Os tripulantes de cabine representados pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovaram esta segunda-feira, em assembleia-geral de emergência, a adesão à greve geral marcada para 11 de dezembro. A votação contou com a participação de 2.802 associados, dos quais 2.305 votaram a favor, 320 contra e 177 abstiveram-se.

A reunião extraordinária foi convocada após o sindicato acusar o Governo de apresentar como “reforma” aquilo que considera ser “o desmantelamento das garantias laborais”, no âmbito do anteprojeto de revisão ao Código do Trabalho. A estrutura sindical afirma que as alterações propostas terão “repercussões enormes no setor da aviação”.

Na semana passada, o SNPVAC criticou também as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que acusara CGTP, UGT e sindicatos de “oportunismo político” pela convocação da greve geral. O sindicato classificou as declarações como “profundamente injustas e desrespeitosas”, defendendo que o Governo tenta “transformar os sindicatos em inimigos da economia”.

O SNPVAC sublinha que “não há modernidade quando se legisla contra quem trabalha” e afirma que o anteprojeto laboral representa “um retrocesso civilizacional sem precedentes”.

A paralisação de 11 de dezembro será a primeira greve geral conjunta da CGTP e da UGT desde 2013, quando Portugal estava sob intervenção da troika.

O Conselho da União Europeia deu esta segunda-feira luz verde ao orçamento comunitário para 2026, após concluir as negociações com o Parlamento Europeu. O documento fixa o limite máximo de compromissos — as chamadas autorizações — em 192,8 mil milhões de euros, enquanto os pagamentos previstos totalizam 190,1 mil milhões.

Segundo o comunicado oficial, o acordo alcançado a 15 de novembro permitiu fechar mais um passo essencial do ciclo orçamental. Este montante representa aquilo que a UE pode comprometer-se a gastar em programas, fundos e projetos durante o próximo ano, ao passo que os pagamentos correspondem ao valor efetivamente desembolsado no período.

O orçamento inclui ainda uma margem de 715,7 milhões de euros abaixo dos limites máximos definidos no Quadro Financeiro Plurianual (QFP) de 2021-2027, garantindo espaço para responder a necessidades inesperadas.

A aprovação definitiva deverá ocorrer já esta quarta-feira, quando o Parlamento Europeu votar o documento final. Trata-se do sexto orçamento anual elaborado no âmbito do atual QFP.

Lewis Capaldi vai finalmente apresentar-se em nome próprio ao público português. O cantor escocês atua a 18 de julho de 2026, na Praia do Relógio, na Figueira da Foz, anunciou esta segunda-feira a organização formada pela Memories of Tomorrow e Live Nation.

A atuação marca a estreia oficial de Capaldi em concerto solo em Portugal, apesar de o músico já ter passado pelo país em 2018, quando abriu um espetáculo de Sam Smith. Em 2022, a sua presença no festival Meo Sudoeste acabou cancelada por motivos de saúde.

Este regresso coincide com o fim de um período de dois anos afastado dos palcos devido à síndrome de Tourette, diagnóstico que o levou a suspender a digressão mundial em 2023. O concerto na Figueira da Foz integra a tour internacional que assinala um novo capítulo da sua carreira.

Bilhetes à venda a partir de 28 de novembro

Os bilhetes estarão disponíveis a partir das 10h00 do dia 28 de novembro, no site lewiscapaldiportugal.com e em lojas Worten. Antes disso, haverá uma pré-venda exclusiva a 26 de novembro para subscritores da newsletter da Memories of Tomorrow. Os preços variam entre 60€ e 120€.

Novo EP “Survive” em destaque

Capaldi traz a Portugal o novo EP “Survive”, lançado a 14 de novembro e que inclui temas como “Something In The Heavens” e “Almost”. A nova digressão irá ainda passar pelo Reino Unido, Austrália e Estados Unidos.

O músico já regressou aos palcos em junho deste ano para o primeiro concerto desde a pausa de 2023 — uma atuação curta, mas emocional, onde partilhou com o público: “É tão bom estar de volta.”

Evento no Baixo Alentejo reúne produtores nacionais e internacionais dedicados à vinificação ancestral em ânfora e talha.

A Herdade do Rocim, entre Vidigueira e Cuba, voltou a acolher o Amphora Wine Day, um encontro que reúne produtores portugueses e estrangeiros dedicados ao vinho de talha, reforçando o papel do Alentejo na preservação desta técnica com mais de dois mil anos.

O evento, promovido anualmente pela Herdade do Rocim, tornou-se uma referência para enólogos, investigadores e consumidores interessados na vinificação ancestral. O método de produção em talha, preservado no Alentejo desde a época romana, utiliza grandes ânforas de barro, as talhas, onde a fermentação ocorre sem recurso a tecnologia moderna, apoiando-se em práticas transmitidas de geração em geração.
Segundo a organização, o Amphora Wine Day pretende valorizar este património imaterial e dar visibilidade a projetos que mantêm ou recuperam métodos antigos de vinificação. A iniciativa reúne produtores que trabalham com talhas ou ânforas de diferentes tradições, incluindo projetos internacionais oriundos da Geórgia e de regiões mediterrânicas onde estas técnicas também subsistem.
Durante o encontro, os visitantes podem provar diferentes vinhos de talha, assistir a conversas sobre o futuro dos vinhos naturais e artesanais e acompanhar demonstrações do processo tradicional, como a abertura das talhas. A programação inclui igualmente gastronomia regional associada à cultura vitivinícola do Alentejo.
A Herdade do Rocim, responsável pela organização, tem desempenhado um papel relevante na revitalização desta técnica. Desde 2014, produz vinhos segundo o método tradicional alentejano, contribuindo para o seu reconhecimento nacional e internacional. O compromisso com práticas sustentáveis e a aposta na identidade do terroir alentejano são apontados pela empresa como centrais na sua estratégia.
O Amphora Wine Day procura, assim, conciliar tradição e contemporaneidade, promovendo a dimensão cultural da talha e reforçando a visibilidade do Alentejo enquanto território onde esta prática histórica permanece viva.