Siga-nos nas redes sociais

Educação

Estado da Educação. Alunos carenciados e estrangeiros são os mais afetados por desigualdades

blank

Publicado há

no dia

material escolar

O relatório “Estado da Educação 2024”, divulgado esta terça-feira pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), confirma que o sistema educativo português está mais diverso e conta com mais alunos. No entanto, essa evolução não tem sido acompanhada por uma redução das desigualdades. As crianças e jovens de famílias com maior fragilidade social e económica, bem como os alunos estrangeiros, continuam a ter taxas de conclusão no tempo esperado significativamente mais baixas do que os restantes.

O documento assinala que a presença de alunos de nacionalidade estrangeira voltou a crescer nas escolas portuguesas. No ano letivo de 2023/2024 frequentaram a escolaridade obrigatória 174.126 alunos estrangeiros, mais 31.366 do que no ano anterior, um aumento de 22%. No total, representam 13,6% dos estudantes do ensino básico e secundário e 9,5% das crianças na educação pré-escolar. Em cada 100 alunos do básico e secundário, cerca de 13 são estrangeiros.

Publicidade

O CNE identifica falhas estruturais na resposta de inclusão. A oferta de Português Língua Não Materna continua aquém das necessidades, deixando muitos alunos sem o apoio essencial para a integração linguística. As estratégias de apoio às aprendizagens revelam fragilidades e eficácia insuficiente, contribuindo para a continuidade das desigualdades.

O relatório também destaca a falta de recursos especializados, sobretudo no apoio a crianças e jovens com necessidades específicas de saúde. Apesar de terem sido implementadas medidas excecionais, como reforço temporário de docentes e técnicos, subsistem assimetrias territoriais e carência de profissionais que dificultam uma resposta adequada. O CNE defende uma articulação mais forte entre as estruturas da Educação e da Saúde e um reforço efetivo dos recursos humanos.

Publicidade

No que diz respeito aos professores, o estudo revela um mal-estar crescente. Muitos admitem a intenção de abandonar a profissão, motivados sobretudo por salários considerados desajustados. O CNE estima que o sistema necessite de cerca de 40 mil novos docentes nos próximos anos para suprir aposentações e falta de quadros.

Outro ponto sensível é a diferença entre classificações internas atribuídas por escolas públicas e privadas nos cursos científico-humanísticos. As notas internas dos estabelecimentos privados continuam, em média, dois valores acima das das escolas públicas, o que tem impacto direto no acesso ao ensino superior. A transição para a universidade mantém também uma forte dependência do contexto socioeconómico: apenas 48% dos alunos mais desfavorecidos ingressam no ensino superior no ano seguinte ao secundário, face a 57% daqueles que não dependem de apoios financeiros.

Publicidade

Apesar de o país ter atingido um número recorde de diplomados — 101.213, um aumento de 5,9% —, o CNE alerta que permanece o desafio central de garantir oportunidades verdadeiramente equitativas para todos os estudantes.

Publicidade
Publicidade

Educação

Cerca de 20% dos professores admitem querer abandonar carreira.

blank

Publicado há

no dia

por:

professor

Mais de metade dos professores com menos de 30 anos admite a possibilidade de abandonar a carreira docente, segundo o Estudo da Educação divulgado esta terça-feira pelo Diário de Notícias. A tendência não se limita aos mais jovens: também entre os docentes mais experientes cresce a intenção de deixar a profissão, sinalizando um mal-estar generalizado no setor.

No total, cerca de 20% dos professores em Portugal afirmam ponderar sair da docência, num contexto marcado por desgaste acumulado, baixos níveis de atratividade da carreira e pressões crescentes nas escolas. O documento alerta para o impacto inevitável que esta atitude pode ter no futuro da educação, sobretudo num momento em que a escassez de docentes já se faz sentir em vários níveis de ensino.

Publicidade

O estudo estima que, ao longo da próxima década, será necessário contratar em média 3.800 novos docentes por ano apenas para renovar o quadro existente. Este número resulta do elevado ritmo de aposentações previsto e da dificuldade crescente em atrair novos profissionais para a carreira.

A insuficiência de professores não se restringe ao ensino básico e secundário. O relatório observa que o problema começa também a manifestar-se no ensino superior, onde as instituições enfrentam desafios para substituir docentes e garantir continuidade científica e pedagógica.

Publicidade

O cenário traça uma década decisiva para o sistema educativo português, que terá de enfrentar simultaneamente a renovação geracional do corpo docente e a necessidade de tornar a profissão mais sustentável e atrativa.

Publicidade
Continuar a ler

Educação

Politécnico de Beja aposta em IA para modernizar o sistema de ensino

blank

Publicado há

no dia

por:

IPBeja

O Instituto Politécnico de Beja integrou um projeto nacional que pretende modernizar o sistema de ensino através da utilização de ferramentas de inteligência artificial. A iniciativa, denominada “IAedu”, disponibiliza gratuitamente à comunidade académica vários recursos digitais avançados, com a intenção de integrar a IA no ensino superior de forma consciente, segura e alinhada com as exigências éticas atuais. João Martins, pró-presidente para a Investigação e Cooperação, explica que o objetivo é garantir que nenhum diplomado termine um curso sem competências na utilização destas tecnologias, salientando questões como a propriedade intelectual e o uso responsável.

O responsável reconhece que a modernização do ensino é inevitável e que a IA já está presente em múltiplas dimensões da aprendizagem. Destaca que os modelos tradicionais de avaliação terão de ser repensados, assim como a elaboração e entrega de trabalhos, que passam a envolver ferramentas inteligentes. Para João Martins, o “comboio da IA” já está em marcha e as instituições não podem ficar para trás, sobretudo num contexto em que aumentam as exigências de literacia digital e ainda persistem dificuldades básicas no uso de ferramentas tecnológicas.

Publicidade

Segundo nota enviada pelo Instituto Politécnico de Beja, a “IAedu” pretende democratizar o acesso a oportunidades digitais, promovendo uma utilização responsável, equitativa e colaborativa da inteligência artificial. A plataforma insere-se nas estratégias nacionais dedicadas à tecnologia e ao futuro do ensino superior e já se encontra disponível para docentes, estudantes, investigadores e colaboradores. Inclui ainda um guia de utilização com informações detalhadas, materiais de apoio e funcionalidades para facilitar o processo de aprendizagem e adaptação às novas ferramentas.

Publicidade
Continuar a ler

Educação

Governo propõe bolsa máxima para estudantes carenciados abaixo do limiar da pobreza

blank

Publicado há

no dia

por:

estudantes 360x200 1

Estudantes do ensino superior pertencentes a agregados familiares com rendimentos abaixo do limiar da pobreza vão passar a receber automaticamente a bolsa máxima, segundo a proposta de reforma da ação social apresentada esta quarta-feira pelo Governo aos parceiros do setor.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) avança que o novo modelo pretende garantir condições de frequência e conclusão do ensino superior “independentemente da situação económica do estudante”, partindo do diagnóstico realizado pela Nova SBE que identificou falhas estruturais no regime atual e demonstrou o impacto das bolsas na redução do abandono escolar.

Publicidade

Bolsa ajustada ao custo real de vida em cada concelho

A proposta prevê que o valor das bolsas passe a ser calculado a partir do custo real de estudar em cada concelho, incluindo propinas, alimentação, transportes e alojamento. Para isso, serão diferenciados estudantes deslocados e não deslocados, assegurando que o apoio acompanha os encargos efetivos.

O montante final a atribuir resultará da diferença entre o custo total do estudo e a capacidade contributiva do agregado familiar. Sempre que essa diferença seja positiva, o estudante torna-se elegível para apoio. No caso das famílias abaixo do limiar da pobreza, a capacidade contributiva passa a ser considerada nula, o que garante a atribuição da bolsa máxima.

Publicidade

Bolsa de incentivo para alunos do escalão 1 do abono de família

Entre as novidades incluídas na proposta está também a criação de uma bolsa de incentivo, destinada aos estudantes beneficiários do escalão 1 do abono de família. O valor será de 1.045 euros anuais, atribuído automaticamente aquando da matrícula no primeiro ano, com o objetivo de mitigar custos iniciais e reduzir a incerteza sentida pelos estudantes mais vulneráveis na transição para o ensino superior.

Apoio ao alojamento será proporcional ao rendimento e às rendas praticadas

O novo sistema prevê ainda um reforço no apoio ao alojamento, ajustado ao rendimento das famílias e às rendas reais praticadas nas diferentes regiões do país. De acordo com o MECI, o novo modelo garante que todos os estudantes deslocados com custos de alojamento passarão a receber o respetivo complemento, evitando exclusões verificadas no regime atual.

Publicidade

A proposta foi apresentada numa primeira reunião de auscultação com universidades, institutos politécnicos e estruturas representativas dos estudantes. O Governo aguarda agora contributos para a versão final da reforma, prevista ainda para esta legislatura.

Publicidade
Continuar a ler

Educação

Politécnico de Portalegre anuncia quatro novas licenciaturas e um mestrado para 2026/2027

blank

Publicado há

no dia

por:

Politécnico de Portalegre

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai reforçar a sua oferta formativa no próximo ano letivo com quatro novas licenciaturas e um novo mestrado, abrangendo áreas que vão da Engenharia Química à Comunicação Digital. A informação foi confirmada esta quarta-feira pela instituição.

As novas licenciaturas em Engenharia Química e Biológica, Som e Imagem e Gestão de Recursos Humanos serão lecionadas na Escola Superior de Tecnologia, Gestão e Design (ESTGD). Já a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) passa a oferecer o curso de Línguas Aplicadas em Comunicação Digital.

Publicidade

A ESECS recebe ainda um novo mestrado em Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º ciclo, uma formação alinhada com a crescente necessidade de docentes qualificados nestas áreas.

Segundo o IPP, todos os novos cursos já receberam acreditação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), reforçando a aposta do instituto numa expansão estratégica e sustentada. A instituição passa a contar, assim, com 25 licenciaturas, 17 mestrados e três doutoramentos.

Publicidade

Fernando Rebola, vice-presidente do IPP, sublinha que esta oferta responde às necessidades reais da região e do país, acompanhando a procura dos estudantes e as exigências do mercado de trabalho. Luís Loures, presidente do instituto, já havia destacado em outubro o crescimento da instituição, que passou de 1.800 para mais de 3.200 alunos no espaço de oito anos.

O Politécnico de Portalegre integra quatro escolas: a Escola Superior de Biociências de Elvas, a ESTGD, a Escola Superior de Saúde e a ESECS.

Publicidade
Continuar a ler

ÚLTIMAS 48 HORAS

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com