Saúde
Médicos exigem incentivos para fixação em zonas carenciadas e fim da “roleta russa” nas urgências

Um grupo de médicos ligado ao “Manifesto da Insubmissão Médica”, lançado em 2023, pediu esta sexta-feira à ministra da Saúde a criação de um pacote de incentivos robusto para fixar profissionais de saúde em zonas carenciadas e a intervenção direta do ministério na gestão das urgências do SNS, atualmente descritas como a “roleta russa”.
Incentivos para fixação de médicos
Na carta enviada à ministra, os profissionais defendem um pacote global que inclua:
- Progressões mais rápidas na carreira médica.
- Majoração salarial das horas extraordinárias.
- Extensão de incentivos para internos que fazem formação em zonas ou especialidades carenciadas.
- Benefícios fiscais e apoio das autarquias, como alojamento ou redução do IMI, para quem se fixa em zonas de difícil cobertura.
O grupo sugere ainda a recuperação imediata de um subsídio de fixação concelhio, ajustado ao custo médio da habitação, dispersão geográfica da população e outros critérios, especialmente na medicina geral e familiar.
Segundo os médicos, estas medidas terão maior eficácia se forem implementadas já nos períodos de formação geral e especializada, garantindo que os novos médicos sejam incentivados desde cedo a permanecer nas regiões mais necessitadas.
Urgências em modo “roleta russa”
Quanto às urgências, os médicos criticam a gestão ineficiente da DE-SNS e das unidades locais de saúde, que leva a um funcionamento que consideram arriscado e imprevisível para pacientes e profissionais.
- Propõem a criação de uma comissão de coordenação das urgências, subordinada diretamente à ministra da Saúde, para supervisionar e organizar os serviços.
O movimento já reuniu mais de 9.500 assinaturas desde 2023 e foi discutido na Assembleia da República há cerca de dois meses. Apesar de alguns incentivos já existirem na lei – como majoração de férias, apoio à deslocação e transferência escolar para filhos de médicos – os profissionais defendem que é necessário um reforço das medidas e uma implementação mais célere.
A carta termina com um pedido formal de reunião com a ministra da Saúde para apresentar propostas concretas e encontrar soluções urgentes para a carência de médicos nas zonas interiores e nos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra.
Os médicos alertam que o SNS enfrenta problemas graves de gestão e fixação de profissionais. Propõem incentivos fiscais e de carreira, apoio das autarquias e supervisão direta do ministério nas urgências, com o objetivo de acabar com a instabilidade e risco associado ao atual funcionamento.
Saúde
“A vida não espera”: mais um parto em ambulância na Margem Sul devido a urgência encerrada

Esta madrugada, mais um bebé nasceu numa ambulância na Margem Sul do Tejo, na sequência do encerramento da urgência do Hospital do Barreiro. O alerta chegou pouco depois das 2h30 desta segunda-feira à equipa dos Bombeiros da Moita, que se deslocou à residência da futura mãe na Baixa da Banheira.
De acordo com o comandante Pedro Ferreira, a mãe foi inicialmente transportada para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, por orientação do CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes), já que a urgência do Barreiro se encontrava encerrada. Contudo, durante o percurso, foi necessário realizar o parto na A33, próximo de um posto de abastecimento, uma vez que “a vida não espera”.
O comandante explicou que, se a urgência do Barreiro estivesse aberta, o tempo de transporte seria reduzido em cerca de 15 minutos, representando uma diferença significativa na rapidez do socorro.
Segundo os Bombeiros da Moita, este foi o 15.º parto realizado por esta corporação em 2025. Ferreira sublinha que o aumento de partos em ambulâncias, provocado pelo encerramento de serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia, pode comprometer a capacidade de resposta a outros casos no concelho.
Se contabilizados em todo o território da Margem Sul, este ano já terão ocorrido mais de 50 partos em ambulâncias devido a encerramentos de urgências hospitalares.
Saúde
Rastreio gratuito ao cancro da mama arrancou em Portalegre

O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) iniciou esta segunda-feira, 6 de outubro, um rastreio gratuito ao cancro da mama em Portalegre, que se prolongará até 2 de janeiro de 2026.
A iniciativa, integrada no programa nacional de rastreio organizado pela LPCC, tem como objetivo a deteção precoce de alterações mamárias e a consequente redução da mortalidade associada à doença, reforçando a importância do diagnóstico atempado e da vigilância regular.
O rastreio decorre numa unidade móvel instalada junto à sede da União de Freguesias da Sé e São Lourenço, na Avenida Brasil, em Portalegre. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30.
Podem participar mulheres assintomáticas, com idades entre 45 e 74 anos, que não possuam próteses mamárias, não tenham realizado mastectomia, nunca tenham tido cancro da mama e não estejam grávidas nem a amamentar.
O programa conta com o apoio do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA), integrando-se na estratégia nacional de prevenção e controlo do cancro.
As interessadas podem marcar previamente a sua consulta ou obter informações através dos números 245 009 299 e 915 999 890, ou ainda consultar o portal oficial da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em www.ligacontracancro.pt.
Saúde
Grupo Iberfar produz canábis medicinal em grande plantação no Alentejo

No Baixo Alentejo, mais precisamente em Serpa, o Grupo Iberfar mantém uma grande plantação de canábis com fins medicinais, utilizada na produção de cinco medicamentos, principalmente para o tratamento da dor.
O projeto teve início em 2018, com a ideia de Pedro Ferraz da Costa, e foi aprovado pelo Infarmed em 2020. Atualmente, a produção está regulada e controlada, incluindo cercas elétricas, videovigilância e sensores infravermelhos, assegurando total segurança terapêutica e ambiental.
- A plantação ocupa atualmente 5,5 hectares, com planos de expansão para 8 hectares, podendo chegar a cerca de 100 toneladas de canábis medicinal no pico de produção.
- Além dos cinco medicamentos já comercializados, três novas soluções estão em aprovação e testes para novos fármacos continuam em curso.
- O próximo passo do grupo é exportar para o mercado europeu, com aprovação já obtida na Alemanha.
O Alentejo é considerado ideal para a cultura da canábis medicinal devido a muito sol, baixa humidade e solos adequados, permitindo que toda a cadeia de produção seja rigorosamente controlada, da semente até ao doente.
Saúde
Enfermeiros continuam sem progredir na carreira devido a atrasos no processo avaliativo

Os enfermeiros continuam sem progredir na Carreira de Enfermagem devido ao atraso na conclusão do processo de avaliação de desempenho, referente ao biénio em análise.
Apesar de várias datas terem sido anunciadas pelo Conselho de Administração — inicialmente em maio, depois agosto e setembro — os resultados finais ainda não foram divulgados, impedindo a atualização salarial e a progressão de carreira dos profissionais.
Em março de 2025, durante uma reunião com o Conselho de Administração, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) propôs que fosse atribuída a menção qualitativa de “BOM” a todos os enfermeiros, uma vez que o processo avaliativo (SIADAP adaptado) não foi devidamente aplicado.
Na altura, foi prometido o arrastamento da menção quantitativa do biénio anterior, o que, na prática, permitiria garantir a progressão. No entanto, dez meses depois, nada foi concretizado.
Os enfermeiros continuam sem receber os valores correspondentes a 8 ou 10 anos de trabalho, acumulando mais responsabilidades e competências sem o devido reconhecimento financeiro.
A situação é agravada pela falta de aprovação do Plano de Desenvolvimento Organizacional (PDO) para 2025 pelo Ministério da Saúde, o que impede a abertura de concursos para progressão na carreira.
Segundo relatos, esta estagnação tem levado muitos profissionais a pedirem exoneração. Dos 41 enfermeiros recentemente admitidos pela Administração, cerca de 20 já abandonaram o serviço, a maioria deles colocados no Hospital de Faro.
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