Portugal
Montemor-o-Novo: Comunidade de leitores com comentários à obra ‘Nem Todas as baleias Voam’
© Município de Montemor-o-Novo
No passado dia 26 de outubro, a Biblioteca Municipal acolheu mais uma emocionante sessão da Comunidade de Leitores, onde os amantes da literatura tiveram a oportunidade de mergulhar nas páginas do livro “Nem Todas as Baleias Voam”, da autoria de Afonso Cruz. Esta obra, que se desenrola num contexto singular, transportou os leitores para uma viagem envolvente pelas notas do jazz e os segredos da Guerra Fria.
A narrativa desta obra tem como personagem principal Erik Gould, um virtuoso músico de jazz, que se vê envolvido num plano aparentemente inusitado: o “Jazz Ambassadors”. Este projeto, promovido pela CIA, tinha como objetivo utilizar o jazz como uma ferramenta de comunicação para transmitir mensagens específicas à juventude do Leste Europeu durante os tempos sombrios da Guerra Fria. A singularidade deste enredo despertou a curiosidade e o entusiasmo dos leitores que se reuniram na Biblioteca Municipal, dando início a um fascinante debate.
Durante a sessão, os participantes exploraram os elementos que tornam esta obra tão especial e atraente. A combinação única de elementos como a música, a política e a cultura, juntamente com a mestria de Afonso Cruz na escrita, cativou a atenção dos leitores e levantou questões pertinentes sobre o poder da arte e da música como veículos de comunicação e transformação social. A discussão abordou temas complexos, como o impacto do jazz na sociedade e a maneira como a CIA usou a música como uma arma silenciosa na Guerra Fria.
Este encontro da Comunidade de Leitores não só permitiu aos participantes explorar as complexidades da narrativa, mas também fomentou uma apreciação mais profunda do jazz e da sua importância cultural, especialmente durante os momentos críticos da História.
Para todos aqueles que anseiam por participar e contribuir para estas discussões envolventes, não percam os próximos encontros da Comunidade de Leitores. O próximo ciclo será dedicado a celebrar o centenário do ilustre Eugénio de Andrade, um dos grandes nomes da literatura portuguesa. Este é um convite para explorar e celebrar a riqueza da nossa herança literária, bem como para partilhar ideias e perspetivas com outros amantes da literatura.
A sessão da Comunidade de Leitores dedicada à obra de Afonso Cruz foi, sem dúvida, um evento memorável que demonstra a importância e o impacto da literatura na nossa comunidade. Fica a expectativa de que os próximos encontros se revelem igualmente inspiradores e enriquecedores, à medida que continuamos a explorar os mundos infinitos que os livros têm para oferecer.
Alentejo Central
Skate Park de Mora inaugurado a 30 de Novembro
No próximo dia 30 de novembro , às 15h, o Skate Park do Parque Urbano de Mora abre oficialmente as suas portas com uma demonstração protagonizada por jovens do concelho.
Este espaço, idealizado e executado pela Câmara Municipal de Mora , foi pensado para os amantes de desportos ao ar livre, incluindo modalidades como Skate, BMX e Patins . O projeto surge como resposta a uma necessidade manifestada pelos jovens da região, que careciam de um local adequado e seguro para a prática destas atividades.
A conferência marca um passo importante no reforço da oferta esportiva do município, promovendo estilos de vida ativos e o convívio entre a comunidade.
Portugal
Ferrovia do Litoral Alentejano: Infraestruturas renovadas, mas sem serviço de passageiros
O Litoral Alentejano possui atualmente infraestruturas ferroviárias renovadas e eletrificadas, mas há ausência de serviços de transporte ferroviário para que o trânsito continue a ser uma realidade preocupante. Apesar dos investimentos anunciados há anos, o transporte de passageiros por comboio permanece negligenciado numa região que tem sido alvo de desinvestimento por parte do Estado central, particularmente desde a era da troika.
Esta situação foi o foco da sessão “Conversa sobre Comboios”, realizada na última sexta-feira, no Cineteatro Vitória , em Ermidas-Sado, organizada pela Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) . O evento incluiu a gravação do podcast “Sobre Carris” , do jornal Público , que abordou o impacto da ausência de serviços regionais na linha férrea do Litoral Alentejano.
Infraestruturas Modernizadas, Mas Subaproveitadas
Apesar da renovação da Linha do Sul e da eletrificação de suas vias e estações, o serviço regional é inexistente. Actualmente, apenas os comboios Intercidades param em duas estações dos cinco concelhos do Litoral Alentejano, deixando localidades como Alvalade-Sado e Canal Caveira sem qualquer paragem há décadas. Esta ausência reflete um modelo que, aparentemente, prioriza deslocações entre Lisboa e o Algarve, ignorando as necessidades locais.
Outro exemplo é o Ramal Ermidas-Sado-Sines , actualmente dedicado exclusivamente ao transporte de mercadorias. O serviço de passageiros foi extinto há 30 anos, agravando o isolamento da região. Segundo Álvaro Beijinha , presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e vice-presidente da CIMAL, até mesmo o transporte de mercadorias enfrenta desafios significativos devido à tensão acentuada da linha, considerada a mais profunda do país.
Potencial de Desenvolvimento Ignorado
Especialistas como o jornalista Carlos Cipriano , que escreve sobre ferrovia, e o gestor João Cunha apontaram durante o evento que o maior investimento – infraestruturas e material circulante – já está feito. O que falta é a melhoria dos serviços regulares, algo considerado mais acessível do ponto de vista financeiro e essencial para o desenvolvimento regional.
João Cunha destacou as oportunidades de crescimento em Sines , impulsionadas por novas indústrias, centros de dados e cabos submarinos de transporte de dados. Contudo, a falta de transporte ferroviário eficiente dificulta a fixação dos trabalhadores na região. Uma ligação rápida de comboio entre Lisboa e Sines, com um tempo de viagem estimado de 50 minutos, foi apresentada como uma solução viável para transportar os cerca de 8 mil trabalhadores necessários para os projectos previstos.
Rede Ferroviária como Motor de Desenvolvimento
Além de ligar Sines à Área Metropolitana de Lisboa, a expansão ferroviária poderia instalar localidades como Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André, aumentando a sua atractividade para a fixação da população. A construção de uma terceira travessia do Tejo , entre Lisboa e o Barreiro, com valência ferroviária, foi apresentada como um passo fundamental para concretizar este objetivo.
O crescimento populacional previsto no triângulo Santiago do Cacém–Vila Nova de Santo André–Sines, que poderá atingir os 50 mil habitantes, reforça a urgência de criar alternativas ferroviárias. Uma nova linha entre Grândola e Sines, com paragens estratégicas, incluindo o Hospital do Litoral Alentejano , seria um elemento central nesta transformação.
Reflexão Necessária
Apesar das oportunidades de desenvolvimento, a falta de acção no Litoral Alentejano reflecte um padrão de desatenção às necessidades das populações e ao potencial económico da região. A “Conversa sobre Comboios” sublinhou que a ferrovia tem o poder de transformar o território, desde que as infraestruturas já existentes sejam colocadas ao serviço das comunidades.
Para ouvir a gravação completa do podcast “Sobre Carris” , clique aqui .
Baixo Alentejo
Moura celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência com iniciativas de inclusão e sustentabilidade
No próximo dia 3 de dezembro, o Município de Moura assinala o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência com um conjunto de iniciativas que promovem a inclusão e a sustentabilidade, destacando-se a já tradicional Árvore da Partilha, em Moura, e a Nossa Árvore de Natal, em Amareleja.
As decorações destas árvores, que este ano são dedicadas à temática do Brincar , foram inspiradas no livro “A Bondade Cresce” , de Britta Teckentrup. A escolha do tema reflete o compromisso do município em destacar a importância do direito das crianças ao brincar, em alinhamento com as orientações da Rede Portuguesa das Cidades Educadoras. Assim, ambas as árvores foram apelidadas de Árvores dos Brinquedos .
Uma Comunidade em Ação
A elaboração das decorações conta com a participação de 657 pessoas em Moura, provenientes de instituições como a Creche Amor Perfeito, o Centro Infantil de Nossa Senhora do Carmo, jardins de infância, escolas do 1.º ciclo, a APPACDM, a Fundação São Barnabé , o Lar de São Francisco e a Universidade Sénior. Em Amareleja, 200 participantes da Creche Bem-Me-Quer, da Escola Professor Francisco Honrado Pereira, da Universidade Sénior e do Centro Social de Amareleja uniram esforços para preparar as decorações.
Os materiais recicláveis utilizados, como pacotes plásticos de leite, latas de bolachas e bebidas, e garrafas, refletem o compromisso do município com a sustentabilidade e a regra dos três R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar . Em Moura, foram reutilizados 3.200 pacotes de leite, 100 latas de bolachas, 400 latas de bebidas e 100 garrafas plásticas. Já na Amareleja, são fornecidos 1000 pacotes de leite, 30 latas de bolachas, 200 latas de bebidas e 100 garrafas plásticas.
Datas e Locais das Celebrações
- Árvore da Partilha : 3 de dezembro, às 10h00, no Largo General Humberto Delgado, Moura.
- Nossa Árvore de Natal : 4 de dezembro, às 10h00, junto à Torre do Relógio, Amareleja.
Inclusão Social: Protocolo com a APPACDM
No mesmo dia, às 14h30, a Câmara Municipal de Moura e a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Moura (APPACDM) irão renovar os protocolos de colaboração no âmbito das Atividades Socialmente Úteis , um projeto que visa a inclusão de pessoas com deficiência em contexto laboral.
Seis utilizadores da APPACDM irão integrar, durante um ano, diversas áreas do município, como a Biblioteca, Ludoteca, Piscina Municipal e serviços de manutenção. A assinatura dos protocolos terá lugar na Sala de Sessões da Câmara Municipal de Moura.
Um Compromisso de 19 Anos
Com 19 edições, a Árvore da Partilha continua a ser um símbolo da união da comunidade mourense em torno da inclusão, sustentabilidade e partilha de valores. Este ano, a comemoração reforça a importância de criar um mundo mais justo e acessível para todos.
Portugal
Colóquio ’50 Anos de Arqueologia no Concelho de Grândola’ reúne especialistas em património
Conceituados investigadores e académicos vão reunir-se no próximo dia 29 de novembro , no Cineteatro Grandolense, para participar no colóquio “50 Anos de Arqueologia no Concelho de Grândola” . O evento, que tem início marcado para as 09h00, insere-se nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e pretende divulgar as mais descobertas arqueológicas realizadas no concelho nas últimas décadas.
Organizado pela Câmara Municipal de Grândola , através do Serviço de Património Histórico e Cultural e Museus, o colóquio contará com a participação de investigadores, académicos e técnicos municipais que irão partilhar os seus conhecimentos e experiências. O programa está dividido em nove painéis temáticos , que abordam diversos aspectos do património local:
- Gestão do Património Arqueológico no Museu Municipal de Grândola
- Santa Marinha (Melides): Explorando o Passado com Novas Tecnologias
- A Tróia Romana antes e depois da Revolução de Abril
- Dez Anos de (não) Arqueologia Subaquática no concelho de Grândola
- A Necrópole de Casas Velhas – Melides, no contexto da Idade do Bronze do Sudoeste Ibérico
- Revisitar a Igreja de São Pedro cuidando de memórias passadas: o contributo da Bioantropologia
- 50 Anos de Arqueologia Industrial no Concelho de Grândola
- Viver junto ao mar, paisagens de identidade e comunidade numa aldeia de pescadores nos séculos XIX e XX (Grândola, Portugal)
- Análise Zooarqueológica das Arqueofaunas dos Paços do Concelho de Grândola (Séculos XVI-XVIII)
Este encontro representa uma oportunidade única para a comunidade conhecer e valorizar o rico património histórico de Grândola, bem como compreender a importância da arqueologia na preservação da memória colectiva e na construção da identidade local.
A participação é gratuita , mas sujeita à inscrição obrigatória. Os interesses podem inscrever-se através do email museu .municipal @cm -grandola .pt ou pelo telefone 269 450 019 .
Este colóquio promete ser um momento de partilha e reflexão sobre o passado, proporcionando um olhar aprofundado sobre a história e a evolução arqueológica do concelho de Grândola ao longo dos últimos 50 anos.
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