Agricultura
Beja: três migrantes hospitalizados por “cansaço extremo”
Beja: três migrantes hospitalizados por “cansaço extremo”
Um argelino de 27 anos e dois marroquinos de 18 e 28 anos) são o rosto visível como as organizaçãos criminosas operam no alentejo — “altamente estruturada e hierarquizada”, de acordo com uma fonte judicial
Explorados pela rede de trabalho escravo no Baixo Alentejo, desmantelada na quarta-feira pela Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, deram entrada no Hospital de Beja, horas depois do início das buscas e das detenções. “Apresentavam sinais de exaustão e de cansaço extremo supostamente pela carga horária a que eram sujeitos.
Os suspeitos com idades compreendidas entre os 22 e os 58 anos de idade, de nacionalidade estrangeira e portuguesa, encontram-se fortemente indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, de tráfico de pessoas, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos, entre outros.
Os suspeitos, integram uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes, na sua maioria, aliciados nos seus países de origem, tais como, Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros, para virem trabalhar em explorações agrícolas naquela região do nosso país.
Na sequência desta ação policial, resultou a apreensão de vários elementos probatórios, bem como a identificação de dezenas de vítimas.
Esta operação contou com a colaboração de várias entidades estatais e não estatais, quer em apoio logístico, quer no encaminhamento das vítimas.
Baixo Alentejo
Primeiro-Ministro inaugura 40ª Ovibeja em Beja
Beja prepara-se para receber a 40ª edição da Ovibeja, um dos maiores eventos agropecuários do país, que abrirá portas na próxima terça-feira, dia 30 de abril. A cerimónia de inauguração, marcada para as 11h00, contará com a presença do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, dando início a seis dias repletos de atividades culturais, recreativas, comerciais e de reflexão sobre temas da atualidade.
Este ano, a Ovibeja elegeu o associativismo como tema central, promovendo diversas iniciativas e debates em torno desta temática. A ACOS (Associação de Agricultores do Sul), entidade organizadora do evento, irá realizar o seu colóquio sobre “Associativismo Agrícola” no dia 2 de maio, às 11h00, no Auditório ACOS. O painel de oradores inclui figuras proeminentes como Luís Capoulas Santos, sociólogo e ex-ministro da agricultura, Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, e outros representantes do setor agrícola.
Além disso, destaca-se o “II Colóquio Nacional do Pastoreio Extensivo – A importância da cooperação e o associativismo”, promovido pela ACOS e pela Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA), que terá lugar no dia 30 de abril às 15h00 no Auditório ACOS. Este colóquio contará com intervenções de especialistas e representantes do Centro de Competências do Pastoreio Extensivo, além de diversos agrupamentos de produtores e entidades convidadas.
Outro tema relevante em discussão será “A integração de migrantes no Baixo Alentejo – qual o caminho?”, uma reflexão promovida pela ACOS que visa abordar questões pertinentes sobre a inclusão e diversidade na região.
Este ano, a Ovibeja conta com um novo espaço, o Pavilhão da Inovação e Tecnologia, dedicado a demonstrar a importância das novas tecnologias na agricultura e pecuária. Neste espaço, serão realizados diversos colóquios e workshops sobre temas como “Vantagens da Utilização de Sistemas Inteligentes de Rega”, “Geolocalização na Pecuária”, “Utilização de Drones na Agricultura” e “Conservação do Solo”, entre outros.
Com mais expositores, iniciativas para todos os públicos e uma ênfase renovada na inovação e tecnologia, a 40ª Ovibeja promete ser uma experiência enriquecedora para todos os participantes.
Para mais informações e programa completo, visite o site oficial da Ovibeja em www.ovibeja.pt.
Alentejo Central
Waze Implementa Alertas para Proteger Linces-Ibéricos nas Estradas
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está a dar um passo importante na proteção dos linces-ibéricos, uma espécie ameaçada, ao desenvolver um sistema de monitorização em parceria com a Infraestruturas de Portugal e a empresa Waze. Este sistema visa alertar os automobilistas sobre a presença desses felinos nas proximidades das estradas, com o objetivo de evitar atropelamentos.
Num comunicado divulgado por ocasião do Dia Mundial da Vida Selvagem, celebrado em 3 de março, o ICNF anunciou que a monitorização espacial dos linces-ibéricos está prestes a atingir um novo patamar de sofisticação. Este projeto inovador visa garantir a segurança dos animais e dos condutores através da integração de tecnologia de ponta.
A parceria entre o ICNF, a Infraestruturas de Portugal e a Waze envolve o desenvolvimento de um sistema de seguimento capaz de alertar os utilizadores da aplicação Waze sobre a presença dos linces-ibéricos nas proximidades das estradas. Até o momento, o sistema está em fase de teste nas estradas nacionais (EN) 122, 123 e no itinerário complementar (IC) 27, localizadas no Alentejo e Algarve.
Os alertas serão acionados assim que os linces entrarem em áreas virtuais de território com 200 metros de largura, adjacentes às vias, para ambos os lados da faixa de rodagem. Esta medida visa proporcionar aos automobilistas informações em tempo real que lhes permitam adotar precauções e evitar acidentes com estes felinos ameaçados.
O ICNF salienta que os atropelamentos são a principal causa de mortalidade não natural dos linces-ibéricos e que esta nova tecnologia pode desempenhar um papel crucial na redução desses acidentes. A colaboração dos condutores é essencial para o sucesso desta iniciativa, que se espera contribuir para a preservação desta espécie emblemática da fauna ibérica.
O sistema de monitorização utiliza tecnologia de rede LoRa, que permite comunicação a longa distância com consumo mínimo de energia. A interligação com sensores presentes nas coleiras de seguimento dos felinos é fundamental para localizá-los e transmitir os dados quase em tempo real.
Esta iniciativa faz parte do projeto LIFE Lynxconnect, que visa aumentar a população de lince-ibérico e reforçar a conectividade entre as subpopulações de Portugal e Espanha. O ICNF destaca que utiliza várias tecnologias e sistemas na conservação da natureza, incluindo máquinas de foto-armadilhagem, dispositivos de monitorização bioacústica e sistemas de informação geográfica.
A implementação de alertas de proximidade de linces-ibéricos no Waze representa um passo significativo na proteção desta espécie icónica da Península Ibérica, demonstrando como a tecnologia pode ser aliada da conservação ambiental e da segurança rodoviária.
Agricultura
“Decisão Polêmica: Simulação de Cheia no Rio Guadiana Desperta Críticas e Questionamentos sobre Gestão Hídrica”
Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo – Interroga-se sobre a simulação de cheia promovida pela EDIA no Rio Guadiana
Numa ação que tem como pano de fundo um compromisso entre a EDIA e o Estado Português, representado pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, cerca de 45 milhões de metros cúbicos de água estão a ser libertados do complexo de Alqueva (Açude do Pedrógão) com o objetivo de simular um caudal de cheia no Rio Guadiana. Esta medida visa assegurar, segundo as entidades envolvidas, “a manutenção natural deste curso de água, uma medida essencial para a limpeza e preservação dos ecossistemas ribeirinhos”.
Este volume de água, somado ao libertado no ano anterior, em meio a uma seca severa, corresponde a uma quantidade que encheria por completo a albufeira do Roxo. É importante notar que desde a conclusão da barragem do Alqueva, os fluxos de água no leito do Rio Guadiana têm se mantido mais elevados e estáveis ao longo de todo o ano, como consequência dos caudais ecológicos que precisam ser mantidos.
Esta ação ocorre num momento em que os agricultores enfrentam cortes de água em suas explorações agrícolas sempre que ultrapassam as quotas estabelecidas pela EDIA. Além disso, existem barreiras à reestruturação de culturas e à distribuição de água aos regantes precários, tudo em nome da redução do consumo de água do EFMA (Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva). Como então classificar esta medida por parte da APA e da EDIA?
Tal situação é ainda mais preocupante dado que toda a região sul do país enfrenta deficiências hídricas significativas, especialmente o Algarve, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, com restrições anunciadas para aplicação num futuro próximo, especialmente no Algarve. O que pensarão os agricultores e cidadãos destas regiões sobre esta decisão? A única conclusão possível é que se trata de um enorme desperdício de água e de má gestão dos recursos hídricos disponíveis no EFMA.
Os 45 milhões de metros cúbicos de água libertados para a simulação de cheia representam um acréscimo ao caudal ecológico, que em anos muito secos pode atingir os 600 milhões de metros cúbicos. No entanto, se esta medida de limpeza do rio se justifica do ponto de vista ambiental, por que não utilizar parte deste caudal ecológico para a sua concretização? E se este compromisso com o Estado Português não está adequado à realidade territorial e de gestão dos recursos hídricos da região, então que se proceda à sua rápida e urgente revisão.
A decisão de simular uma cheia no Rio Guadiana levanta sérias questões sobre a gestão dos recursos hídricos e a priorização dos interesses ambientais em relação aos interesses agrícolas e econômicos. Cabe às autoridades competentes responderem a estas questões e garantirem que as medidas tomadas estejam verdadeiramente alinhadas com as necessidades e realidades locais.
Alto Alentejo
Fronteira de Marvão sob controlo dos agricultores
Em consonância com uma tendência que varre toda a Europa, Portugal enfrenta uma onda significativa de protestos liderados por agricultores que protestam por condições justas e uma valorização do setor. De norte a sul do país, inúmeras estradas encontram-se bloqueadas por centenas de agricultores, unidos no Movimento Civil Agricultores de Portugal.
Na madrugada desta quinta-feira, os agricultores, alinhados com o movimento, mobilizaram-se em massa, convergindo em fronteiras estratégicas por todo o país. A iniciativa visa chamar a atenção das autoridades e da opinião pública para as dificuldades enfrentadas pelos agricultores portugueses, que sentem-se esquecidos pelo governo e pelos seus representantes.
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