Baixo Alentejo
Voluntários do Just a Change reabilitam habitações no concelho de Odemira

Entre os dias 26 de julho e 13 de agosto de 2024, um grupo de 35 jovens voluntários da associação Just a Change está a reabilitar quatro casas no concelho de Odemira, numa iniciativa que conta com o apoio do Município.
Os voluntários dividem-se em equipas de trabalho que, ao longo das duas semanas, promovem pequenas reparações, pinturas e a melhoria geral dos espaços, nas quatro casas localizadas nas Freguesias de Longueira/Almograve, São Luís, São Salvador e Santa Maria, e São Teotónio. Seguindo o lema “Reabilitamos Casas, Reconstruímos Vidas!”, os voluntários semeiam alegria e esperança entre as famílias beneficiadas. As habitações foram selecionadas com base em sinalizações de várias entidades com intervenção social no território de Odemira, que identificaram agregados familiares em situações económicas desfavorecidas e que cumpriam os critérios do projeto da Just a Change.
A Vereadora da Câmara Municipal de Odemira, Isabel Palma, visitou as casas intervencionadas e a equipa de voluntários, acompanhada por técnicos da Divisão de Inovação Social.
A ação é fruto de um protocolo entre o Município de Odemira e a Associação Just a Change, com um apoio municipal no valor de 28 mil euros. Este é o terceiro ano consecutivo que Odemira acolhe a iniciativa, que este ano conta com a colaboração das Juntas de Freguesia de Longueira/Almograve, São Salvador e Santa Maria, São Luís, Casa do Povo de São Luís, Agrupamento de Escolas de São Teotónio, Grupo Desportivo Renascente e Santa Casa da Misericórdia de Odemira.
Desde 2010, a Just a Change já realizou mais de 450 intervenções, reabilitando mais de 350 casas de famílias e mais de 100 instituições sociais em cerca de 30 municípios. Estas ações geraram impacto em mais de 15.250 beneficiários e envolveram mais de 13.500 jovens voluntários universitários. Durante os meses de verão, os campos da Just a Change espalham-se pelo país, criando impacto social significativo nas comunidades locais.
Alentejo
Évora: parques tecnológicos ibéricos assinam aliança simbólica, mas dúvidas persistem no terreno

PACT foi anfitrião da cimeira ibérica de inovação, mas real impacto regional levanta interrogações.
O “Manifesto de Évora” foi assinado no passado dia 3 de outubro, no terceiro e último dia do XVIII Encontro Ibérico de Parques Científicos e Tecnológicos, realizado no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora. O documento, subscrito pela APTE (Espanha) e pela TecParques (Portugal), propõe uma nova visão para os parques do futuro: mais verdes, mais inteligentes, mais inclusivos e mais conectados.
A cerimónia foi celebrada como um marco estratégico para os ecossistemas de inovação da Península Ibérica. Mas, longe dos holofotes, especialistas alertam para o fosso entre o discurso institucional e a realidade no terreno, sobretudo no interior do país, onde os parques enfrentam desafios de ocupação, financiamento e impacto real.
“Acreditamos que os parques têm um papel central na transição para uma economia mais digital e sustentável”, afirmou Soumodip Sarkar, presidente executivo do PACT. A estrutura eborense tem apostado em projetos como o Future Lab, RBM ou AERIS+, e pretende posicionar-se como interface entre a academia (Universidade de Évora, IP Portalegre, Beja e Santarém) e o tecido empresarial.
O Manifesto assenta em cinco eixos estratégicos:
Inovação na génese – promoção de ecossistemas com ciência, talento e indústria;
Compromisso verde – aposta em sustentabilidade e baixo impacto ambiental;
Inteligência aplicada – integração de IA e digitalização;
Foco nas pessoas – criação de ambientes inclusivos e colaborativos;
Abertura ao mundo – estímulo à cooperação internacional.
Contudo, fontes ligadas ao setor científico e tecnológico nacional consideram que, sem auditoria externa e métricas claras de desempenho, o manifesto corre o risco de ser “mais uma carta de intenções do que uma mudança estrutural”.
O PACT é hoje o principal polo tecnológico do Alentejo, contando com seis edifícios e mais de 9.000 m² de área dedicada à inovação. A estrutura anuncia 58 empresas instaladas e 540 postos de trabalho diretos. No entanto, não há dados públicos atualizados sobre taxa de ocupação, volume de investimento privado ou número de patentes e startups criadas no local.
Apesar dos esforços, a retenção de talento no interior e a atração de grandes players tecnológicos continuam limitadas, com o Alentejo a manter indicadores de fraca densidade empresarial, envelhecimento populacional e baixa captação de investimento externo.
O “Manifesto de Évora” representa uma tentativa louvável de alinhar estratégias entre Portugal e Espanha num domínio vital para o futuro económico da região e do país. Mas, como em tantos outros programas públicos, o sucesso dependerá menos das declarações e mais da execução concreta, transparente e mensurável das promessas feitas.
Sem resultados tangíveis nos próximos anos — e sem uma fiscalização rigorosa — o manifesto corre o risco de ficar na prateleira das boas intenções não cumpridas.
Alentejo
Alentejo é a segunda região do país com maior área ardida em 2025

Os incêndios florestais já devastaram quase 42 mil hectares em Portugal desde o início do ano, um número oito vezes superior ao registado no mesmo período de 2024, segundo dados do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR). O Alentejo destaca-se como a segunda região com maior área ardida, com 7.079 hectares consumidos pelas chamas.
O relatório, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), revela que, desde 1 de janeiro, foram contabilizados 5.211 incêndios em território continental, provocando uma destruição florestal que só tinha sido ultrapassada, na última década, nos anos de 2017 e 2022.
A região Norte lidera os números, com 30.002 hectares ardidos e 2.864 fogos, concentrando 72% da área total destruída. O Alentejo surge em segundo lugar, seguido do Centro (4.033 hectares), Lisboa e Vale do Tejo (503 hectares) e Algarve (27 hectares).
Um dado preocupante é que mais de metade da área ardida este ano foi consumida desde o passado dia 26 de julho, intensificando a destruição nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Porto.
O relatório também aponta para um aumento alarmante das causas humanas: 19% dos incêndios tiveram origem no uso indevido do fogo e 14% resultaram de atos de incendiarismo. Curiosamente, a maioria dos incêndios ocorreram em dias de risco considerado ‘baixo’ (50%), mas foi também nestes dias que se registou 86% da área ardida.
Dada a gravidade da situação, Portugal continental está em situação de alerta até quinta-feira, com reforço da vigilância e restrições a atividades de risco.
Turismo
Turismo no Alentejo cresce 5% em 2025 e mantém tendência de expansão sustentada

O setor do turismo no Alentejo continua a registar um crescimento significativo em 2025, com aumentos notórios no número de dormidas, hóspedes e nos proveitos globais da região. Segundo dados divulgados pelo Jornal de Negócios, o Alentejo é atualmente uma das regiões com maior crescimento turístico em Portugal, tendo registado uma subida de 5% este ano, mesmo perante um verão considerado desafiante.
José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, sublinha que este é um crescimento sustentado, mas acredita que o potencial é ainda maior. “Será ainda maior quando o país e as instituições olharem para este setor com outros olhos”, afirmou, destacando a necessidade de um investimento mais estratégico e de uma valorização estrutural do turismo no interior do país.
O responsável defende que o Alentejo tem características únicas que o posicionam como um destino turístico de excelência, com um perfil cada vez mais procurado por visitantes que privilegiam experiências autênticas, tranquilidade e contacto com a natureza.
Ambiente
Programa Alentejo 2030 reforça apoios à conservação ambiental

O programa Alentejo 2030 está a intensificar os apoios à conservação ambiental na região, com investimentos focados na proteção da biodiversidade, na melhoria da gestão da água e na promoção de práticas agrícolas e florestais mais sustentáveis, especialmente nas áreas mais vulneráveis.
Financiado por fundos comunitários e nacionais, o programa conta com a colaboração de municípios e entidades locais, apostando numa estratégia de longo prazo que pretende posicionar o Alentejo como um exemplo de inovação ambiental em Portugal.
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