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Política

Presidenciais? Do número recorde de candidatos à imprevisibilidade

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Palacio Belem Lisboa

As eleições presidenciais de janeiro apresentam-se como uma das disputas mais imprevisíveis da democracia portuguesa. Depois de uma década com Marcelo Rebelo de Sousa na Presidência, sempre reeleito à primeira volta, o país enfrenta agora um cenário totalmente distinto, marcado por fragmentação política, ausência de incumbente e um número histórico de candidaturas.

Sem Marcelo na corrida, as presidenciais de 2025 caminham para ser as mais concorridas de sempre, superando o recorde de 2016, que contou com 10 candidatos. A pouco mais de um mês do ato eleitoral, existem mais de 40 pré-candidaturas anunciadas. O número deverá diminuir após a validação pelo Tribunal Constitucional, que exige pelo menos 7.500 assinaturas de cidadãos eleitores por candidatura.

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A grande novidade, porém, é outra: sete candidatos contam com apoio formal de um partido representado na Assembleia da República. É uma situação inédita, ultrapassando o máximo anterior de cinco candidaturas com apoios partidários em 2021. Entre eles estão Luís Marques Mendes (PSD), André Ventura (Chega), António José Seguro (PS), João Cotrim Figueiredo (IL), Catarina Martins (BE), António Filipe (PCP) e Jorge Pires (Livre). A elevada participação partidária explica-se pelo atual mapa político, com dez forças parlamentares e elevado grau de fragmentação.

Mas o dado que mais contribui para a imprevisibilidade é o destaque de um candidato independente nas sondagens: Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe do Estado-Maior da Armada e figura central na operação de vacinação contra a covid-19. Sem experiência política e enfatizando a sua independência, atraiu apoios de personalidades de vários quadrantes, incluindo Rui Rio, Francisco Rodrigues dos Santos e José Sócrates, compondo uma coligação informal que desafia as tradicionais linhas partidárias.

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Quarenta anos depois da única segunda volta presidencial em Portugal, em 1986, esse cenário volta a ganhar força. A combinação de fragmentação, recorde de candidaturas e ascensão de um independente transforma estas eleições numa das disputas mais abertas e imprevisíveis da história democrática.

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Política

Deputado do PSD exige solução da CCDR Alentejo para garantir requalificação da Linha Casa Branca–Beja

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Goncalo Valente

O deputado do PSD por Beja, Gonçalo Valente, pediu esta terça-feira um “empenho total” da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo para assegurar o avanço do projeto de modernização da linha ferroviária Casa Branca–Beja, cuja dotação financeira foi recentemente revista pelo programa Alentejo 2030.

Em comunicado, o parlamentar social-democrata considera que, após o corte de financiamento, “não restará à CCDR Alentejo outra alternativa senão mobilizar novos instrumentos financeiros e resolver o enorme problema que criou à região”.

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A dotação prevista para a requalificação e eletrificação da ligação ferroviária entre Casa Branca e Beja — inicialmente estimada em cerca de 80 milhões de euros — foi reduzida para 20 milhões. A decisão foi confirmada na semana passada durante uma reunião em Évora que juntou a comissão de acompanhamento do Alentejo 2030, a Infraestruturas de Portugal (IP) e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).

Reações divergentes

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A Infraestruturas de Portugal contestou a medida, classificando-a como uma “decisão unilateral” da CCDR Alentejo, enquanto a CIMBAL expressou “inquietação” face ao novo horizonte temporal de execução, apontado para 2032.

Gonçalo Valente reforça esta crítica, defendendo que o Governo “é totalmente alheio” ao processo e que a alteração decidida pela CCDR foi tomada “sem qualquer articulação” com as restantes entidades envolvidas.

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“É normal conjugar prazos de execução com instrumentos financeiros”, admite o deputado. “O que deve preocupar-nos é não sabermos se a CCDR terá capacidade para garantir uma alternativa consistente, e se a retirada de 60 milhões de euros não colocará em causa a realização da obra.”

Críticas à CIMBAL

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No mesmo comunicado, o deputado aponta críticas à CIMBAL, acusando-a de adotar uma “posição politizada” diante da decisão.

Para Gonçalo Valente, a Comunidade Intermunicipal — composta maioritariamente por autarcas do PS — “deveria corar de vergonha ao insinuar que o Baixo Alentejo pouco conta para quem governa”, observando que “o Governo nada tem a ver com esta decisão da CCDR, eleita pelos socialistas alentejanos”.

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O social-democrata defende que, em vez de atribuir responsabilidades ao Governo, a CIMBAL deveria questionar diretamente a CCDR Alentejo sobre o destino dos “60 milhões de euros retirados” ao projeto ferroviário.

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André Ventura lidera intenções de voto presidencial com queda de Gouveia e Melo

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andre ventura

A pouco mais de um mês das eleições presidenciais, André Ventura surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto, segundo o barómetro DN/Aximage. O presidente do Chega atinge 19,1% e beneficia de uma descida acentuada de Henrique Gouveia e Melo, que passa de 24,4% em novembro para 17,5%. Entre ambos permanece Luís Marques Mendes, candidato apoiado por PSD e CDS, que mantém 18,2%, configurando um cenário de empate técnico dentro da margem de erro de 4%.

João Cotrim de Figueiredo é o candidato que mais cresce, subindo de 8,2% para 10,5%, enquanto António José Seguro recua para 9,6%. O estudo revela ainda que André Ventura lidera entre os eleitores mais jovens, com 49,7% nas faixas 18-34 e 35-49 anos, e regista maior apoio nas classes sociais D e C2. A região Norte mostra-se particularmente favorável ao líder do Chega, ao passo que Gouveia e Melo recolhe maior aprovação na Área Metropolitana de Lisboa.

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O barómetro indica também que 61% dos inquiridos têm acompanhado os debates presidenciais. Luís Marques Mendes e André Ventura surgem como os candidatos mais destacados, referidos por 22% dos participantes, embora 45% considerem Ventura o pior desempenho até agora. A sondagem reforça um cenário eleitoral marcado pela fragmentação e pela ausência de um favorito claro à primeira volta.

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Quem, como e quando pode votar por antecipação nas eleições de janeiro?

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As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026 e, caso haja segunda volta, esta decorrerá a 8 de fevereiro. Como habitual, existem várias modalidades de voto antecipado destinadas a garantir que todos os eleitores possam exercer o seu direito de voto, mesmo estando impedidos de se deslocar à sua mesa eleitoral no próprio dia.

Os eleitores hospitalizados ou detidos podem votar antecipadamente mediante inscrição prévia no portal www.votoantecipado.pt ou por carta dirigida à secretaria-geral do Ministério da Administração Interna. O pedido deve ser efetuado entre 8 e 29 de dezembro e acompanhado de um documento que comprove o impedimento. A votação ocorrerá entre 5 e 8 de janeiro, no próprio local de internamento ou detenção, na presença do presidente da câmara ou de um representante, que se deslocará ao estabelecimento. O voto é colocado num envelope azul, selado com vinheta de segurança, cujo duplicado serve de comprovativo. Eleitores internados em lares não se enquadram neste regime, uma vez que, segundo a Comissão Nacional de Eleições, o internamento não determina por si só impossibilidade de deslocação à assembleia de voto.

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O voto em mobilidade é outra modalidade disponível para qualquer eleitor recenseado em território nacional. Permite votar em qualquer município do país ou das regiões autónomas. A inscrição decorre entre 4 e 8 de janeiro, devendo ser comunicados nome, data de nascimento, número de identificação, morada de recenseamento e contactos. No dia 11 de janeiro o eleitor deve apresentar-se na mesa escolhida com documento de identificação e indicar a freguesia onde está recenseado. Quem se inscreva mas não consiga votar antecipadamente mantém o direito de votar normalmente no dia 18 de janeiro.

Os eleitores deslocados no estrangeiro também podem votar antes do dia da eleição, mas apenas em situações específicas: exercício de funções públicas ou privadas no estrangeiro, representação desportiva oficial, atividades académicas ou científicas reconhecidas, tratamentos de saúde, ou acompanhantes das pessoas nestas circunstâncias. A votação decorre entre 6 e 8 de janeiro, nas representações diplomáticas, consulares ou delegações externas previamente definidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. É obrigatória a apresentação de documento identificativo válido, como Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade, passaporte ou carta de condução.

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Política

Presidenciais: será esta a sondagem definitiva?

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Palacio Belem Lisboa

A mais recente sondagem da Consulmark 2 para a Euronews coloca Luís Marques Mendes na liderança das intenções de voto para as Presidenciais 2026, seguido de um grupo muito próximo de quatro candidatos que disputam o acesso à segunda volta: António José Seguro, Henrique Gouveia e Melo, André Ventura e João Cotrim Figueiredo.

O candidato apoiado por PSD e CDS, Luís Marques Mendes, surge em primeiro lugar com 16,9%. Logo depois aparece António José Seguro, candidato apoiado pelo PS, com 13%. Seguem-se Henrique Gouveia e Melo(candidato independente, embora sem apoio partidário formal), com 12,7%André Ventura, candidato do Chega, com 12,6%, e João Cotrim Figueiredo, candidato da Iniciativa Liberal, com 12,2%.

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Apesar das diferenças numéricas, os cinco candidatos estão dentro da margem de erro de 3,4%, o que os coloca tecnicamente empatados.

Mais distantes surgem os restantes candidatos:

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  • Catarina Martins — candidata do Bloco de Esquerda — com 2%
  • António Filipe — candidato apoiado pelo PCP — com 1,9%
  • Jorge Pinto — candidato do Livre — com 0,6%

Cenário com distribuição de indecisos

Ao redistribuir indecisos, a sondagem mostra:

  • Luís Marques Mendes (PSD/CDS): 22%
  • António José Seguro (PS): 16,9%
  • Henrique Gouveia e Melo (Independente): 16,6%
  • André Ventura (Chega): 16,4%
  • João Cotrim Figueiredo (IL): 15,9%
  • Catarina Martins (BE): 2,6%
  • António Filipe (PCP): 2,5%
  • Jorge Pinto (Livre): 0,8%

Metodologia

A sondagem foi realizada entre 19 e 28 de novembro de 2025, coincidindo já com o arranque dos debates televisivos em canal aberto. O estudo entrevistou 795 pessoas por telefone, apresentando uma margem de erro de 3,4%.

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