Mundo
Trump comenta encontro com Lula: “Nos abraçamos, ele gostou de mim e eu gostei dele”

Durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, um breve abraço entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, marcou um raro momento de cordialidade em meio a uma relação bilateral marcada por sanções, tarifas comerciais e acusações de ingerência.
Trump descreveu o encontro de forma descontraída: “Nos abraçamos, ele gostou de mim e eu gostei dele”. Segundo o líder norte-americano, a interação durou menos de um minuto, mas foi suficiente para criar um clima que, nas suas palavras, poderá abrir portas para uma reunião formal já na próxima semana.
O gesto simbólico ocorre num contexto de grande tensão entre Washington e Brasília. Em julho, os Estados Unidos impuseram tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, em retaliação à condenação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. A decisão foi classificada pelo governo brasileiro como arbitrária e uma ameaça à soberania nacional.
No seu discurso perante a ONU, Lula reiterou que o Brasil não aceitará sanções unilaterais, sublinhando o compromisso do país com a democracia, o Estado de Direito e a independência do poder judicial. “O Brasil não negocia a sua soberania”, afirmou o presidente, criticando duramente as medidas impostas por Washington.
Apesar da dureza do discurso, o gesto de aproximação repercutiu de imediato nos mercados. A moeda brasileira registou valorização frente ao dólar e o índice Bovespa atingiu novos máximos, sinalizando que os investidores interpretaram o episódio como um possível indício de abertura diplomática.
Especialistas consideram que este momento pode ter três desdobramentos: uma redução pontual da hostilidade aberta, a utilização política interna do gesto por ambas as partes e a preparação de terreno para negociações mais pragmáticas em áreas sensíveis, como comércio e cooperação internacional.
O encontro formal entre os dois líderes deverá ocorrer na próxima semana e poderá definir se o gesto em Nova Iorque ficará apenas como símbolo de cortesia ou se marcará o início de uma fase menos turbulenta nas relações bilaterais.
Mundo
Ibiza sofre dilúvio em poucas horas: seis meses de chuva caem numa tarde

Uma tempestade intensa atingiu esta terça-feira a ilha espanhola de Ibiza, provocando em apenas algumas horas o equivalente a seis meses de precipitação. O fenómeno meteorológico causou inundações generalizadas, afetando o quotidiano de turistas e residentes.
Aeroporto, porto e ruas submersas
No aeroporto de Ibiza, os passageiros tiveram dificuldade em sair das instalações devido ao nível da água. No porto, a chegada de cruzeiros confundia-se com o mar que parecia prolongar-se pelas ruas, tornando a saída dos navios quase num mergulho no Mediterrâneo.
Em algumas esplanadas, os turistas ficaram com água até aos tornozelos, enquanto muitos residentes permaneceram fechados em casa, registando em vídeo o cenário de autêntico dilúvio que se abatia sobre a ilha.
Resgates e estragos em residências
Os habitantes de andares superiores estiveram a salvo, mas quem vive em rés-do-chão e moradias viu-se cercado pela água. Os bombeiros foram chamados a várias situações de emergência, incluindo o resgate de moradores presos em garagens e de condutores cujos veículos foram arrastados pela força da corrente.
Tempestade atravessou a costa oriental espanhola
A tempestade, que chegou com intensidade às Ilhas Baleares, já tinha atravessado nas últimas 48 horas a costa oriental de Espanha, em especial Valência.
Na região valenciana, o episódio trouxe à memória a tragédia de outubro do ano passado, quando em apenas oito horas caiu o equivalente a um ano de chuva, provocando a morte de mais de 200 pessoas. Desta vez, as autoridades reforçaram a vigilância e realizaram verificações porta a porta em localidades de maior risco, evitando ocorrências graves.
Segundo os serviços de emergência, o pior da tempestade já passou, embora persistam estragos e um rastro de lama nas áreas mais afetadas.
Mundo
Trump e Pfizer anunciam acordo para reduzir preços de medicamentos nos EUA

O presidente norte-americano Donald Trump e o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, anunciaram esta terça-feira, na Casa Branca, um acordo que prevê a redução dos preços de alguns medicamentos nos Estados Unidos.
Em contrapartida, a farmacêutica beneficiará de uma isenção de três anos sobre tarifas aduaneiras recentemente impostas pelo Governo norte-americano e compromete-se a investir 70 mil milhões de dólares (59,5 mil milhões de euros) na produção interna de fármacos.
Preços mais baixos para milhões de americanos
Segundo estimativas da Casa Branca, a medida poderá beneficiar até 100 milhões de cidadãos. Embora os detalhes sobre os medicamentos abrangidos não tenham sido revelados, Trump garantiu que “os americanos vão finalmente pagar os preços mais baixos”.
O presidente sublinhou ainda que, até agora, “as pessoas iam ao Canadá e ao México comprar medicamentos” devido aos valores mais acessíveis, algo que espera ver “revertido de forma histórica”.
Pfizer compromete-se a investir e relocalizar produção
Albert Bourla destacou que os novos preços serão definidos em conformidade com as diretivas de Trump, que instaram as farmacêuticas a alinharem os valores praticados nos EUA com os mais baixos registados em países desenvolvidos.
O acordo prevê também que a Pfizer transfira gradualmente a sua produção para território norte-americano, beneficiando, nesse período, da isenção total de tarifas aduaneiras sobre medicamentos importados.
Contexto político e impacto esperado
O anúncio surge após meses de pressão de Trump sobre a indústria farmacêutica e em resposta a uma ordem executiva assinada em maio, que obrigava os laboratórios a reduzir os preços num prazo de 30 dias. Caso contrário, o Departamento de Saúde poderia impor valores com base no princípio da “nação mais favorecida”, equiparando-os aos mais baixos a nível internacional.
O secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., elogiou a medida, afirmando tratar-se de “verdadeira liderança”, ainda que tenha admitido, em tom descontraído, que a insistência do presidente no tema lhe provocou “ansiedade”.
Como complemento, a Casa Branca anunciou a criação da plataforma TrumpRx, destinada a permitir a compra de medicamentos diretamente ao Governo, a preços reduzidos. No entanto, não foi esclarecido quantos fármacos estarão disponíveis nem se os beneficiários de seguros privados serão abrangidos.
Mundo
Jornalista hospitalizado após agressão de agentes do ICE em Nova Iorque

Um jornalista foi hospitalizado na terça-feira depois de ter sido empurrado por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE), durante a cobertura de uma detenção num edifício federal em Nova Iorque. O incidente ocorreu no tribunal federal Jacob K. Javits, na Federal Plaza, onde funcionam tribunais de imigração e escritórios da agência.
O repórter foi derrubado ao chão e retirado do local numa maca, com cinta cervical, após o choque. O caso soma-se a outros episódios recentes envolvendo alegada violência de agentes do ICE contra imigrantes e cidadãos.
Condenação pública
O inspetor da cidade, Brad Lander, e a governadora do estado de Nova Iorque, Kathy Hochul, condenaram a atuação dos agentes nas redes sociais.
“Outro ataque violento de um oficial do ICE a um civil na 26 Federal Plaza, desta vez a um jornalista. Outro ataque à Primeira Emenda, aos nossos vizinhos e à nossa democracia”, escreveu Lander.
Já Hochul afirmou: “Agentes do ICE mascarados empurraram e feriram jornalistas hoje na Federal Plaza. Um repórter foi retirado de maca. Este abuso de imigrantes cumpridores da lei e de repórteres tem de acabar. O que estamos a fazer aqui?”.
Um vídeo publicado pela fotojornalista Stephanie Keith mostra duas mulheres a entrarem num elevador escoltadas por agentes, quando se gera uma confusão. Os oficiais, disfarçados, empurram fotógrafos que acompanhavam o momento.

Este homem foi levado ao hospital após ficar inconsciente e perder toda a sensibilidade por 40 minutos. O ICE o jogou no chão pelo crime de “exercer direitos da 1ª emenda”. O jornalista estava tirando fotos de agentes do ICE em uma área pública de um prédio do governo.
O cinegrafista da Agência Anadolu, L. Vural Elibol, acabou por cair e sofrer ferimentos que exigiram assistência médica imediata.
Reações políticas
Outros responsáveis democratas também se manifestaram, entre eles Zohran Mamdani, candidato a prefeito de Nova Iorque, que recordou um episódio da semana anterior, quando agentes do ICE foram filmados a derrubar uma imigrante que pedia para não prenderem o marido.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) classificou esse caso como “inaceitável”. O agente envolvido chegou a ser despedido, mas foi reintegrado no cargo após uma revisão interna.
O episódio volta a levantar críticas sobre a conduta dos agentes do ICE e a sua relação com direitos constitucionais de imigrantes e da imprensa.
Mundo
PCC pode estar ligado a intoxicações por metanol em bebidas alcoólicas

A Polícia Federal investiga a possível ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com os casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, que já provocaram três mortes confirmadas em São Paulo.
O anúncio foi feito esta terça-feira pelo diretor da PF, Andrei Rodrigues, que sublinhou que “a investigação dirá se há conexão com o crime organizado”.
Falsificação e desvio de metanol
As autoridades apontam para a falsificação de bebidas alcoólicas como origem dos casos. Segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), o metanol importado para adulteração de combustíveis pode ter sido desviado por organizações criminosas para destilarias ilegais e distribuído em bebidas como gin, whisky e vodka.
A situação terá se intensificado após a Operação Carbono Oculto, em agosto, que desmantelou um esquema de fraude e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis ligado ao PCC. Com empresas e transportadoras interditadas, o metanol teria sido escoado para outras redes clandestinas.
Governo em alerta
O Governo brasileiro já acompanha o caso de perto. Em conferência de imprensa conjunta realizada em Brasília, os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmaram o aumento repentino de intoxicações.
“Temos, na nossa série histórica, cerca de 20 casos por ano de intoxicação por metanol. Desde setembro, já se notificou quase metade desse número”, afirmou Padilha.
Um dos episódios investigados envolve quatro jovens hospitalizados após consumirem gin comprado numa adega na Cidade Dutra, Zona Sul da capital paulista, no dia 1.º de setembro.
Na segunda-feira, as autoridades confirmaram a terceira morte relacionada com a ingestão de bebidas adulteradas.
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