Mundo
Elon Musk perde título de pessoa mais rica do mundo para Larry Ellison

Elon Musk deixou de ser a pessoa mais rica do mundo, após ter sido ultrapassado por Larry Ellison, cofundador da Oracle.
De acordo com o relatório e contas apresentado pela empresa na noite de terça-feira, a fortuna de Ellison disparou de 101 mil milhões de dólares para 393 mil milhões, ultrapassando o património líquido de Musk, atualmente avaliado em 385 mil milhões de dólares, segundo a Bloomberg.
O crescimento está associado à forte valorização das ações da Oracle, que subiram 41% esta quarta-feira, o maior aumento num só dia desde 1992, impulsionado pela procura de serviços ligados à inteligência artificial. A CEO, Safra Catz, revelou que a empresa assinou quatro contratos multimilionários e espera concluir outros nos próximos meses, consolidando a Oracle como fornecedor estratégico de infraestrutura para empresas de IA.
Em julho, a Oracle anunciou um acordo para fornecer à OpenAI, criadora do ChatGPT, 4,5 gigawatts de eletricidade para alimentar os seus sistemas. O analista Ben Reitzes, da Melius Research, considerou o desempenho “impressionante”, destacando um backlog de 455 mil milhões de dólares em serviços de IA.
Ellison, maior acionista individual da Oracle, viu a sua riqueza registar o maior aumento diário de sempre no índice da Bloomberg. A valorização coloca a Oracle próxima de atingir um valor de mercado de 1 bilião de dólares, tornando-a uma das gigantes do setor.
O empresário de 81 anos, que fundou a Oracle em 1977, detém 98% da ilha havaiana de Lana’i e tem ainda forte ligação ao torneio de ténis Indian Wells, na Califórnia. Musk, por sua vez, manteve o título de mais rico desde 2021, com exceções pontuais, e continua a ter a sua fortuna fortemente associada à Tesla e à SpaceX.
Mundo
Tesla aumenta autonomia e corrige erro nos Model 3 e Model Y

A Tesla anunciou uma série de melhorias nos Model 3 e Model Y, os seus veículos elétricos mais vendidos, que passam a oferecer maior autonomia, melhor desempenho e o regresso da tradicional alavanca dos piscas, após críticas de utilizadores.
Depois de um setembro recordista em Portugal — onde a marca liderou as vendas de veículos elétricos, híbridos e a combustão — a Tesla decidiu aperfeiçoar os seus modelos mais populares, ajustando detalhes que dividiam opiniões e reforçando a eficiência energética.
Entre as principais novidades está a introdução de novas células de bateria com maior densidade energética, o que se traduz em ganhos significativos de autonomia:
- Model 3 RWD (60 kWh): de 513 km para 554 km
- Model 3 Long Range RWD (75 kWh): de 702 km para 750 km
- Model 3 Long Range AWD: de 678 km para 716 km
- Model 3 Performance: de 528 km para 571 km
- Model Y Long Range AWD: de 586 km para 629 km
Além disso, a marca anunciou que os preços permanecem inalterados, com o Model 3 a partir de 39.990€ e o Model Y a partir de 44.990€.
Outro destaque é a reversão de uma das decisões mais contestadas pelos condutores: os botões de pisca no volante, introduzidos em 2023, dão agora lugar novamente à alavanca tradicional na coluna de direção. A Tesla reconhece, assim, que a mudança anterior afetava a experiência de condução.
Os modelos passam ainda a integrar uma nova câmara dianteira com sistema de lavagem e desembaciamento, garantindo melhor visibilidade em condições meteorológicas adversas.
Com estas atualizações, a Tesla reforça o compromisso de melhoria contínua e de resposta às necessidades reais dos utilizadores, consolidando o seu domínio no mercado de veículos elétricos.
Mundo
Numa das corridas mais importantes do mundo, a China está claramente a ganhar aos EUA

Nos últimos anos, a China tem atraído cada vez mais cientistas norte-americanos e internacionais, numa tendência que especialistas chamam de “fuga de cérebros invertida”. Desde o início de 2024, pelo menos 85 investigadores dos EUA mudaram-se para instituições chinesas, incluindo físicos nucleares, engenheiros da NASA, neurobiólogos, matemáticos e especialistas em inteligência artificial.
A situação é impulsionada por cortes e restrições nos EUA, implementados durante a administração de Donald Trump, que reduziram orçamentos federais de investigação, aumentaram a supervisão de talentos estrangeiros e encareceram vistos H1-B. Por outro lado, Pequim intensificou os investimentos em ciência e tecnologia, oferecendo pacotes atrativos de financiamento, bónus e benefícios familiares.
Programas como o Qiming e fundos governamentais para “jovens talentos excecionais” têm atraído profissionais de áreas estratégicas como IA, semicondutores, comunicação quântica e robótica, com ofertas que podem incluir até 360 mil euros em subvenções de investigação.
A migração de cientistas está a acelerar a capacidade da China em ciência e tecnologia, refletida no aumento de publicações científicas de alta qualidade, progressos no programa espacial e liderança em domínios como energias renováveis, mísseis hipersónicos e comunicação quântica.
Especialistas alertam, porém, que a China ainda enfrenta desafios como controle estatal sobre universidades e empresas, ambiente político restritivo e barreiras culturais e linguísticas. Nos EUA, a saída de talentos pode prejudicar universidades e laboratórios, alterando a dinâmica histórica de liderança científica.
Segundo o matemático Yau Shing-tung, ex-Harvard e atualmente na Universidade de Tsinghua:
“Se cometerem erros e perderem as melhores pessoas, não necessariamente para a China, mas para a Europa e outros países, isso pode ser um desastre para as universidades americanas.”
A competição entre Washington e Pequim não é apenas económica ou militar, mas também científica, e a capacidade de atrair e reter talento de alto nível será decisiva para definir o domínio tecnológico global nas próximas décadas.
Mundo
Greta Thunberg forçada a beijar bandeira israelita: ativistas da flotilha denunciam maus-tratos e violência sob custódia de Israel

Ativistas pró-palestinianos da flotilha humanitária Global Sumud, que chegaram este sábado a Istambul após serem expulsos de Israel, denunciaram terem sido alvo de violência física, humilhações e condições degradantes durante a detenção. Entre os participantes estava a ativista sueca Greta Thunberg, que, segundo testemunhos, terá sido forçada a beijar a bandeira israelita e agredida pelas forças israelitas.
A flotilha, composta por cerca de 45 embarcações, foi intercetada na passada quarta-feira quando se aproximava da costa de Gaza. O grupo transportava ativistas, políticos e voluntários de várias nacionalidades.
De acordo com o The Guardian, Greta Thunberg relatou às autoridades suecas que sofreu maus-tratos sob custódia, incluindo falta de água e comida, más condições sanitárias e infestação de percevejos na cela onde foi colocada. Um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia confirmou que a ativista apresentava sinais de desidratação e irritações cutâneas.
O ativista turco Ersin Çelik, que também integrava a missão, afirmou à agência Anadolu que Greta foi “arrastada pelos cabelos, agredida e forçada a beijar a bandeira israelita”, acrescentando que o episódio foi usado “como aviso aos restantes detidos”.
Relatos de violência e detenções em massa
Outros participantes confirmaram o uso de força extrema por parte das autoridades israelitas. Paolo Romano, conselheiro regional da Lombardia, contou à AFP que os ativistas foram “obrigados a ajoelhar de bruços e espancados ao mínimo movimento”.
O jornalista italiano Lorenzo D’Agostino relatou que os barcos foram “atacados em águas internacionais, a mais de 100 quilómetros de Gaza”, descrevendo dois dias “infernais” na prisão antes da deportação.
Também a ativista malaia Iylia Balais, de 28 anos, denunciou que foram algemados durante horas, impedidos de receber água e medicação, e submetidos a intimidação psicológica.
Reações internacionais e repatriamento
Os 137 ativistas deportados — oriundos de 12 países, incluindo EUA, Itália, Reino Unido, Suíça, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Marrocos, Kuwait, Líbia, Malásia, Mauritânia e Tunísia — chegaram este sábado à Turquia num voo fretado pela Turkish Airlines.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, classificou a interceção como “ato de terrorismo”, garantindo que todos os cidadãos turcos seriam repatriados. No aeroporto de Istambul, familiares e apoiantes receberam os ativistas com bandeiras turcas e palestinianas, gritando “Israel assassino!”.
Do lado português, o Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que ainda não há data nem hora previstas para o regresso dos quatro cidadãos portugueses que também integravam a flotilha.
A equipa jurídica da Global Sumud denunciou ainda que 200 audiências judiciais foram realizadas sem aviso prévio aos advogados, impedindo a assistência legal de ONGs que acompanhavam o caso.
Mundo
Hamas aceita libertar reféns e está “pronto” para negociar plano de Trump

O Hamas anunciou esta sexta-feira que aceita libertar todos os reféns israelitas no âmbito do plano de paz proposto por Donald Trump e afirmou estar pronto para negociar os detalhes “de forma imediata”.
O movimento indicou, através do Telegram, que está disponível para iniciar negociações imediatamente, utilizando mediadores, com o objetivo de discutir os pormenores do acordo. Além da libertação de reféns, o grupo concordou em transferir a liderança da Faixa de Gaza para um órgão palestiniano politicamente independente.
O Hamas garantiu ainda que outras questões do plano Trump sobre Gaza serão tratadas dentro de um quadro nacional palestiniano abrangente, no qual o grupo participará de forma responsável. A declaração, no entanto, não aborda a exigência israelita de desarmamento do Hamas.
O anúncio surge poucas horas depois de Trump ter dado ao grupo até domingo, 23h00 (hora de Lisboa), para se pronunciar sobre o acordo.
Presidente palestiniano compromete-se com eleições
Paralelamente, o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas comprometeu-se a realizar eleições um ano após o fim do cessar-fogo. Abbas afirmou que a Palestina está numa fase “decisiva” e que as autoridades estão a elaborar uma Constituição provisória, a ser concluída em três meses, que servirá de base para a transição da autoridade.
O líder palestiniano reiterou esforços para ampliar o reconhecimento internacional do Estado da Palestina e assegurar a adesão plena às Nações Unidas.
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