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Saúde

Pessoas com epilepsia em Portugal são mais do dobro do estimado e não tem acompanhamento médico

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Um novo estudo epidemiológico revela que cerca de 100 mil pessoas em Portugal têm epilepsia, mais do dobro do que indicavam dados anteriores, e que quase metade destes doentes não recebe acompanhamento médico adequado, adiantou esta terça-feira a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE).

O estudo EpiPort, que envolveu um inquérito a mais de 10 mil pessoas em todo o país, aponta para uma prevalência de 9,76 casos por mil habitantes, comparando com os 4,4 casos identificados há cerca de 30 anos, limitados à região norte.

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“Era um número que se mostrava abaixo da média europeia e global, mas constatámos que a prevalência em Portugal é 2,2 vezes maior do que se pensava”, explicou Carla Bentes, presidente cessante da LPCE.

Falta de seguimento médico e epilepsia refratária

Segundo os dados, 43,7% dos doentes não têm acompanhamento médico regular, enquanto 20% não registavam crises há mais de 10 anos, reforçando a necessidade de um seguimento clínico mais rigoroso.

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O estudo indica também que muitos pacientes utilizam vários fármacos anticrise, sugerindo que a epilepsia refratária — quando as crises persistem apesar de dois regimes de medicação — pode ser mais frequente do que se imaginava.

Carla Bentes alertou que apenas cinco centros em Portugal estão especializados em epilepsia refratária, e muitos doentes podem não estar a ser avaliados adequadamente. Além disso, em cerca de um terço dos pacientes, a medicação não é suficiente para controlar as crises epiléticas.

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Impacto da doença

A epilepsia é uma doença do cérebro, caracterizada por descargas neuronais súbitas e imprevisíveis, que podem ter consequências neurobiológicas, psicológicas, sociais, profissionais e familiares. As causas variam entre genéticas, metabólicas, autoimunes e infecciosas, sendo que um terço dos casos permanece sem causa conhecida.

O estudo EpiPort pretendeu atualizar os dados sobre a prevalência da epilepsia em Portugal e contou com acompanhamento de especialistas que validaram os resultados dos inquéritos. A LPCE defende que os resultados devem servir para repensar o acompanhamento e tratamento dos doentes no país.

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Saúde

Novo comprimido promete reduzir 16,6% do peso no tratamento da obesidade

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homem segurando aplicador de ozempic

A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou uma versão oral do medicamento antiobesidade Wegovy, que até agora era administrado apenas por injeção. O novo comprimido demonstrou, em ensaio clínico de fase 3 com 71 semanas, uma redução média de 16,6% do peso corporal, representando um avanço significativo no tratamento da obesidade.

O estudo incluiu 307 participantes, divididos aleatoriamente entre semaglutido oral 25 mg e placebo, e verificou-se que a maior parte dos voluntários alcançou uma redução de pelo menos 5% do peso corporal. Os principais efeitos secundários registados foram desarranjos gastrointestinais.

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A Novo Nordisk submeteu em fevereiro um Pedido de Aprovação de Novo Fármaco (NDA) à FDA, a agência norte-americana equivalente à EMA, e espera uma decisão até ao final de 2025. Após aprovação nos EUA, a comercialização na Europa poderá ser autorizada pela EMA.

Para José Silva Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), a novidade representa um passo importante: “Esta formulação oral permitirá maior adesão ao tratamento. Abrir a boca para tomar um comprimido é sempre mais fácil do que administrar uma injeção.”

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Segundo o especialista, os tratamentos farmacológicos atuais mais eficazes são Mounjaro e Wegovy, ambos injetáveis. O professor alerta ainda para a desigualdade social no acesso: em Portugal, nenhum tratamento antiobesidade é comparticipado pelo Estado, embora a obesidade e suas comorbilidades custem ao SNS cerca de 1,2 mil milhões de euros por ano.

“Tratar a obesidade é prevenir centenas de doenças associadas, desde diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, apneia do sono, até problemas osteoarticulares. Se o Estado comparticipasse estes tratamentos, haveria um retorno económico significativo a longo prazo“, acrescenta.

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A farmacêutica destaca ainda que a semaglutido oral ajuda a suprimir pensamentos intrusivos sobre comida, de acordo com 64% dos participantes de inquéritos, oferecendo uma alternativa menos invasiva à injeção subcutânea e a doses orais mais elevadas.

Atualmente, o preço do novo comprimido Wegovy ainda não foi definido, nem se manterá o nome original. A Novo Nordisk sublinha que o objetivo é disponibilizar este tratamento às pessoas com obesidade ou sobrepeso sem restrições de abastecimento, inicialmente nos EUA.

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Crianças perdem anos de vida devido ao fumo passivo

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As crianças em todo o mundo perdem, todos os anos, 8,45 milhões de anos de vida saudável devido ao fumo passivo, revela um estudo apresentado esta segunda-feira no Congresso Europeu de Respiração, em Amesterdão.

A investigação, liderada por Siyu Dai, professora da Escola de Medicina Clínica da Universidade de Hangzhou (China), alerta que não existe “nível seguro de exposição” ao fumo do tabaco.

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Segundo a especialista, os menores são “particularmente vulneráveis” porque os seus corpos ainda estão em desenvolvimento e não têm capacidade para controlar o ambiente em que vivem. A exposição à fumaça resulta em infeções respiratórias, problemas cardiovasculares, atraso no desenvolvimento neuronal e casos de asma.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo passivo é responsável por cerca de 1,2 milhões de mortes prematuras todos os anos, incluindo 65 mil de crianças com menos de 15 anos.

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Doentes urgentes enfrentam até 16 horas de espera nas urgências.

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O Hospital Amadora-Sintra voltou a registar longos tempos de espera no serviço de urgência geral. Esta manhã, os doentes classificados como urgentes (pulseira amarela) aguardavam até 16 horas pela primeira observação médica, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) atualizados às 11h30.

Já os doentes pouco urgentes (pulseira verde) tinham um tempo médio de espera ainda superior, rondando as 18 horas. Em contraste, as situações muito urgentes (pulseira laranja) estavam a ser atendidas em cerca de seis minutos, dentro do recomendado.

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No mesmo período, encontravam-se 51 doentes nas urgências gerais do Hospital Fernando Fonseca, a maioria classificados como pouco urgentes. Nas áreas de obstetrícia/ginecologia e pediatria, não se registavam atrasos relevantes.

Sobrecarga persistente

No início de 2025, a Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra aderiu ao programa “Ligue Antes, Salve Vidas”, que pretende reduzir a pressão sobre as urgências, incentivando os cidadãos a recorrerem primeiro à Linha SNS24.

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Apesar disso, continua a verificar-se uma elevada procura por situações que não exigem tratamento imediato. No início do ano, 55% dos atendimentos no Hospital Fernando Fonseca eram classificados como não urgentes ou pouco urgentes, contribuindo para a sobrelotação.

Sistema de triagem

De acordo com as normas do SNS, os tempos de resposta recomendados são:

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  • Muito urgentes (laranja): até 10 minutos;
  • Urgentes (amarela): até 60 minutos;
  • Pouco urgentes (verde): até 120 minutos.

A discrepância entre os tempos previstos e os tempos reais de espera evidencia as dificuldades que os serviços continuam a enfrentar.

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Saúde

Urgência de Obstetrícia em Vila Franca de Xira em risco de encerrar por falta de médicos

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A urgência de obstetrícia do Hospital de Vila Franca de Xira enfrenta um possível encerramento até ao final do ano, caso a unidade não consiga contratar novos especialistas. O alerta surge após o Colégio da Especialidade emitir parecer para a perda de idoneidade formativa, condição essencial para acolher internos em formação.

Nos últimos meses, as sucessivas saídas de profissionais fragilizaram o serviço. Apesar da garantia inicial da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de que o hospital não encerraria a urgência, o cenário tornou-se incerto.

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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera a situação previsível. “Já estamos habituados à falta de palavra e de verdade da ministra Ana Paula Martins e do primeiro-ministro Luís Montenegro”, afirmou a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá.

Para mitigar o problema, o Governo admite a partilha de recursos entre hospitais. Os obstetras de Vila Franca de Xira poderão ser deslocados para o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, a cerca de 40 quilómetros. Situações semelhantes estão previstas no Barreiro, onde médicos poderão apoiar o Garcia de Orta, em Almada, e nas Caldas da Rainha, com profissionais destacados para Leiria e Santarém.

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A decisão ainda não está concluída, mas especialistas alertam que a dispersão de recursos pode deixar populações inteiras sem acesso rápido a cuidados obstétricos de urgência.

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