Internacional
Satélites na Vanguarda da Luta contra as Emissões de Metano para Mitigação das Alterações Climáticas
Na incansável batalha contra as alterações climáticas, o metano surge como um adversário de peso, classificando-se como o segundo contribuinte mais significativo para o efeito de estufa, logo a seguir ao dióxido de carbono. Contudo, há uma luz ao fundo do túnel na forma da tecnologia dos satélites, um elemento crucial na busca por controlar as emissões de metano e mitigar o seu impacto no nosso planeta.
O metano, com as suas propriedades poderosas de retenção de calor, representa uma ameaça considerável para o clima. Ao contrário do dióxido de carbono, o metano possui uma vida atmosférica relativamente curta. Esta característica torna-o um alvo privilegiado para benefícios climáticos imediatos e duradouros se as suas emissões forem controladas de forma eficaz.
Um interveniente destacado nesta empreitada é o instrumento Tropomi, a bordo do satélite Copernicus Sentinel-5P. Este instrumento inovador destaca-se como o único capaz de mapear as concentrações globais de metano diariamente. Esta capacidade diária de mapeamento é crucial para identificar e compreender pontos críticos de fontes significativas de metano em todo o mundo.
Ao detetar esses pontos críticos com precisão, os cientistas podem abordar de forma proativa as consequências das emissões de metano no nosso clima e ambiente. Este acompanhamento em tempo real não só aprimora a nossa compreensão das fontes, mas também auxilia no desenvolvimento de estratégias direcionadas para a redução de emissões.
A importância da tecnologia de satélite na luta contra as emissões de metano não pode ser subestimada. Métodos de monitorização tradicionais muitas vezes ficam aquém na disponibilização de dados globais, frequentes e em tempo real necessários para enfrentar este problema urgente. Os satélites, com a sua cobertura abrangente e consistente, oferecem uma perspetiva única para compreender a dinâmica das concentrações de metano a nível global.
A capacidade do instrumento Tropomi de capturar dados diariamente estabelece um novo padrão para a monitorização ambiental. Capacita cientistas e decisores com os insights necessários para tomar decisões informadas e implementar medidas eficazes para a redução das emissões de metano.
Enquanto enfrentamos os desafios das alterações climáticas, a tecnologia de satélite, exemplificada por instrumentos como o Tropomi, demonstra o potencial de soluções de ponta na abordagem de preocupações ambientais. O compromisso da Agência Espacial Europeia em aproveitar a tecnologia espacial para o bem do nosso planeta é evidente em iniciativas como a missão Copernicus Sentinel-5P.
Em conclusão, à medida que lidamos com a necessidade urgente de mitigar as alterações climáticas, os satélites equipados com instrumentos avançados desempenham um papel fundamental. O acompanhamento contínuo e o mapeamento das concentrações de metano fornecidos pelo instrumento Tropomi destacam o poder da tecnologia espacial na luta global contra as emissões de gases de efeito estufa.
Sociedade
A guerra na Ucrânia: Um abismo sem fim à vista?
Escalada da guerra e risco de retaliação nuclear
A recente decisão da Assembleia Parlamentar da NATO, de apoiar ataques ucranianos a alvos militares em território russo com armas fornecidas por países aliados, representa um agravamento significativo no conflito na Ucrânia. A autorização oficial de países como Finlândia, Canadá e Polónia para tal intensifica ainda mais a guerra e abre caminho para uma possível retaliação nuclear por parte da Rússia. O uso de armas ocidentais de precisão de longo alcance, operadas por especialistas estrangeiros e guiadas por dados de reconhecimento dos EUA e da NATO, em solo russo, levanta sérias preocupações sobre a possibilidade de Putin recorrer ao uso de armas nucleares táticas, com consequências inimagináveis.
Enquanto os líderes ocidentais debatem estratégias militares, a guerra na Ucrânia continua a ceifar vidas inocentes. Mulheres e crianças morrem diariamente, tanto na Ucrânia como na Rússia. A Europa, fragilizada pelo crescimento da extrema-direita, parece ter abandonado a resolução dos seus problemas internos em prol da militarização. A obsessão pela vitória a todo o custo, ignorando os custos humanos e as consequências geopolíticas, coloca o mundo à beira de um abismo.
A Conferência para a Paz na Ucrânia, agendada para junho, surge como uma tímida tentativa de diálogo. No entanto, a ausência de atores cruciais como a Rússia, China e, possivelmente, os EUA (aguardando as eleições de novembro), torna o sucesso da iniciativa improvável. A esperança por uma solução pacífica parece cada vez mais distante.
Tudo indica que o objetivo do Ocidente alargado não é a paz, mas sim o enfraquecimento e a derrota da Rússia. A subestimação inicial da capacidade militar russa e a insistência em traçar “linhas vermelhas” que foram sendo ultrapassadas ao longo do conflito, revelam uma estratégia cega pela vitória. Essa obsessão, ignorando os custos humanos e as consequências geopolíticas, coloca o mundo à beira de um abismo.
A Europa prepara-se para um conflito de longo prazo. A Finlândia restringe o direito à greve, a União Europeia silencia meios de comunicação críticos e os orçamentos para a defesa disparam em todos os países. Até a NATO anuncia um pacote de ajuda militar de 40 mil milhões de dólares à Ucrânia.
Em meio à escalada da violência, o Papa Francisco apela ao fim da “loucura” e à negociação antes que a situação se deteriore ainda mais. O seu apelo ecoa o sentimento da grande maioria da população mundial, que anseia por um cessar-fogo e por uma solução pacífica para o conflito.
O caminho que a guerra na Ucrânia está a tomar é incerto e repleto de perigos. É fundamental que todas as partes envolvidas se empenhem seriamente em esforços diplomáticos para encontrar uma solução pacífica para o conflito. A comunidade internacional tem a responsabilidade de evitar uma catástrofe humanitária e de garantir a segurança e o bem-estar das populações afetadas. A paz é a única saída possível para este conflito que já causou tanto sofrimento.
Alentejo
Espanha elimina prémio nacional das touradas
Esta sexta-feira, o Governo espanhol tomou uma medida que está a gerar um intenso debate em todo o país. O Ministério da Cultura anunciou o cancelamento do prémio nacional das touradas, uma decisão que está a causar uma onda de críticas por parte dos conservadores.
A tourada, uma tradição profundamente enraizada na cultura espanhola, é vista por alguns como uma forma de arte e um elemento fundamental da identidade do país. No entanto, nos últimos anos, tem sido alvo de crescentes preocupações em relação ao bem-estar animal.
A prática das touradas, em que o animal é muitas vezes morto por uma espada empunhada por um toureiro, tem sido duramente contestada por grupos de defesa dos direitos dos animais e por uma parte significativa da sociedade espanhola. Para estes críticos, as touradas representam um ritual cruel e arcaico que não tem lugar numa sociedade moderna e compassiva.
O cancelamento do prémio nacional das touradas foi justificado pelo Ministério da Cultura como uma resposta à evolução da consciência social e cultural em Espanha. Com a diminuição da frequência das touradas nas praças de touros em todo o país, a preocupação com o bem-estar dos animais tem vindo a aumentar.
“Esta decisão reflete a nova realidade social e cultural em Espanha. Cada vez mais espanhóis questionam a prática da tortura animal em nome da tradição”, afirmou o ministro da Cultura, Ernest Urtasun, numa publicação na rede social ‘X’.
No entanto, a medida foi recebida com indignação por parte dos conservadores, que consideram as touradas como um elemento crucial da herança cultural espanhola. Muitos argumentam que a abolição do prémio nacional das touradas é um ataque à identidade e às tradições do país.
O debate em torno das touradas continua a dividir a sociedade espanhola, com argumentos apaixonados de ambos os lados. Enquanto alguns saúdam a decisão do Governo como um passo na direção certa em termos de bem-estar animal, outros veem-na como uma interferência injustificada nas tradições culturais do país.
Sociedade
“Os guardas da fronteira vieram ao hospital e levaram-me para a prisão”
Na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia, onde muitos buscam melhores condições de vida, enfrentam-se inúmeras adversidades. Os Médicos Sem Fronteiras, que prestam auxílio a algumas dessas pessoas, descrevem essa área como a “zona da morte”.
Apesar dos esforços para conter esses movimentos migratórios em países não pertencentes à União Europeia (UE), as pessoas continuam a tentar atravessar as fronteiras, seja por mar ou por terra, em busca de segurança e proteção na UE. No entanto, são recebidas com cercas fortificadas, violência física e humilhação verbal.
O relatório mais recente da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, intitulado “Death, despair and destitution: the human costs of the EU’s migration policies”, revela as condições enfrentadas por essas pessoas entre agosto de 2021 e setembro de 2023.
Segundo o relatório, os pacientes dos MSF relataram terem sido forçados a retornar repetidamente durante a jornada, muitas vezes enfrentando agressões físicas, detenções e humilhação verbal por parte das autoridades estatais.
Um paciente dos MSF na Bielorrússia descreveu sua experiência do último ano: “Estive no hospital três dias porque estava doente. Pedi por proteção, mas fui obrigado a voltar para a Bielorrússia sem nada, sozinho. Os guardas da fronteira vieram ao hospital e levaram-me para a prisão. Três horas depois, voltei para a fronteira.”
Os MSF alertam que o muro erguido entre a Bielorrússia e a Polónia apresenta riscos de lesão, e as pessoas podem ficar presas entre as fronteiras, expostas a violência e condições climáticas extremas, agravando problemas de saúde física e mental.
Essa área é frequentemente referida como a “zona da morte” pelos pacientes atendidos pelos MSF, revelando as duras realidades enfrentadas por aqueles que buscam refúgio e segurança na Europa.
Internacional
Bayer Regista Maior Queda de Sempre em Bolsa Após Derrota em Tribunal
Um júri do tribunal do Missouri (EUA) condenou a Bayer a pagar 1,56 mil milhões de dólares, equivalente a 1,43 mil milhões de euros, a quatro pessoas que alegam que o herbicida Roundup causou danos físicos, incluindo cancro em um dos casos. A Bayer registou, nesta segunda-feira, a maior queda de sempre em bolsa, perdendo 7,6 mil milhões de euros em capitalização de mercado. As ações da farmacêutica afundaram 19,38% para 33,54 euros, chegando a tombar 21%.
O júri condenou a Bayer a pagar a quantia substancial às quatro pessoas que foram diagnosticadas com linfomas, alegadamente causados pelo herbicida Roundup, produzido pela Monsanto, empresa adquirida pela Bayer há cinco anos por 63 mil milhões de dólares.
A Bayer tem enfrentado várias batalhas judiciais relacionadas com o Roundup, tendo, no início deste mês, a Union Investment, um dos 10 principais acionistas da Bayer, pedido à empresa para chegar a acordos com os queixosos de vários processos.
Em comunicado, a farmacêutica afirmou ter fortes argumentos para anular a decisão em recurso. Os danos alegadamente causados pelo Roundup resultaram em cerca de 165.000 reclamações contra a empresa. Em 2020, a Bayer chegou a acordos para resolver a maioria desses casos, pagando 10,9 mil milhões de dólares, mas ainda há 50.000 queixas pendentes, segundo reguladores citados pela Reuters.
Além da derrota em tribunal, as ações da Bayer estão a ser pressionadas pelo fim de um dos seus principais ensaios clínicos em um anticoagulante, devido à falta de eficácia.
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