Política
Governo vai abrir avisos de concursos para saúde e educação com 70ME para cada área
O Governo vai abrir, “muito em breve”, avisos de concursos para a requalificação ou construção de escolas e para obras em unidades de saúde, dispondo de 70 milhões de euros para cada área, anunciou hoje a ministra da Coesão Territorial.
“Na saúde e na educação tem de haver recursos para os projetos com maturidade”, afirmou Ana Abrunhosa, explicando que as autoridades de gestão dos Programas Operacionais Regionais (POR) têm indicações para apoiar todos os projetos e, se não houver verba do quadro comunitário Portugal 2020, o financiamento vai ser alocado ao Portugal 2030.
Numa audição regimental na comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local, na Assembleia da República, a governante disse que o Ministério da Coesão Territorial está empenhado em dotar as regiões das melhores infraestruturas de ensino, registando investimentos na ordem dos 633 milhões de euros, dos quais 364 milhões de euros apoiados por fundos europeus, “aplicados em escolas de todos os níveis de ensino”, em parceria com os municípios.
“Vamos abrir, muito em breve, avisos de concurso para escolas de todos os níveis, no valor de 70 milhões de euros”, apontou Ana Abrunhosa, referindo que a verba é de fundos comunitários e visa financiar projetos de reabilitação ou construção de escolas.
Em relação à área da saúde, a ministra reforçou que “tem sido e tem de continuar a ser uma área prioritária de investimento no país no que respeita à canalização de fundos europeus dos POR”, indicando que os números evidenciam essa prioridade, com investimentos que “rondam os 547 milhões de euros”, dos quais 256 milhões em fundos europeus, aplicados na requalificação dos serviços de urgências hospitalares, na construção ou apetrechamento de unidades de cuidados de saúde primários e na instalação de serviços de telemedicina e unidades móveis de saúde.
Em avisos de concursos a abrir brevemente, o Ministério da Coesão Territorial vai “disponibilizar 70 milhões de euros de fundos” para financiar obras na área da saúde, nomeadamente “projetos que estão já com muita maturidade”.
Entre as intervenções a apoiar está o serviço de radioterapia da unidade hospitalar de Vila Real, assim como obras “para construir novos centros de saúde em Vieira do Minho, Lamego, Moreira de Cónegos e remodelar o serviço de urgência médico-cirúrgica do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim – Vila do Conde”.
Outros dos investimentos previstos são no Parque da Saúde da Guarda, para melhorar as condições do hospital da cidade e do Centro de Saúde de Seia, e no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, indicou a ministra.
No âmbito dos fundos do POR, acumulado do Portugal 2020, Ana Abrunhosa referiu ainda o apoio à ciência, investigação e desenvolvimento tecnológico, contratação de trabalhadores qualificados, infraestruturas científicas e tecnológicas, com 915 milhões de euros de investimento e um fundo de quase 600 milhões de euros.
Além disso, a governante destacou a criação ou a expansão de áreas de localização empresarial, para que mais empresas nasçam ou cresçam nas regiões, contando com o contributo dos municípios e registando que através dos POR existem “93 áreas de acolhimento concluídas ou em obra, com um investimento de mais 200 milhões de euros e 100 milhões de fundos”.
A ministra da Coesão Territorial apontou também a importância dos POR no apoio ao investimento das empresas, verificando mais de 6.819 milhões de euros de investimento, com um apoio aprovado de 3.089 milhões de euros, lembrando ainda o novo Programa de Apoio à Produção Nacional.
Lusa
Política
Adiafa celebra o Ano Novo com concerto em Mértola
A Igreja do Espírito Santo, em Mértola, será palco de um emocionante concerto de Ano Novo protagonizado pelo grupo Adiafa, no próximo dia 4 de janeiro de 2025, às 18:00.
Integrado nas festividades do “Natal dos Reis”, o evento promete proporcionar uma experiência cultural única, com a sonoridade tradicional alentejana que caracteriza o grupo Adiafa. Conhecidos pela sua energia contagiante e pelo resgate das raízes musicais do Alentejo, os músicos prometem encantar o público num espetáculo que celebra a entrada do novo ano com alegria e tradição.
O evento é organizado pela Câmara Municipal de Mértola, reforçando o compromisso com a promoção da cultura e das tradições locais.
Marque já na sua agenda e não perca este momento único de celebração e música!
Política
Município de Vendas Novas reforça apoio aos Bombeiros com programa de incentivo ao voluntariado
O Município de Vendas Novas e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vendas Novas colaboraram um protocolo de colaboração que visa fortalecer o corpo de voluntários da corporação. Este programa destina-se a promover o voluntariado, especialmente em períodos críticos como os fins de semana, para garantir uma resposta mais célere e eficaz no socorro à população.
O apoio financeiro, que poderá atingir o montante máximo de 12.200 euros, será atribuído mediante critérios definidos: 50 euros por cada dia de fim de semana com um voluntário adicional e 100 euros para dias em que dois ou mais voluntários envolvidos em serviço. Este incentivo será pago mensalmente até dezembro de 2025, ajudando a suprir a carência de meio humano, um dos desafios que uma corporação enfrenta atualmente.
Para além do financiamento, o Município compromete-se a divulgar o Programa de Incentivo ao Voluntariado nos seus canais de comunicação, sensibilizando a população para a importância do voluntariado no fortalecimento da sociedade e na resposta de emergência.
Valentino Salgado Cunha, Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, destaca a necessidade de uma abordagem nacional ao problema: « que deve ser olhado com atenção a nível nacional para que haja uma resposta estrutural e robusta para o socorro em Portugal, que não dependa de voluntariado. Neste sentido solicitámos em agosto uma reunião com a Ministra da Administração Interna, mas que, até ao momento, não obtivemos resposta. Ainda assim, nos últimos dois anos, o Município destinou mais de 500 mil euros de apoio, com investimentos que incluíram o pagamento de metade dos salários das Equipas de Intervenção Permanente, a aquisição de uma nova ambulância, despesas para a construção do novo quartel e a compra de mobiliário, sistemas informáticos e de comunicação. Com este novo apoio ao Programa de Incentivo ao Voluntariado, reafirmamos o nosso compromisso em colaborar com os nossos bombeiros, assegurando a segurança e o bem-estar dos Vendasnovenses.»
Nos últimos dois anos, o Município já destinou mais de 500 mil euros à Associação dos Bombeiros Voluntários, cobrindo custos de funcionamento e investimentos em novos equipamentos, como a aquisição de uma ambulância, e na construção do novo quartel. Este novo protocolo reforça o compromisso de Vendas Novas com a segurança e o bem-estar da sua comunidade.
Política
Vila Velha de Ródão debate impacto da Violência Doméstica em Crianças e Jovens
No passado dia 18 de outubro, a Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, acolheu um ciclo de conversas dedicado ao impacto da violência doméstica nas crianças e jovens. A iniciativa, organizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vila Velha de Ródão, em colaboração com o CLDS 5G e com o apoio do Município, reuniu profissionais e especialistas para refletir sobre os efeitos devastadores da exposição à violência durante a infância e adolescência.
Marília Pires, presidente da CPCJ de Ródão, abriu o encontro salientando a necessidade de criar “um espaço de diálogo aberto e construtivo”, com o objetivo de encontrar soluções que ajudem a garantir que as crianças cresçam em ambientes seguros. A presidente da CPCJ sublinhou que a violência doméstica não afeta apenas os envolvidos diretamente, mas também as crianças que são testemunhas e vítimas desta realidade. “É essencial reconhecer os sinais e sinalizar as situações”, reforçou.
O presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, caracterizou a violência doméstica como um fenómeno “inquietante e inaceitável”, recordando que este problema “é transversal a toda a sociedade” e não se limita aos estratos sociais desfavorecidos. Pereira defendeu que “a violência zero deve ser um desígnio nacional”, apelando à urgência de garantir a dignidade e a qualidade de vida das vítimas.
Durante a manhã, Carmen Ludovino, jurista e técnica da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, alertou para os perigos da violência interparental, afirmando que este “tem sempre um impacto negativo no desenvolvimento, saúde e bem-estar das crianças ou jovens”. Ludovino sublinhou que o ciclo da violência tende a perpetuar-se, com as crianças a reproduzirem, no futuro, comportamentos dos adultos, quer como vítimas, quer como agressores.
O pedopsiquiatra João Caseiro, da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, também entrevistou, explicando que a exposição precoce à violência afeta de forma adversa o funcionamento neurobiológico, psicológico e social das crianças. De acordo com Caseiro, essas crianças enfrentam mais dificuldades no relacionamento interpessoal e ao nível do sucesso acadêmico. “A violência sobre uma figura parental tem tanto impacto na saúde mental das crianças como a violência diretamente sobre elas”, explicou, destacando também a importância de se estudar o impacto da depressão pós-parto no desenvolvimento infantil.
José Cerdeira, Procurador do Tribunal de Família e Menores de Castelo Branco, apelou para que os casos de violência doméstica sejam devidamente sinalizados. “A rede existe, é preciso comunicar mais e fazê-la funcionar”, afirmou, realçando a importância de identificar e intervir em situações de risco para as crianças.
Durante a tarde, Linda Vaz, presidente da delegação do Centro da Ordem dos Psicólogos, e o sargento Ricardo Ramos, do Núcleo de Investigação e Apoio às Vítimas Específicas da GNR, discutiram a importância da cooperação entre as várias entidades envolvidas na prevenção, detecção e intervenção em casos de violência doméstica.
O evento foi encerrado com a apresentação do projeto “VincuLar”, de Sara Santos, do Centro Assistencial, Cultural e Formativo do Fundão. Este projeto, que visa proteger crianças e jovens em perigo, oferece uma alternativa à institucionalização, através da colocação temporária em famílias de acolhimento, garantindo assim a sua segurança e bem-estar.
Este ciclo de conversas veio sublinhar a importância de atuar de forma conjunta e proativa na proteção das crianças e jovens, com o objetivo de quebrar o ciclo da violência e garantir um futuro mais seguro para as gerações futuras.
Alentejo
Mora: Munícipes revoltados com presidente por priorizar outdoors turísticos
A vila de Mora, enfrenta uma série de desafios que vêm afetando a qualidade de vida dos seus habitantes. Entre as principais carências estão a falta de infraestrutura básica, como a melhoria das estradas locais, a necessidade de serviços de saúde adequados e a promoção de oportunidades de emprego para reter a população jovem. A população local tem manifestado crescentes preocupações sobre a falta de ação concreta por parte do executivo municipal para abordar essas questões críticas.
Apesar destas necessidades urgentes, a presidente da Câmara Municipal de Mora, Paula Chuço, recentemente utilizou a página oficial do município no Facebook para anunciar que uma das promessas eleitorais mais importantes foi cumprida: a colocação de outdoors turísticos nas principais vias de acesso às freguesias do concelho, incluindo a localidade de Malarranha.
A presidente afirmou:
“O executivo municipal cumpre agora uma das suas promessas eleitorais mais importantes, com a colocação de outdoors turísticos nas principais vias de acesso às freguesias do Concelho, incluindo a localidade de Malarranha.
Esta é uma medida que se encontra neste momento em execução, estando concluída a primeira fase com a colocação de outdoors onde já existiam estruturas. Muito em breve será iniciada a 2ª fase com a colocação de novas estruturas onde não existiam.
O Turismo é a grande base do trabalho que se tem vindo a desenvolver no presente mandato. É, por isso, considerado como a principal alavanca para a dinamização e para o desenvolvimento económico e social local. A imagem de destaque aliada ao slogan, convidam a entrar e a visitar. Aprecie!”
A reação dos munícipes foi imediata e veemente, criticando a iniciativa como uma distração dos problemas reais que afetam diariamente a vida em Mora. Nas redes sociais, os comentários refletem uma comunidade frustrada e cada vez mais descrente na capacidade da presidente de gerir eficazmente os interesses públicos. Um dos comentários mais curtidos resumia bem o sentimento geral: “Outdoors não consertam estradas nem trazem médicos para a nossa vila.”
A crítica se intensifica ao considerar que outras promessas eleitorais, como a melhoria das infraestruturas básicas, continuam a ser ignoradas. A falta de investimento em saúde pública e na criação de empregos sustentáveis são pontos de discórdia que os munícipes têm levantado repetidamente. A decisão de priorizar a colocação de outdoors é vista por muitos como uma tentativa de maquiagem, sem impacto real no desenvolvimento da vila.
Além disso, os outdoors turísticos foram alvo de chacota e descrença. A imagem e o slogan utilizados foram amplamente criticados por não refletirem a realidade de Mora, parecendo mais uma tentativa superficial de atrair turistas do que uma estratégia séria de desenvolvimento local.
A presidente Paula Cristina Calado Chuço está agora no centro de uma tempestade política, com a sua capacidade de liderança cada vez mais posta em dúvida. Moradores e oposição política exigem medidas concretas e urgentes para resolver os problemas que realmente importam, como a melhoria das estradas, a saúde pública e a criação de oportunidades de emprego.
Com a população cada vez mais impaciente e desiludida, o executivo municipal enfrenta um desafio monumental: provar que está verdadeiramente comprometido com o bem-estar dos habitantes de Mora e não apenas com ações superficiais de marketing.
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