O X Concurso Regional do Cão da Serra de Aires, realizado na Coudelaria de Alter do Chão, foi um sucesso absoluto, marcando a edição mais participada até hoje. A ACSA, nos seus dez anos de existência, celebrou não só a raça, mas também o convívio entre criadores e a divulgação da mesma.

O evento reforçou o papel fundamental da ACSA na preservação desta raça única, garantindo assim um futuro promissor para o Cão da Serra de Aires.

Nos dias 23 e 24 de abril de 2024, a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Portalegre brindou-nos com o evento “Meio Século de Liberdade: Um olhar plural sobre a Revolução de Abril”, uma iniciativa marcante para assinalar o 50º aniversário da Revolução e que se integrou na agenda oficial das comemorações da Comissão Nacional dos 50 anos do 25 de Abril.

Este encontro foi um verdadeiro reflexo do legado da Revolução dos Cravos na sociedade portuguesa, explorado através do olhar académico das principais áreas de formação da escola, nomeadamente Jornalismo e Comunicação, Educação Básica, Educação Social, Turismo e Serviço Social. Ao promover o diálogo, a reflexão crítica e a celebração dos valores democráticos e da liberdade, a ESECS reforçou o seu compromisso com o enriquecimento intelectual e o desenvolvimento social.

O evento foi enriquecido por diversos momentos culturais e artísticos. O grupo musical Nova Casta encantou os presentes com algumas das mais icônicas melodias de abril, enquanto um grupo de alunos de Jornalismo e Comunicação deu vida a várias poesias da época. Destaque ainda para a apresentação da composição musical e plástica inédita “Salgueiro Maia – o Herói do Carmo”, da autoria das docentes Susana Porto e Conceição Cordeiro, que homenagearam o papel central deste icónico Capitão da Liberdade.

As comemorações decorreram no Auditório Abílio Amiguinho e incluíram diversos painéis de debate, exposições temáticas, um workshop e uma sessão de cinema. Os participantes tiveram a oportunidade de refletir, partilhar e aprender sobre o momento fundador da democracia portuguesa e um dos mais marcantes da história nacional.

Destacam-se alguns painéis que contaram com a participação de especialistas e académicos, como “Portugal Antes e Depois do 25 de Abril”, “Casa da Cidadania Salgueiro Maia em Castelo de Vide”, uma homenagem ao capitão da liberdade, e “Figuras Históricas do 25 de Abril e Narrativas Audiovisuais”, focado no papel das histórias sobre as personalidades chave da revolução.

A presença de figuras como a professora Suzana Cavaco da Universidade do Porto, o diretor de Relações Institucionais da RTP, José Arantes, e a presidente da Fundação António Quadros, Mafalda Ferro, trouxeram uma riqueza adicional aos debates, abordando temas como a censura na imprensa antes do 25 de Abril e os desafios atuais do jornalismo.

Ao longo dos dois dias, o nome do capitão de Abril, Salgueiro Maia, natural de Castelo de Vide, foi registado em diversos momentos, numa merecida homenagem ao seu papel enquanto promotor da Liberdade.

Para além dos painéis, os participantes desfrutaram de atividades paralelas, como exposições temáticas sobre a imprensa local e internacional sobre o 25 de Abril, cartazes de Abril e infografias, bem como a exibição de trabalhos realizados por alunos da Escola Secundária de S. Lourenço e um workshop de Serviço Social alusivo à efeméride.

Após 16 meses e 11 dias desde que o temporal assolou a região, provocando a destruição do pavimento e dos acessos à ponte sobre a Ribeira Grande em Figueira e Barros, uma nova era de acessibilidade foi inaugurada. A obra de requalificação foi concluída e a ponte foi reaberta à circulação automóvel, restituindo assim uma via de extrema importância para a comunidade local e os concelhos circundantes.

A cerimónia de reinauguração contou com a presença de autoridades locais de destaque, incluindo Fábio Serrano, Presidente da Junta de Freguesia de Figueira e Barros, Nuno Silva, Presidente da Câmara Municipal de Avis, e António Ceia da Silva, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo. Nos seus discursos, enfatizaram a relevância da ponte para as acessibilidades locais e a mobilidade da população, que, desde dezembro de 2022, enfrentava trajetos mais longos para chegar aos concelhos vizinhos de Sousel e Fronteira.

António Ceia da Silva também destacou o facto de que, das três pontes destruídas na mesma data na região, a de Figueira e Barros foi a primeira a ser concluída. Isso só foi possível graças ao incansável empenho da freguesia e do município, com o apoio crucial da CCDRA (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo), e também ao compromisso da empresa Nova Gente, responsável pela obra, que alocou todos os recursos necessários para garantir que os prazos fossem cumpridos.

Além disso, a ponte, que anteriormente não tinha nome, foi agora designada como “Ponte Prof. Feliz Valério”, em homenagem a esta figura inestimável de Figueira e Barros, que faleceu em março deste ano. Este gesto representa o reconhecimento da comunidade pelo legado deixado pelo Professor Valério.

Destaca-se também a participação emocionada da população nesta cerimónia, demonstrando o seu apoio e a importância deste momento para a vida da comunidade local.

Este sábado, dia 27, o Museu Militar de Elvas abre as suas portas para acolher a apresentação da mais recente obra literária de Nuno Franco Pires, intitulada “Abril”. O livro, um romance envolvente, transporta os leitores para o ano de 1974, um período marcante na história de Portugal.

“Abril” narra os acontecimentos daquele tempo turbulento através da história de uma família de lavradores elvenses, cujo quotidiano é subitamente agitado pelos ventos da mudança. Enquanto o país se vê imerso numa revolução, os personagens principais enfrentam dilemas morais e políticos, num cenário onde a legitimidade do Movimento das Forças Armadas é questionada e os quartéis hesitam em tomar partido na viragem histórica que se avizinha.

A apresentação deste livro promete ser um momento enriquecedor, com oradores convidados a partilharem as suas reflexões sobre a obra e o contexto histórico que a inspirou. O evento, de entrada livre, oferece uma oportunidade única para os interessados em descobrir mais sobre este romance cativante e as suas conexões com a história de Portugal.