Agricultura
Mértola agradece compromisso da Ministra do Ambiente e APA para garantir acesso à água potável

A Câmara Municipal de Mértola expressa a sua satisfação com as recentes declarações da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, sobre importantes medidas para o concelho. A ministra anunciou um plano para garantir o abastecimento regular de água potável à freguesia do Espírito Santo e a recuperação das margens do rio Guadiana entre Mértola e Pomarão.
A iniciativa do Governo, solicitada à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), visa resolver os problemas crónicos de escassez de água que afetam especialmente as localidades de Espírito Santo e Mesquita, que durante o verão frequentemente dependem de autotanques devido aos grandes défices hídricos. A instalação de uma unidade de captação de água superficial do rio Guadiana junto ao Pomarão pretende reforçar o sistema Odeleite-Beliche no Algarve, garantindo ao mesmo tempo que as necessidades do território de Mértola sejam atendidas de forma justa e equitativa.
Além do abastecimento de água, a reabilitação das margens do Guadiana é crucial para melhorar a navegabilidade do rio, atualmente comprometida pelo assoreamento progressivo. Este problema tem sido exacerbado pelo excesso de sedimentos acumulados desde o encerramento das comportas do Alqueva em 2002, impedindo a regeneração natural do leito do rio.
Estas decisões são resultado direto das diligências desenvolvidas pelo município junto das entidades competentes, destacando-se uma reunião recente entre a Ministra do Ambiente e Energia e o Presidente da Câmara de Mértola, Mário Tomé. Na reunião, discutiram-se os problemas crónicos de escassez de água e o elevado stresse hídrico no concelho.
O município sublinha a importância da articulação com a Águas Públicas do Alentejo (AgdA) e outras entidades locais para garantir que estas medidas tenham um impacto positivo na vida da população. A Câmara Municipal de Mértola agradece à Ministra Maria da Graça Carvalho e ao Eng. Pimenta Machado da APA pelo compromisso demonstrado e pela rápida ação em prol do bem-estar dos habitantes do concelho, reforçando que o acesso à água potável é um direito fundamental que precisa ser assegurado.
Portugal
Ovibeja à deriva: Feira agrícola perde rumo entre vaidades e negócio próprio

Apesar da afluência de visitantes, a 41.ª edição da Ovibeja revela sinais de esvaziamento técnico e económico, afastando-se do seu papel estruturante no setor agrícola e transformando-se num evento mediático com fraca presença digital e benefícios concentrados na entidade organizadora.
Realizada de 30 de abril a 4 de maio de 2025, a organização anunciou com entusiasmo ter ultrapassado os 100 mil visitantes. No entanto, este número, embora expressivo, não oculta uma tendência preocupante: a transformação gradual da feira de um evento técnico e agrícola para um espetáculo de vaidades, onde o brilho mediático parece sobrepor-se à substância e à relevância para o setor agrícola nacional.
A Ovibeja sempre foi um ponto de encontro para agricultores, técnicos e profissionais do setor, promovendo debates e apresentações de inovações tecnológicas. Nesta edição, o tema “+ Agricultura + Futuro” prometia uma reflexão profunda sobre o papel da agricultura na economia global e na sustentabilidade ambiental. Contudo, a presença de mais de mil expositores, muitos dos quais fora do âmbito agrícola, e a ênfase em eventos culturais e gastronómicos, como o “Comboio do Cante” e os concertos noturnos, desviaram o foco principal da feira.
A comunicação da Ovibeja nas redes sociais também deixa a desejar. A presença limitada em plataformas como YouTube e Facebook reduz a visibilidade do evento e impede uma divulgação eficaz das inovações e debates realizados. Em tempos onde a comunicação digital é essencial, esta falha representa uma oportunidade perdida para envolver um público mais amplo e diversificado.
A organização da Ovibeja está a cargo da ACOS – Associação de Agricultores do Sul. Embora a associação desempenhe um papel importante na promoção da agricultura na região, a concentração dos benefícios económicos e promocionais nas mãos de um único promotor levanta questões sobre a equidade e a distribuição justa dos recursos e oportunidades gerados pelo evento.
Em suma, a Ovibeja enfrenta o desafio de reencontrar o seu propósito original. Para manter a sua relevância, é essencial que a feira reforce o seu compromisso com o setor agrícola, melhore a sua comunicação digital e assegure uma distribuição equitativa dos benefícios entre todos os participantes. Caso contrário, corre o risco de se tornar apenas mais um evento festivo, distante das necessidades e desafios reais da agricultura portuguesa.
Baixo Alentejo
41ª Ovibeja arranca com reflexão sobre o futuro da agricultura e programa diversificado para todos os públicos

Entre os dias 30 de abril e 4 de maio, o Parque de Feiras e Exposições de Beja acolhe a 41ª edição da Ovibeja, sob o lema “+ Agricultura + Futuro”, reforçando o seu papel enquanto espaço de debate estratégico e promoção do mundo rural. O certame, organizado pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul, espera receber mais de 100 mil visitantes ao longo dos cinco dias.
A abertura oficial acontece na quarta-feira, 30 de abril, às 10h00, com a presença confirmada do Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, previsto para chegar por volta das 12h00. Já está igualmente assegurada a visita de Pedro Nuno Santos, candidato do Partido Socialista a Primeiro-Ministro, no âmbito da atual pré-campanha para as Legislativas.
A edição deste ano propõe uma reflexão aprofundada sobre os desafios e o futuro da agricultura, destacando questões como as alterações climáticas, a sustentabilidade ambiental, a segurança alimentar e o combate ao despovoamento do interior do país. Este último tema será alvo de particular atenção num colóquio agendado para dia 1 de maio, às 11h00, promovido pela ACOS em parceria com a Incubadora Social do Baixo Alentejo, que abordará a integração da mão de obra imigrante como resposta à escassez de recursos humanos no setor.
Outro destaque da programação técnica é o colóquio “+ Agricultura + Futuro”, marcado para o dia 2 de maio, no Auditório ACOS, que se focará na renovação geracional no mundo agrícola e nas oportunidades que o setor oferece às novas gerações.
Apesar do forte cariz profissional e técnico, a Ovibeja mantém-se uma feira generalista, com mais de mil expositores de áreas tão diversas como equipamentos, serviços, artesanato, gastronomia, turismo, inovação e tecnologias. O certame oferece ainda uma agenda cultural intensa, que inclui concertos, atividades lúdicas e momentos de expressão popular, como o Cante Alentejano.
Um dos pontos altos da programação cultural terá lugar no sábado, 3 de maio, com a iniciativa “Comboio do Cante”, que traz até Beja mais de duas dezenas de grupos corais da região da Grande Lisboa, numa ação promovida em colaboração com a Casa do Alentejo, com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e da Câmara Municipal de Beja.
De sublinhar ainda que no primeiro dia da feira (30 de abril), a entrada será gratuita até às 20h00, graças a uma iniciativa do Município de Beja.
Com um programa que alia inovação, tradição, conhecimento e entretenimento, a 41ª Ovibeja confirma-se como um dos maiores eventos agrícolas e socioculturais do país, ponto de encontro obrigatório para profissionais, decisores políticos e o público em geral.
Agricultura
Polémica em torno do encontro sobre gestão da água em Beja

A recente realização do encontro sobre gestão da água, que decorreu nas instalações da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, em Beja, tem gerado controvérsia e acusações entre a ACOS e a Comissão Política Distrital de Beja do Partido CHEGA. Em questão está a seleção dos participantes e a própria organização do evento, que o partido classifica como “restrita e selectiva”.
Segundo o comunicado da Direcção da ACOS, este encontro foi inteiramente promovido pelos Ministérios do Ambiente e Energia e da Agricultura e Pescas, e não contou com qualquer intervenção da ACOS na sua organização. O evento teve dois momentos distintos: a apresentação da Estratégia “Água que Une” e uma reunião de trabalho com a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA), na qual estiveram presentes 12 das 14 associações e cooperativas que a compõem.
A polémica intensificou-se quando o Partido CHEGA denunciou a exclusão de outras organizações de agricultores do Alto e Baixo Alentejo, considerando que esta selecção levanta “sérias questões sobre os critérios de participação e a real intenção do encontro”. Em nota de imprensa, o partido manifestou “total surpresa e indignação” pela realização deste evento com ministros demissionários, questionando se esta iniciativa não constitui um acto de pré-campanha eleitoral.
O comunicado do CHEGA também criticou a presença da Associação de Regantes do Mira, referindo que esta estaria numa situação de demissão. Contudo, a ACOS esclareceu que esta entidade é associada da FAABA e que, na realidade, a sua direcção foi demitida pela anterior ministra da Agricultura, não se encontrando, portanto, numa situação de demissão voluntária.
Outra crítica apontada pelo CHEGA prende-se com a ausência da EDIA, a empresa pública responsável pelo Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, do processo organizativo do evento. O partido questiona por que motivo esta entidade, que tem um papel estratégico na gestão da água na região, não foi envolvida na organização do encontro.
A Direcção da ACOS contrapõe, argumentando que a escolha do local para o evento se deve ao facto de a FAABA ter a sua sede nas instalações da ACOS e que a sua representatividade na região justifica plenamente a sua participação. Acrescenta ainda que a iniciativa dos Ministérios visava discutir a estratégia “Água que Une” e os desafios da agricultura de sequeiro e de regadio, sem qualquer intenção de exclusão de entidades.
A questão do investimento de cinco mil milhões de euros previsto no programa “Água que Une” também foi levantada pelo CHEGA, que reclama maior transparência sobre a selecção das organizações envolvidas e a distribuição dos recursos.
Diante destas acusações, o partido exige “respostas claras” sobre os critérios de selecção das entidades participantes e a justificação para a realização do evento por um governo demissionário. A polémica continua a crescer, enquanto se aguarda por esclarecimentos adicionais por parte dos Ministérios envolvidos.
Baixo Alentejo
Feira do Azeite de Vale de Vargo recebe colóquio sobre o futuro do Olival Tradicional

No próximo dia 14 de março, pelas 09h30, a XV Feira do Azeite de Vale de Vargo acolhe o colóquio “O Futuro do Olival Tradicional”. O evento é organizado pela União das Freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo e pelo Município de Serpa, em parceria com o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL).
O Alentejo assume-se, atualmente, como a principal região produtora de azeite em Portugal, sendo responsável por cerca de 90% da produção nacional. A qualidade excecional dos azeites alentejanos tem sido reconhecida a nível internacional, conquistando distinções que destacam as suas características organolépticas únicas.
O setor olivícola desempenha um papel fundamental na economia agrícola portuguesa. Nos últimos 20 anos, as exportações de azeite nacional multiplicaram-se 12 vezes em volume e 18 vezes em valor. Atualmente, Portugal é o sexto maior produtor mundial de azeite e o terceiro maior exportador dentro da União Europeia.
O olival tradicional é uma marca identitária da paisagem e cultura do Alentejo, representando um património que importa preservar. Face aos desafios que enfrenta, torna-se essencial definir estratégias que assegurem a sua continuidade e diferenciação, equilibrando tradição e inovação.
O colóquio contará com a participação de especialistas e profissionais do setor, que irão abordar as perspetivas de futuro para o olival tradicional e debater soluções sustentáveis para garantir a sua viabilidade económica e ambiental.
A XV Feira do Azeite de Vale de Vargo promete, assim, ser um ponto de encontro para produtores, investigadores e entusiastas do setor, promovendo o diálogo e a partilha de conhecimento sobre um dos produtos mais emblemáticos da região e do país.
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