afinal, as “pessoas com voto antecipado em mobilidade têm salas especificas por região e que [a sua] seria na antiga cantina”.
“Sou uma cidadã com deficiência motora que, após atravessar todo o campus universitário para chegar à antiga cantina, vejo escadaria por todo o lado e percebo que terei de entrar por uma qualquer entrada secundária”, relatou.
Contou ainda que conseguiu votar ao fim de mais de uma hora, “na rua, sem qualquer mesa de suporte para colocar o boletim e os dois envelopes, completamente exposta aos olhares de quem assim o quisesse”.
Depois da divulgação do caso de Diana Santos nas redes sociais da associação, apareceu mais outro caso, desta vez no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, em que a pessoa teve “dificuldades em exercer o seu direito de voto” por causa dos três degraus de acesso à mesa eleitoral.
Na sequência destes casos, e porque, tal como explicou à agência Lusa a responsável pela Gestão de Projetos e Acessibilidades, não são novos e repetem-se em todas as eleições, a Associação Salvador tomou a iniciativa de escrever a todas as câmaras municipais do país.
“Depois de termos tido esta reclamação da Diana Santos, enviámos um e-mail para todas as câmaras municipais do país apelando a que realmente exista acessibilidade neste dia 24 [de janeiro]”, disse Joana Gorgueira.
A responsável adiantou que tiveram resposta por parte de apenas seis autarquias, no caso Ovar, Monsaraz, Palmela, Odivelas, Ponte de Sor e Peniche.
“Aguardamos para ver se vão existir mais casos, esperemos que não”, apontou, acrescentando que “todos os anos, infelizmente, as queixas acontecem”.
Contactada a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o seu porta-voz sublinhou que é da responsabilidade das autarquias “escolher o local de voto que tenha as melhores condições para todas as pessoas”
“Temos contactos frequentes com o Instituto Nacional para a Reabilitação e nos nossos cadernos de apoio está sempre contemplada esta questão, essa recomendação para que não haja qualquer obstaculo físico a qualquer eleitor que tenha deficiência”, disse João Tiago Machado.
Admitiu, no entanto, que haja novamente problemas de acessibilidade para as pessoas com deficiência motora no próximo domingo, dia 24.
“Não me espanta que haja idêntico problema porque é uma coisa recorrente, mas muito me espantaria que fosse no mesmo local”, disse o responsável, dando como exemplo o caso de Lisboa, em que foi escolhida a Cidade Universitária para a votação antecipada, já que “não é um local onde habitualmente se vota”.
João Tiago Machado revelou também que a CNE recebeu 650 queixas relativas ao voto antecipado, mas disse não saber se alguma era relativa a questões de falta de acessibilidade às mesas de voto.
Acrescentou que a CNE só tem conhecimentos dos casos depois de eles acontecerem e que o procedimento passa por enviar uma recomendação ao presidente da respetiva autarquia “para que no próximo ato eleitoral escolha um local adequado”.
“Mas não temos mais poderes do que isso”, admitiu, sublinhando que os locais de voto não são mostrados antecipadamente à CNE para esta dizer se estão ou não conformes.
Lusa
No próximo dia 16 de janeiro, quinta-feira, pelas 21h00, o Cineteatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, será palco de um espetáculo único da Orquestra Ligeira do Exército (OLE), integrado nas comemorações do Dia da Artilharia, promovidas pelo Regimento de Artilharia Nº 5. Este concerto especial marca também as boas-vindas ao novo ano.
Uma tradição musical com história
Fundada em 1976, a Orquestra Ligeira do Exército sucedeu a um agrupamento musical da então Região Militar de Lisboa que marcou os anos 70 com a sua participação no programa radiofónico da RDP, “Alerta Está!”. Em 1979, foi oficializada através do Decreto-Lei 133/79, tornando-se representante oficial do Exército Português e colaboradora assídua com as Forças Armadas e entidades civis.
Com a sua formação típica de uma Big-Band, composta por saxofones, trombones, trompetes, teclados, guitarras, percussão e vocalistas, a OLE tem encantado plateias nas mais prestigiadas salas de espetáculo do país, frequentemente acompanhada por artistas nacionais e internacionais.
Embaixadora da música e da cultura portuguesa
Focada em promover a música ligeira e o património cultural nacional, a Orquestra tem desenvolvido um trabalho de recolha e arranjo de temas de raiz popular, sendo considerada uma verdadeira embaixadora do Exército junto da sociedade civil e militar. A sua dedicação à música nacional é complementada por colaborações com compositores e arranjadores que têm enriquecido o seu repertório com temas originais e exclusivos.
Para além das atuações em Portugal, a OLE já realizou concertos internacionais dirigidos às Comunidades Portuguesas e às Forças Nacionais Destacadas. Entre os destaques estão digressões por França, Andorra e a Bósnia, fortalecendo os laços entre Portugal e as comunidades civis e militares no estrangeiro.
Reconhecida excelência
Com dois registos discográficos no seu currículo, o mais recente gravado ao vivo na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, a OLE conta também com a Medalha de Serviços Distintos Grau Ouro, um reconhecimento da sua contribuição para a valorização cultural e musical do país.
Um espetáculo imperdível
A atuação da Orquestra Ligeira do Exército em Montemor-o-Novo promete ser um momento de celebração e emoção, unindo música e história num concerto memorável. A entrada é gratuita, mas limitada à lotação do espaço.
Não perca a oportunidade de assistir a esta emblemática atuação que reforça o espírito cultural e patrimonial de Portugal!
© Reprodução Facebook/ As paredes de Beja também têm sentimentos
Um homem de 44 anos foi detido hoje pela GNR no concelho de Aljustrel, por suspeitas de agredir um bombeiro em Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja.
O incidente ocorreu na periferia de Ferreira do Alentejo, enquanto a corporação procedia ao abastecimento de um camião cisterna com água. O suspeito tentou à força encher um jerricã com água ainda não tratada. Após ser impedido, atirou o recipiente contra o bombeiro e agrediu-o com um barrote de madeira.
A vítima, de 34 anos, sofreu ferimentos ligeiros, incluindo um golpe na cabeça que precisou de oito pontos de sutura no hospital de Beja. O bombeiro já teve alta hospitalar e apresentou queixa na GNR.
O alegado agressor abandonou o local após o ataque e foi localizado esta manhã em Aljustrel. Encontra-se agora nas instalações da GNR e será presente a tribunal no mesmo dia, no Tribunal de Ferreira do Alentejo, para a aplicação de medidas de coação.
A Câmara Municipal de Beja, através da Biblioteca Municipal José Saramago, lança um inovador projeto que une leitura e turismo literário: a Mini Biblioteca Pax Julia. A iniciativa pretende enriquecer a experiência dos visitantes do concelho, promovendo a cultura local através da literatura.
Primeira fase arranca a 17 de janeiro
A entrega das primeiras 12 Mini Bibliotecas está marcada para sexta-feira, 17 de janeiro, com a distribuição a diversas unidades hoteleiras do concelho de Beja.
As Mini Bibliotecas são compostas por tradicionais cestas alentejanas de verga, fabricadas de forma artesanal, e incluem 28 livros, todos com ligação à cidade e ao concelho. Entre as obras, destacam-se publicações de autores locais, editadas ou apoiadas pelo Município de Beja.
Além disso, as Mini Bibliotecas oferecerão quatro roteiros literários, publicados em 2023, dedicados a figuras históricas e literárias de Beja: Mário Beirão, Mariana Alcoforado, Al-Mu´tamid e Manuel Ribeiro. Estes roteiros estarão disponíveis em português, inglês, francês e espanhol. Também integram o conjunto dois livros sobre Jorge Vieira, lançados em 2022, celebrando o centenário do nascimento do artista plástico.
Entre os autores literários representados, incluem-se nomes como Martinho Marques, Maria Isabel Covas Lima, Joaquim Mósca, Maria do Rosário Carvalhal, Francisco Vaz, Mariana Margarida e Rosa Helena Moita.
Entrega simbólica com o Presidente da Câmara
O Presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, fará a entrega pessoal das Mini Bibliotecas às 17h30 do dia 17 de janeiro. A ação incluirá visitas a várias unidades hoteleiras, como o Hotel Santa Bárbara, Hotel Bejense, Pousada de São Francisco, Hotel Francis, Hotel Melius, Beja Parque Hotel e Holiday Inn. Também participam alojamentos locais como Maria’s Guesthouse, Guesthouse Stories, Hospedaria Dona Maria, Aljana Guesthouse e a Pousada da Juventude.
Promoção da cultura e da leitura
A Mini Biblioteca Pax Julia é mais do que um recurso para hóspedes; trata-se de um convite para conhecer a história e a cultura de Beja através da literatura. A iniciativa destaca o património literário local, oferecendo aos visitantes uma perspetiva única sobre a região e contribuindo para a sua valorização cultural e turística.
Uma cesta, muitos mundos – o que cada livro esconde, Beja revela.
O Museu da Luz, localizado na Aldeia da Luz, em Mourão, prepara-se para inaugurar, na próxima sexta-feira, dia 17 de janeiro, pelas 16h00, a exposição temporária Sincretismo de lo Posible, do artista e fotógrafo José Antonio Fontal Álvarez. A mostra estará patente até 2 de março de 2025 e promete desafiar os visitantes a repensar a realidade através de uma perspetiva única e provocadora.
Fontal Álvarez utiliza a fotografia como meio para explorar as múltiplas formas de perceber o mundo, combinando reflexão, entendimento e experiência pessoal. A sua abordagem procura ultrapassar os convencionalismos, revelando dimensões ocultas da realidade que frequentemente passam despercebidas no quotidiano.
Trajetória artística de destaque
O artista conta com uma vasta experiência no cenário artístico, tendo exposto as suas obras em espaços de grande prestígio, como o Palácio de Congressos y Exposiciones de Badajoz, o Museu de Olivenza “González Santana”, a Biblioteca Regional de Murcia e o Centro Cultural de Parla “Almudena Grandes”. As suas fotografias desafiam normas estabelecidas, convidando o público a explorar novas formas de interpretar a arte visual.
Detalhes da exposição
- Inauguração: 17 de janeiro, 16h00
- Local: Museu da Luz, Aldeia da Luz, Mourão
- Período de visitação: 17 de janeiro a 2 de março de 2025
- Horário: Terça-feira a domingo
- Entrada: Livre
O Museu da Luz, gerido pela EDIA e integrado na Rede Portuguesa de Museus, oferece um espaço singular para a valorização da arte e da cultura. Sincretismo de lo Posible é mais uma oportunidade para os visitantes mergulharem numa visão artística única e transformadora.
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