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Sociedade

CIMBAL exige medidas ao Governo para garantir distribuição de jornais no distrito

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A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) lançou um alerta sério ao Governo, depois de a VASP ter admitido que pode deixar de assegurar a distribuição diária de jornais em oito distritos do interior, incluindo Beja, já a partir de janeiro de 2026. António José Brito, presidente da CIMBAL e também autarca de Castro Verde, classifica o cenário como “profundamente preocupante” e exige uma intervenção imediata do Executivo.

A distribuidora justificou esta eventual decisão com a situação financeira “particularmente exigente” que atravessa, resultante da quebra continuada nas vendas de imprensa e do aumento dos custos operacionais. Caso avance, a medida afetará Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.

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“Uma quase sentença de morte para a imprensa regional”

Para António José Brito, a possibilidade de metade do país ficar sem acesso à imprensa em papel representa mais do que um problema operacional: é uma ameaça direta ao direito constitucional à informação. O responsável considera “incompreensível” que o Governo se refugie nos “mecanismos concorrenciais”, lembrando que o interior já é “permanentemente esquecido e deixado para trás em tantas áreas”.

Se a distribuição for interrompida, alerta, a imprensa regional enfrentará “uma quase sentença de morte”, num país onde, diz, nunca existiu uma política consistente de apoio à publicação e leitura de jornais.

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Governo sob pressão para agir

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, declarou que qualquer apoio público terá de respeitar regras de concorrência e não poderá traduzir-se em transferências diretas para uma empresa em particular. A posição não convenceu a CIMBAL, que considera que está em causa um serviço essencial e que o Governo tem de “contratualizar uma solução concreta” com a VASP ou garantir alternativa equivalente.

Além da distribuição às bancas, a VASP assegura também o transporte dos jornais regionais desde as gráficas até às redações. António José Brito sublinha que a eventual interrupção coloca em risco postos de trabalho e a viabilidade de várias empresas editoras.

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O presidente da CIMBAL conclui que “ninguém iria compreender a indiferença do Governo perante um problema que ameaça o direito de centenas de milhares de cidadãos a estarem informados”.

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Alentejo

Beja reforça solidariedade no Natal com distribuição de alimentos e refeição comunitária

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natal em beja

Reforçar o sentido de comunidade, promover a solidariedade e apoiar quem mais precisa são os pilares das iniciativas que, ao longo deste mês, estão a ser dinamizadas em Beja, com especial foco na distribuição de alimentos e na criação de momentos de proximidade entre os cidadãos.

Esta sexta-feira decorre mais uma ação de entrega de kits alimentares, entre as 19h00 e as 21h00, em três pontos da cidade: Largo de Santo Amaro, Rotunda do Bandeirante e Jardim do Bacalhau. A distribuição repete-se no próximo dia 15, nos mesmos locais e horários.

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No dia 22, a solidariedade ganha forma num encontro comunitário no Jardim do Bacalhau, onde será servida a Refeição Solidária. A partir das 19h00, serão distribuídas refeições gratuitas num ambiente de convívio que inclui animação musical a cargo da Chamadarte e do Projeto Shave.

As iniciativas envolvem dezenas de voluntários e vários parceiros locais, reafirmando o compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Beja em promover uma comunidade mais unida, participativa e solidária, sobretudo numa época em que o cuidado e a partilha assumem particular importância.

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Estas ações integram-se no programa municipal “É natal em Beja”, que reúne um conjunto de atividades culturais, sociais e comunitárias para celebrar a quadra natalícia.

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Alentejo

Oito feridos, três em estado grave, em colisão a três na estrada regional 243, no concelho de Avis

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acidente

Uma colisão envolvendo três veículos ligeiros de passageiros provocou, na tarde deste sábado, oito feridos — três graves e cinco ligeiros — incluindo uma criança de apenas um ano. O acidente ocorreu ao quilómetro 134,7 da Estrada Regional 243, entre Figueira e Barros e Fronteira, no concelho de Avis.

Segundo fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, o alerta foi dado às 18h13. A violência do embate obrigou à intervenção das equipas de desencarceramento para retirar três das vítimas dos veículos: dois homens, de 50 e 61 anos, e uma mulher de 60, todos considerados feridos graves e transportados de imediato para o Hospital de Portalegre.

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Entre os feridos ligeiros encontram-se uma criança de um ano, três homens de 43, 44 e 49 anos, e uma mulher de 35 anos. Estas cinco vítimas foram igualmente encaminhadas para o Hospital de Portalegre para avaliações e tratamentos complementares.

No local estiveram mobilizados 28 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Avis, Fronteira e Ponte de Sor, elementos do INEM e militares da GNR, apoiados por 12 veículos, incluindo a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Portalegre e a ambulância SIV de Ponte de Sor.

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A Estrada Regional 243 permanece encerrada ao trânsito enquanto decorrem os trabalhos de socorro, limpeza da via e investigação das causas do acidente.

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Sociedade

Portugueses quebram hegemonia francesa e vencem as 24 Horas TT Vila de Fronteira

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BP ULTIMATE 24 HORAS TT FRONTEIRA 1

A 27.ª edição da bp Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira ficará para a história: pela primeira vez em 14 anos, a vitória escapou às equipas francesas e regressou às mãos portuguesas. Luís Cidade, João Monteiro, Mário Franco e Pedro Santinho Mendes protagonizaram uma prestação memorável ao volante de um SSV Can-Am Maverick R, impondo um ritmo que resistiu a avarias, à chuva e ao desgaste extremo de uma das corridas mais exigentes do todo-o-terreno europeu.

O feito ganha ainda maior dimensão porque esta foi a primeira vez que os quatro pilotos competiram como equipa nas 24 Horas, e porque quebraram o domínio de formações francesas habitualmente imbatíveis, apoiadas em protótipos altamente competitivos. A última vitória lusa datava de 2010, assinada então por Pedro Lamy, José Pedro Fontes, Luís Silva e António Coimbra (BMC-BMW).

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A organização do ACP voltou a juntar mais de 300 pilotos e vários milhares de espectadores no Terródromo de Fronteira, que nem o tempo adverso afastou. Durante todo o fim de semana, o ambiente foi de festa, persistência e paixão pelo desporto motorizado.

Cidade em destaque e um início dominador

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Luís Cidade foi, sem contestação, o homem do fim de semana. Depois de assegurar a pole position e conquistar as duas corridas de sábado, o piloto voltou a ser decisivo no arranque da prova principal, colocando o SSV da South Racing Can-Am na liderança logo na primeira volta.

No entanto, a corrida começou a sofrer reviravoltas cedo. A formação de Laurent Poletti/Ronald Basso/Tiago Reis chegou a assumir o comando, mas uma falha estratégica — reabastecimento fora da zona permitida — resultou numa penalização de 15 voltas e subsequente desistência devido a problemas de motor.

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Com a queda deste forte candidato, o quarteto luso-francês da Andrade Competition (Mário Andrade/Cédric Duple/Yann Morize/Nicolas Cassiede) subiu ao segundo lugar, iniciando uma perseguição constante aos líderes.

Noite difícil, chuva e avarias que mudaram tudo

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A noite trouxe o habitual cenário de caos que caracteriza a prova. A chuva tornou a pista escorregadia e imprevisível, multiplicando erros e avarias. A Andrade Competition partiu a suspensão traseira após uma saída de pista, perdendo longos minutos nas boxes e caindo para fora do top 10.

Às 12 horas de corrida, a equipa portuguesa mantinha quatro voltas de vantagem sobre a surpreendente formação MMP T3 Rally, que entretanto também viria a perder tempo devido a danos provocados por uma pedra.

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Com o amanhecer, o cenário era dantesco: lama, rasto profundo e dezenas de carros marcados pelo desgaste. A Andrade Competition recuperava terreno a ritmo impressionante, regressando ao pódio à 19ª hora.

Final dramático: avaria abre a porta ao rival, mas o sonho português resistiu

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Faltavam cinco horas para o fim quando o inesperado aconteceu: problemas elétricos no Can-Am Maverick R obrigaram os líderes a uma longa paragem de 1h40. A vantagem evaporou-se e a Andrade Competition assumiu o comando.

Seguiram-se voltas de pura tensão. A equipa portuguesa voltou à pista decidida a recuperar terreno e, volta após volta, reduzia a diferença. Já na última hora, apenas 4m21 separavam as duas formações.

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Mas o destino trocou as voltas à equipa de Mário Andrade: quebra de rendimento do motor, nova paragem nas boxes e a terceira substituição da correia do alternador. A corrida decidiu-se aí. A formação portuguesa retomou a liderança e segurou-a até ao fim, conquistando uma vitória celebrada com emoção visível.

“Ninguém merece sofrer tanto”, desabafou João Monteiro no pódio.

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Reações emocionadas

Luís Cidade, que abriu e fechou as 24 Horas, admitiu o enorme desgaste físico e mental:

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“Foi uma prova duríssima. Tivemos um grande contratempo, mas a equipa esteve incrível na recuperação. Nas últimas horas gerimos o que era preciso. Estou mais feliz com estas vitórias do que cansado.”

Mário Andrade reconheceu mérito aos vencedores, mas lamentou a oportunidade perdida:

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“Queremos sempre vencer. Ficámos a quatro minutos do primeiro, algo raríssimo nestas provas. Para o ano teremos de voltar para conquistar a décima vitória. O número nove não me agrada.”

O holandês Johan Senders, que fechou o pódio, destacou a dureza da prova:

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“A chuva transformou isto num desafio incrível. Diverti-me muito e conseguimos um grande resultado.”

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Política

Deputado do PSD exige solução da CCDR Alentejo para garantir requalificação da Linha Casa Branca–Beja

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Goncalo Valente

O deputado do PSD por Beja, Gonçalo Valente, pediu esta terça-feira um “empenho total” da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo para assegurar o avanço do projeto de modernização da linha ferroviária Casa Branca–Beja, cuja dotação financeira foi recentemente revista pelo programa Alentejo 2030.

Em comunicado, o parlamentar social-democrata considera que, após o corte de financiamento, “não restará à CCDR Alentejo outra alternativa senão mobilizar novos instrumentos financeiros e resolver o enorme problema que criou à região”.

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A dotação prevista para a requalificação e eletrificação da ligação ferroviária entre Casa Branca e Beja — inicialmente estimada em cerca de 80 milhões de euros — foi reduzida para 20 milhões. A decisão foi confirmada na semana passada durante uma reunião em Évora que juntou a comissão de acompanhamento do Alentejo 2030, a Infraestruturas de Portugal (IP) e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).

Reações divergentes

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A Infraestruturas de Portugal contestou a medida, classificando-a como uma “decisão unilateral” da CCDR Alentejo, enquanto a CIMBAL expressou “inquietação” face ao novo horizonte temporal de execução, apontado para 2032.

Gonçalo Valente reforça esta crítica, defendendo que o Governo “é totalmente alheio” ao processo e que a alteração decidida pela CCDR foi tomada “sem qualquer articulação” com as restantes entidades envolvidas.

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“É normal conjugar prazos de execução com instrumentos financeiros”, admite o deputado. “O que deve preocupar-nos é não sabermos se a CCDR terá capacidade para garantir uma alternativa consistente, e se a retirada de 60 milhões de euros não colocará em causa a realização da obra.”

Críticas à CIMBAL

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No mesmo comunicado, o deputado aponta críticas à CIMBAL, acusando-a de adotar uma “posição politizada” diante da decisão.

Para Gonçalo Valente, a Comunidade Intermunicipal — composta maioritariamente por autarcas do PS — “deveria corar de vergonha ao insinuar que o Baixo Alentejo pouco conta para quem governa”, observando que “o Governo nada tem a ver com esta decisão da CCDR, eleita pelos socialistas alentejanos”.

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O social-democrata defende que, em vez de atribuir responsabilidades ao Governo, a CIMBAL deveria questionar diretamente a CCDR Alentejo sobre o destino dos “60 milhões de euros retirados” ao projeto ferroviário.

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