Alentejo
O que mudarias em Évora? | A voz dos Eborenses

O Canal Alentejo foi às ruas de Évora para ouvir a voz de quem vive e sente a cidade todos os dias. A pergunta era simples: “O que mudarias em Évora?” , e as respostas revelam tanto orgulho como preocupação.
Cuidar da cidade e pensar no futuro
A maioria dos eborenses destacou a necessidade de melhorar a mobilidade, a limpeza urbana e os espaços verdes. Pedem também mais transportes públicos e melhor estacionamento, sobretudo dentro das muralhas.
Outro tema recorrente foi a preservação do património. Muitos defendem mais incentivos à reabilitação e ao comércio local, para evitar o abandono do centro histórico.
Mais cultura e oportunidades
Os entrevistados pedem ainda mais dinamismo cultural e iniciativas para os jovens, que ajudem a manter viva a cidade e a atrair novas gerações.
Apesar das críticas, o sentimento é de orgulho e amor por Évora ,uma cidade que continua a inspirar quem nela vive e acredita no seu futuro.
Alentejo
Évora: parques tecnológicos ibéricos assinam aliança simbólica, mas dúvidas persistem no terreno

PACT foi anfitrião da cimeira ibérica de inovação, mas real impacto regional levanta interrogações.
O “Manifesto de Évora” foi assinado no passado dia 3 de outubro, no terceiro e último dia do XVIII Encontro Ibérico de Parques Científicos e Tecnológicos, realizado no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora. O documento, subscrito pela APTE (Espanha) e pela TecParques (Portugal), propõe uma nova visão para os parques do futuro: mais verdes, mais inteligentes, mais inclusivos e mais conectados.
A cerimónia foi celebrada como um marco estratégico para os ecossistemas de inovação da Península Ibérica. Mas, longe dos holofotes, especialistas alertam para o fosso entre o discurso institucional e a realidade no terreno, sobretudo no interior do país, onde os parques enfrentam desafios de ocupação, financiamento e impacto real.
“Acreditamos que os parques têm um papel central na transição para uma economia mais digital e sustentável”, afirmou Soumodip Sarkar, presidente executivo do PACT. A estrutura eborense tem apostado em projetos como o Future Lab, RBM ou AERIS+, e pretende posicionar-se como interface entre a academia (Universidade de Évora, IP Portalegre, Beja e Santarém) e o tecido empresarial.
O Manifesto assenta em cinco eixos estratégicos:
Inovação na génese – promoção de ecossistemas com ciência, talento e indústria;
Compromisso verde – aposta em sustentabilidade e baixo impacto ambiental;
Inteligência aplicada – integração de IA e digitalização;
Foco nas pessoas – criação de ambientes inclusivos e colaborativos;
Abertura ao mundo – estímulo à cooperação internacional.
Contudo, fontes ligadas ao setor científico e tecnológico nacional consideram que, sem auditoria externa e métricas claras de desempenho, o manifesto corre o risco de ser “mais uma carta de intenções do que uma mudança estrutural”.
O PACT é hoje o principal polo tecnológico do Alentejo, contando com seis edifícios e mais de 9.000 m² de área dedicada à inovação. A estrutura anuncia 58 empresas instaladas e 540 postos de trabalho diretos. No entanto, não há dados públicos atualizados sobre taxa de ocupação, volume de investimento privado ou número de patentes e startups criadas no local.
Apesar dos esforços, a retenção de talento no interior e a atração de grandes players tecnológicos continuam limitadas, com o Alentejo a manter indicadores de fraca densidade empresarial, envelhecimento populacional e baixa captação de investimento externo.
O “Manifesto de Évora” representa uma tentativa louvável de alinhar estratégias entre Portugal e Espanha num domínio vital para o futuro económico da região e do país. Mas, como em tantos outros programas públicos, o sucesso dependerá menos das declarações e mais da execução concreta, transparente e mensurável das promessas feitas.
Sem resultados tangíveis nos próximos anos — e sem uma fiscalização rigorosa — o manifesto corre o risco de ficar na prateleira das boas intenções não cumpridas.
Alentejo
Crianças de Évora rezam pela Paz na Festa de Nossa Senhora do Rosário

No dia 7 de outubro, em celebração da memória da Virgem Santa Maria do Rosário, centenas de crianças de Évora participaram numa grande corrente de oração pelo mundo, organizada pela Fundação AIS – Ajuda à Igreja que Sofre. O objetivo é que um milhão de crianças rezem o Terço pela paz e unidade global.
O Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, presidiu à oração do Terço, centrada nos mistérios dolorosos, na igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, contando com a participação dos alunos do Colégio Salesiano e com a animação da Pastoral Salesiana.
Ao dar início à celebração, o Prelado saudou as crianças:
“Um dia bonito para todos, com Maria, Mãe do Céu.”
D. Francisco destacou a união das crianças com outras do mundo, incluindo o Papa Leão XIV e comunidades cristãs perseguidas:
“Estamos aqui para rezar unidos a muitos meninos e meninas, a tentar somar 1 milhão de crianças, que neste dia 7 de outubro, festa de Nossa Senhora do Rosário, rezam pela Paz.”
O Arcebispo agradeceu à comunidade educativa do Colégio Salesiano pela acolhida da iniciativa e incentivou as crianças a levar o espírito de paz para casa:
“Partilhai em casa que hoje rezastes este terço pela Paz. Que sejais muito amigos uns dos outros e que este colégio continue a ser uma Escola de Paz!”
No final do Terço, D. Francisco sublinhou a força da oração infantil:
“As vozes das crianças são vozes de paz, que pedem segurança e conforto. Se não temos paz dentro de nós, temos ódio e rancor e não damos paz a ninguém.”
“Este terço vai trazer paz a tantos locais onde há guerra.”
A celebração foi transmitida em direto pelos canais digitais da Arquidiocese de Évora, permitindo que mais pessoas acompanhassem este momento de fé e união global.
Economia
Rentabilidade da habitação no Alentejo recuou, mas Évora manteve retorno de 5,8%

A rentabilidade bruta da compra de habitação para arrendamento em Portugal fixou-se nos 6,9% no terceiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados pelo idealista. O valor representa uma descida de 0,3 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024, quando a taxa era de 7,2%.
No Alentejo, a cidade de Évora manteve-se como uma das mais estáveis da região, com 5,8% de rentabilidade, valor inferior à média nacional, mas superior aos registados em Lisboa (4,6%) e Funchal (4,8%). Já Santarém destacou-se com um retorno de 7,1%, situando-se entre os distritos com melhor desempenho do país.
De acordo com o estudo, Castelo Branco liderou o ranking nacional com 9% de rentabilidade, seguido de Bragança (8%) e Santarém (7,1%). Entre os mercados menos rentáveis, além de Lisboa e Funchal, figuraram outras capitais de distrito com forte pressão imobiliária.
No segmento não residencial, a análise do idealista apontou rentabilidades médias nacionais de 8% nos escritórios, 8,1% nas lojas e 5,2% nas garagens.
O cálculo considerou a relação entre o preço de venda e o valor de arrendamento solicitado pelos proprietários em cada mercado, resultando na rentabilidade bruta, indicador essencial para medir o potencial de retorno dos investimentos imobiliários.
Alentejo
Obras de requalificação de 1,8M€ no Centro de Saúde de Moura arrancaram

As obras de requalificação do Centro de Saúde de Moura, no distrito de Beja, arrancaram esta segunda-feira, num investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
De acordo com a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), esta é “uma obra muito importante”, que vai dotar o Centro de Saúde de melhores condições para profissionais e utentes, melhorando significativamente a qualidade dos cuidados prestados à população.
A empreitada é promovida pela Câmara Municipal de Moura, no âmbito de acordos assinados em dezembro de 2023 entre a ULSBA e os municípios da região. Através destes protocolos, a ULSBA cedeu a sua posição contratual, permitindo que as câmaras municipais assumam a execução dos investimentos no quadro do PRR.
Com um prazo de execução de nove meses, as obras obrigaram à transferência temporária dos serviços assistenciais para as antigas instalações da empresa municipal Lógica, cedidas pelo município.
Para facilitar o acesso dos utentes, a autarquia implementou um serviço de transporte urbano gratuito, que opera de segunda a sexta-feira, das 07h00 às 20h00, com 13 paragens distribuídas pela cidade.
Apesar das obras, o Serviço de Urgência Básico (SUB) de Moura mantém-se em funcionamento nas atuais instalações, sem necessidade de deslocalização durante o período de intervenção.
Além de Moura, o PRR irá também financiar as obras de requalificação do Centro de Saúde de Castro Verde e a ampliação do seu SUB, num investimento próximo dos 2,2 milhões de euros.
Na área de influência da ULSBA — que abrange o Hospital de Beja e os centros de saúde de 13 concelhos do distrito, com exceção de Odemira — o PRR financiará ainda a requalificação de cinco extensões de saúde, num investimento global de 1,7 milhões de euros.
Os trabalhos, já em curso, abrangem as extensões de saúde de Rosário e Semblana (Almodôvar), Vila Nova da Baronia (Alvito), Casével (Castro Verde) e Garvão (Ourique)
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