Agricultura
“Centro Mutável” desperta reflexões na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo

A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e as Oficinas do Convento apresentaram, no passado sábado, a exposição “Centro Mutável”.
A mostra destaca trabalhos desenvolvidos por participantes dos workshops ministrados por Sara Bichão, Pedro Vaz e Sérgio Carronha. Com curadoria de João Rolaça e Margarida Alves, a exposição inclui obras de artistas como Ana Magalhães, Hugo Santos Silva, Mariana Dias Coutinho, Rafael Raposo Pires e outros.
‘Centro Mutável’ é um ciclo que engloba workshops, conversas e exposições, explorando a ideia de Centro e sua capacidade de movimento. Este conceito desloca-se do núcleo atómico, geométrico, metafísico, existencial, heterotópico, geográfico ou cultural. Nesta segunda edição, o foco recai sobre territórios menos explorados, onde estradas asfaltadas não nos conduzem. A leitura do território é guiada pela cadência do passo, pelos cheiros, sons e atmosferas, permitindo reflexões sobre alterações climáticas, monoculturas, desertificação, pobreza, abandono e, por contraste, sobre reservas naturais e paisagens protegidas.
A exposição é uma iniciativa conjunta das Oficinas do Convento, Vicarte – Vidro e Cerâmica para Artes e Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
O horário da Galeria é o seguinte:
Terça a sexta-feira: 9h00 – 12h30 | 14h00 – 18h00
Sábado: 14h00 – 18h00
“Centro Mutável” promete ser um espaço de reflexão e apreciação artística, convidando o público a explorar as múltiplas perspetivas e interpretações do conceito de Centro no contexto da expressão artística contemporânea.
Economia
Protesto em Lisboa denuncia a Navigator Company por envolvimento em exportações para Israel e aponta impacto ambiental

Ativistas solidárias com o Coletivo de Libertação da Palestina, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa realizaram uma ação de protesto direcionada à sede da The Navigator Company, em Lisboa. A empresa, reconhecida como a sexta maior exportadora de Portugal para Israel, está no centro de críticas pela sua participação na produção de pasta celulósica e papel.
Na fachada do edifício pode-se ler a palavra “Genocida” em tinta vermelha, acompanhada da fixação de cartazes que proclamavam a mensagem: “Quem lucra com o apartheid é cúmplice de genocídio.” Os ativistas expuseram fotografias do atual conflito em Gaza, evidenciando a conexão direta entre as atividades comerciais da Navigator Company e os eventos dramáticos na Palestina.
A Navigator Company acusada pela Climáximo de lucrar diretamente com o apartheid sionista e a limpeza étnica do povo palestiniano. A empresa é alvo de críticas por sua participação em trocas comerciais que são percebidas como uma forma de normalização desses eventos. A Navigator Company é apontada como uma das maiores emissores de CO2 em Portugal, contribuindo para a monocultura eucaliptal e para o colapso ambiental global.
A ação em Lisboa faz parte de uma série de iniciativas que visam empresas portuguesas envolvidas em exportações para Israel. Com mais de 930 empresas em Portugal mantendo relações comerciais com Israel, os ativistas exortam os cidadãos portugueses a cessarem o apoio a empresas envolvidas no que classificam como genocídio na Palestina. O movimento exige que empresas como a Navigator Company cancelem todas as exportações para o estado sionista ou empresas israelitas, e solicita boicote, desinvestimento e sanções a organizações cúmplices da ocupação. A ação também enfatiza a urgência do fim da ocupação da Palestina e a autodeterminação do povo palestiniano.
Agricultura
Vindima Portuguesa de 2023: Um marco histórico na produção agrícola

A vindima de 2023 em Portugal promete entrar para os anais da história como uma das mais produtivas das últimas duas décadas, de acordo com as previsões agrícolas divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Com uma projeção de 7,3 milhões de hectolitros de vinho, o setor vinícola lidera as expectativas, alcançando um patamar não visto desde 2006. Este otimismo estende-se a outras culturas, destacando-se o recorde esperado na produção de amêndoas, que atingirá 53 mil toneladas, refletindo um aumento notável de 15% em relação a 2022. No entanto, a castanha enfrenta desafios, prevendo-se uma redução significativa de dois terços em comparação com a média do último quinquénio, devido ao impacto da septoriose..
- Produção de Vinho: Estima-se que a produção de vinho atinja 7,3 milhões de hectolitros, o valor mais elevado desde 2006. As perspetivas indicam boas quantidades e qualidade, com aumentos globais de produtividade em quase todas as regiões.
- Amêndoa: Será a melhor campanha de sempre para a amêndoa, com uma previsão de 53 mil toneladas, um aumento de 15% em relação a 2022. Este aumento deve-se à entrada em produção de muitos pomares, principalmente no Alentejo.
- Castanha: Pelo segundo ano consecutivo, a produção de castanha sofrerá uma quebra significativa, estimada em -33% em comparação com a média do último quinquénio. Condições meteorológicas propícias à septoriose são apontadas como causa.
- Pomóideas (Pera e Maçã):
- Pera: Sofre uma descida pelo segundo ano consecutivo, com uma redução de 30% em relação à média do último quinquénio.
- Maçã: A produção global está mais próxima do esperado, com a quebra registada no Oeste compensada pelo aumento da produção em Trás-os-Montes (-3% em comparação com a média do último quinquénio).
- Kiwi: Prevê-se uma produção próxima da obtida nos dois últimos anos, com a precipitação contribuindo para a recuperação e aumento do calibre dos frutos.
- Culturas de Primavera de Regadio: As produções de tomate para a indústria, milho para grão e arroz apresentaram aumentos significativos em comparação com o ano anterior.
- Azeite: Apesar do comprometimento de alguma produção devido ao calor durante a floração e vingamento do fruto, espera-se um aumento de 20% na produção de azeitona em comparação com 2022.
- Olivais: Nos olivais tradicionais (de sequeiro), as produtividades são esperadas ser muito superiores às de 2022, enquanto nos olivais intensivos em plena produção, prevê-se uma estabilização da produtividade.
Estas previsões destacam a diversidade e a importância das atividades agrícolas em Portugal, com setores como o vinho, amêndoa e azeite desempenhando papéis significativos na economia agrícola do país.
Internacional
Bayer Regista Maior Queda de Sempre em Bolsa Após Derrota em Tribunal

Um júri do tribunal do Missouri (EUA) condenou a Bayer a pagar 1,56 mil milhões de dólares, equivalente a 1,43 mil milhões de euros, a quatro pessoas que alegam que o herbicida Roundup causou danos físicos, incluindo cancro em um dos casos. A Bayer registou, nesta segunda-feira, a maior queda de sempre em bolsa, perdendo 7,6 mil milhões de euros em capitalização de mercado. As ações da farmacêutica afundaram 19,38% para 33,54 euros, chegando a tombar 21%.
O júri condenou a Bayer a pagar a quantia substancial às quatro pessoas que foram diagnosticadas com linfomas, alegadamente causados pelo herbicida Roundup, produzido pela Monsanto, empresa adquirida pela Bayer há cinco anos por 63 mil milhões de dólares.
A Bayer tem enfrentado várias batalhas judiciais relacionadas com o Roundup, tendo, no início deste mês, a Union Investment, um dos 10 principais acionistas da Bayer, pedido à empresa para chegar a acordos com os queixosos de vários processos.
Em comunicado, a farmacêutica afirmou ter fortes argumentos para anular a decisão em recurso. Os danos alegadamente causados pelo Roundup resultaram em cerca de 165.000 reclamações contra a empresa. Em 2020, a Bayer chegou a acordos para resolver a maioria desses casos, pagando 10,9 mil milhões de dólares, mas ainda há 50.000 queixas pendentes, segundo reguladores citados pela Reuters.
Além da derrota em tribunal, as ações da Bayer estão a ser pressionadas pelo fim de um dos seus principais ensaios clínicos em um anticoagulante, devido à falta de eficácia.
Agricultura
FAABA apresenta reivindicações relacionadas com a Seca e PEPAC para apoiar agricultores do Baixo Alentejo

A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) divulgou uma série de reivindicações destinadas a enfrentar os desafios impostos pela seca e pela execução do Plano Estratégico Plurianual (PEPAC). Estas reivindicações acentuam as preocupações previamente comunicadas ao Ministério da Agricultura em abril de 2023.
Seca:
- A seca na região do Alentejo tem vindo a agravar-se ao longo dos anos. As secas são cada vez mais frequentes, severas e prolongadas, refletindo as mudanças climáticas. Especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertam para a possível transição da região para um cenário com apenas duas estações do ano, com eventos climáticos extremos cada vez mais irregulares.
- A seca tem causado uma significativa perturbação na agricultura da região do Alentejo. A falta de pastagens, palha e feno, juntamente com os crescentes custos de produção, forçou muitos agricultores a venderem animais ou até a encerrarem as suas atividades. As margens de lucro já são negativas, e as ajudas não são suficientes para compensar as perdas crescentes.
- A escassez de chuvas resultou em problemas críticos relacionados com a disponibilidade de água, tanto em áreas de sequeiro quanto em regiões de regadio. As barragens nas bacias do Sado, Mira e Santa Clara estão a atingir níveis críticos de armazenamento, ameaçando a água para consumo animal.
- A decisão de realizar um simulacro de cheia no Rio Guadiana durante a campanha de rega, consumindo 50 milhões de metros cúbicos de água, levanta questões sobre a gestão da água em períodos de escassez extrema.
PEPAC:
- A atual campanha do PEPAC foi marcada por confusões e dificuldades no processo de candidatura, resultando na prorrogação dos prazos de submissão dos Pedidos Únicos. Esta situação causou incertezas e burocracias adicionais para agricultores e técnicos.
- Devido a estas complicações, é provável que os pagamentos das ajudas comunitárias sejam significativamente atrasados em comparação com campanhas anteriores. Mais de 90% dos pagamentos só serão iniciados em novembro.
- A utilização de satélites para o controlo de superfícies tem causado problemas de interpretação e inconsistências, levando agricultores a terem que provar declarações já feitas. Isso resultará em atrasos na atribuição das ajudas.
Reivindicações:
- A FAABA pede apoios diretos para os agricultores, incluindo medidas específicas para animais e culturas, com o objetivo de garantir a continuidade das atividades agrícolas.
- A antecipação das ajudas a que os agricultores têm direito é uma necessidade iminente devido à atual situação de seca.
- A criação de um sistema de seguros agrícolas é uma medida que pode mitigar os efeitos da seca e outras intempéries.
- Para assegurar a água para as populações e os animais, a FAABA propõe a criação de infraestruturas de armazenamento de água e apoio a investimentos privados.
- A capacidade de armazenamento de água no Complexo de Alqueva deve ser aumentada para atender às crescentes necessidades hídricas causadas pelas mudanças climáticas e expansão das áreas irrigadas.
- A FAABA também sugere apoios fiscais, como a suspensão das contribuições à Segurança Social, para manter a atividade das empresas e empregos.
Estas reivindicações visam abordar os desafios iminentes que a seca e a execução do PEPAC apresentam aos agricultores do Baixo Alentejo, garantindo que as medidas apropriadas sejam tomadas para apoiar o setor agrícola da região.
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