Alentejo Litoral
Inauguração da Escultura “Diálise Luzo” no Lousal Celebra 50 Anos do 25 de Abril
No âmbito das comemorações do Dia do Conselho e do programa dos 50 anos do 25 de Abril, foi inaugurada a escultura Diálise Luzo , da autoria de Moisés Preto Paulo, na freguesia de Inherbarro, no Lousal. Este evento insere-se no programa das celebrações ao longo deste ano, que pretende levar arte pública a todas as freguesias da região, com obras inspiradas nos valores da democracia.
Uma escultura, com uma estética contemporânea e rica em simbolismo, pretende representar o percurso dos 50 anos de democracia em Portugal desde 25 de Abril de 1974 até hoje. “Diálise” reflete o processo de separação e reunião dos ideais, enquanto “Luzo” remete para a identidade nacional. Segundo o autor, a obra traduz uma “mistura de assuntos” da nossa história democrática, onde cada elemento é destacado e cataloga os valores construídos ao longo dos anos.
A obra apresenta uma série de elementos com forte carga simbólica. Entre eles, destaca-se uma espiral que parte de uma placa onde está representado um caracol, metáfora do crescimento da Revolução de Abril, que se desenvolveu de forma orgânica. Ao lado, um cravo, símbolo máximo da revolução, cresce em direção ao alto, qual totem da liberdade, com um sistema de água que lhe confere vitalidade, simbolizando a força e continuidade da democracia.
Outro elemento da escultura é uma estrutura que representa um parlamento em semicírculo, como se fosse um vagão das antigas minas da região, remetendo ao passado mineiro do Lousal. Esta estrutura possui oito rodas e é ornamentada com cinquenta mãos gravadas, simbolizando a contribuição coletiva de cada ano e de cada cidadão para o fortalecimento da democracia.
A escultura inclui ainda um canário, alusão às aves usadas nas minas como alerta contra perigos invisíveis, e uma segonha, que, com o seu papel de vigilante, simboliza a importância da atenção contínua para com os desafios da democracia, vigiando o que de fora pode influenciar a comunidade.
O evento foi um momento especial para a população do Lousal, que viu a sua zona ser revitalizada com iniciativas culturais que resgatam a memória da vila mineira e reforçam o valor da arte pública. A escultura Diálise Luzo vem enriquecer o património local e celebrar, de forma profunda e poética, o legado e a importância dos ideais de Abril.
Esta foi uma das últimas peças a ser inaugurada no programa deste ano, que ainda prevê a instalação de obras em Grândola e Moita, reforçando o compromisso de preservação e celebrando os valores democráticos e a história coletiva de Portugal.
Alentejo
Alentejo é a segunda região do país com maior área ardida em 2025

Os incêndios florestais já devastaram quase 42 mil hectares em Portugal desde o início do ano, um número oito vezes superior ao registado no mesmo período de 2024, segundo dados do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR). O Alentejo destaca-se como a segunda região com maior área ardida, com 7.079 hectares consumidos pelas chamas.
O relatório, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), revela que, desde 1 de janeiro, foram contabilizados 5.211 incêndios em território continental, provocando uma destruição florestal que só tinha sido ultrapassada, na última década, nos anos de 2017 e 2022.
A região Norte lidera os números, com 30.002 hectares ardidos e 2.864 fogos, concentrando 72% da área total destruída. O Alentejo surge em segundo lugar, seguido do Centro (4.033 hectares), Lisboa e Vale do Tejo (503 hectares) e Algarve (27 hectares).
Um dado preocupante é que mais de metade da área ardida este ano foi consumida desde o passado dia 26 de julho, intensificando a destruição nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Porto.
O relatório também aponta para um aumento alarmante das causas humanas: 19% dos incêndios tiveram origem no uso indevido do fogo e 14% resultaram de atos de incendiarismo. Curiosamente, a maioria dos incêndios ocorreram em dias de risco considerado ‘baixo’ (50%), mas foi também nestes dias que se registou 86% da área ardida.
Dada a gravidade da situação, Portugal continental está em situação de alerta até quinta-feira, com reforço da vigilância e restrições a atividades de risco.
Turismo
Turismo no Alentejo cresce 5% em 2025 e mantém tendência de expansão sustentada

O setor do turismo no Alentejo continua a registar um crescimento significativo em 2025, com aumentos notórios no número de dormidas, hóspedes e nos proveitos globais da região. Segundo dados divulgados pelo Jornal de Negócios, o Alentejo é atualmente uma das regiões com maior crescimento turístico em Portugal, tendo registado uma subida de 5% este ano, mesmo perante um verão considerado desafiante.
José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, sublinha que este é um crescimento sustentado, mas acredita que o potencial é ainda maior. “Será ainda maior quando o país e as instituições olharem para este setor com outros olhos”, afirmou, destacando a necessidade de um investimento mais estratégico e de uma valorização estrutural do turismo no interior do país.
O responsável defende que o Alentejo tem características únicas que o posicionam como um destino turístico de excelência, com um perfil cada vez mais procurado por visitantes que privilegiam experiências autênticas, tranquilidade e contacto com a natureza.
Ambiente
Programa Alentejo 2030 reforça apoios à conservação ambiental

O programa Alentejo 2030 está a intensificar os apoios à conservação ambiental na região, com investimentos focados na proteção da biodiversidade, na melhoria da gestão da água e na promoção de práticas agrícolas e florestais mais sustentáveis, especialmente nas áreas mais vulneráveis.
Financiado por fundos comunitários e nacionais, o programa conta com a colaboração de municípios e entidades locais, apostando numa estratégia de longo prazo que pretende posicionar o Alentejo como um exemplo de inovação ambiental em Portugal.
Alentejo
Governo investe 1.500 milhões de euros na gestão da água no Alentejo

A Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou esta terça-feira que o Governo vai investir 1.500 milhões de euros na região do Alentejo no âmbito da Estratégia Nacional para a Gestão da Água. O anúncio foi feito durante a iniciativa “Água que nos Une”, que pretende garantir uma gestão mais eficiente, resiliente e inteligente dos recursos hídricos do país.
Depois do Algarve, que foi a primeira prioridade devido à situação de emergência de escassez hídrica, o foco do Executivo centra-se agora no Alentejo, em especial no seu litoral, onde a falta de água é particularmente grave.
Entre os projetos previstos para a região está um plano de investimentos no ciclo urbano da água, a requalificação de infraestruturas hidroagrícolas, a reabilitação de barragens existentes — como a Barragem da Vigia — e a construção de novas infraestruturas, incluindo a já anunciada Barragem do Crato.
A Ministra adiantou ainda que foi lançado um concurso no valor de 33 milhões de euros para o Alto Alentejo, destinado ao aproveitamento hidroagrícola através da rega do Alqueva. Também está previsto um conjunto de investimentos para a zona de Redondo, onde será construída uma Estação de Tratamento de Água (ETA).
Além das medidas ligadas à gestão hídrica, o Governo pretende avançar com um plano de proteção dos ecossistemas, com especial destaque para o Montado Alentejano. “Queremos preservar o papel do Montado na luta contra as alterações climáticas e a erosão dos solos”, sublinhou Maria da Graça Carvalho.
A governante destacou ainda a importância de articular esforços entre diferentes atores, como universidades, populações locais, empresas e proprietários agrícolas, referindo que estão em curso vários projetos transfronteiriços financiados pela União Europeia.
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