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Ambiente

Encontros com orcas na costa portuguesa: “Para elas é brincadeira, para os veleiros não”

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Os incidentes entre veleiros e orcas estão a tornar-se cada vez mais frequentes na costa portuguesa. Desde o início do ano já foram registados cerca de 60 encontros, seis deles apenas na última semana, em zonas como a Costa da Caparica, Cascais, Algarve e Peniche. Um desses episódios resultou no afundamento de uma embarcação.

A situação está a gerar impacto económico e insegurança entre navegadores e empresas marítimo-turísticas, que começam a alterar rotas ou mesmo a cancelar viagens.

O caso mais recente

O velejador Paulo Oliveira relatou à SIC o momento em que o seu barco, pertencente ao clube Oeiras Nautic Squad, foi atingido por orcas quando navegava em direção a Sesimbra.

“Logo no primeiro impacto ficámos sem leme. É uma impotência completa, não podemos fazer nada”, afirmou.

A embarcação sofreu danos graves e acabou por afundar. Apesar de estar segurado, o clube enfrenta agora custos superiores a dez mil euros para retirar os destroços.

Comportamento aprendido

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), este tipo de interação começou a ser registado em 2020, inicialmente com juvenis que tocavam nos lemes dos barcos. O comportamento alastrou entretanto a outros membros da população, estimada em cerca de 40 animais.

“Atualmente calculamos que metade da população já tenha aprendido este comportamento”, referiu Mariana Sequeira, do ICNF.

O biólogo Élio Vicente acrescenta que os animais encaram os lemes como brinquedos: “É uma parte móvel, faz barulho e atrai a sua curiosidade. Não se trata de um comportamento negativo do ponto de vista deles”.

Também Rui Rosa, investigador, sublinha que não há sinais de agressividade: “Um animal com 11 toneladas, se tivesse intenções agressivas, provocaria danos de outra escala”.

Impacto económico e social

A recorrência destes episódios já se reflete na atividade económica. Fernando Sá, proprietário de uma escola náutica, explica que deixou de autorizar passeios pela Barra do Tejo com receio de novos incidentes.

“As orcas encaram como brincadeira, mas para o veleiro não é”, afirmou, acrescentando que o número de embarcações em trânsito, sobretudo as que vêm do norte da Europa em direção ao Algarve, tem vindo a diminuir.

Enquanto a comunidade científica procura compreender melhor o fenómeno, cresce a preocupação entre navegadores e operadores turísticos sobre os riscos e custos associados a estas interações.

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Ambiente

Depressão Cláudia: Moura sem ocorrências graves nas últimas horas

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O concelho de Moura atravessou a passagem da depressão Cláudia sem registo de ocorrências de grande relevância. Entre as 21h00 de quarta-feira, 12 de novembro, e as 18h00 desta quinta-feira, o Serviço Municipal de Proteção Civil não assinalou danos significativos.

Apesar dos trabalhos preventivos realizados nas últimas semanas — limpeza de sarjetas, valetas, bermas, sumidouros e poda de árvores — verificaram-se três quedas de árvores na cidade de Moura. As situações foram rapidamente resolvidas e não provocaram danos pessoais ou materiais.

Durante todo o período, mantiveram-se no terreno equipas da Divisão de Obras e Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Moura, Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, Bombeiros Voluntários de Moura, PSP, GNR e juntas de freguesia.

Perante as previsões do IPMA para as próximas horas, o Serviço Municipal de Proteção Civil continuará a acompanhar a evolução da depressão Cláudia em articulação com os restantes agentes locais, mantendo meios de prevenção ativos no concelho.

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Ambiente

Mau tempo provocou ocorrências durante a madrugada devido à depressão Claudia

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil registou, entre as 00h00 e as 06h00 desta quinta feira, 86 ocorrências relacionadas com a chuva forte associada à depressão Claudia, sobretudo inundações em zonas urbanas. Segundo Pedro Araújo, da ANEPC, 68 situações foram inundações de vias, garagens e caixas de elevador, não havendo registo de vítimas nem desalojados.

As regiões mais afetadas foram a Grande Lisboa, a Península de Setúbal e a zona do Oeste. No distrito de Setúbal registaram se 43 ocorrências, na Grande Lisboa 19 e no Oeste 13. Houve ainda seis quedas de árvores e quatro movimentos de massa, obrigando à mobilização de 184 operacionais, apoiados por 56 veículos.

De acordo com a GNR, o mau tempo deixou várias estradas nacionais intransitáveis, em especial nos distritos de Lisboa, Setúbal e em Marvão, no distrito de Portalegre. Pelas 08h15, a circulação fazia se já com alguma normalidade na maioria das autoestradas e principais itinerários, embora se mantenham constrangimentos pontuais.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera elevou esta manhã o aviso de chuva para vermelho até às 09h00 em vários distritos, devido a precipitação forte e persistente. Seguem se avisos laranja e amarelo ao longo do dia em grande parte do território, incluindo a costa sul, onde a agitação marítima poderá gerar ondas até 5,5 metros. As autoridades recomendam à população especial prudência na circulação rodoviária, junto a linhas de água e na orla costeira.

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Ambiente

“Tempestade canibal” poderá atingir a Terra e traz nova vaga de auroras boreais a Portugal

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A noite de quarta para quinta-feira, já na madrugada de 13 de novembro de 2025, voltou a oferecer aos portugueses um espetáculo raro: auroras boreais visíveis de Norte a Sul do país. Mas segundo o Serviço Geológico Britânico (BGS), estas luzes no céu são apenas o início de algo maior. Uma “tempestade canibal” — nome dado a uma segunda tempestade solar que se alimenta da primeira e se torna ainda mais poderosa — poderá atingir a Terra nas próximas horas.

O BGS elevou entretanto a sua previsão geomagnética para o nível máximo, alertando que este novo evento tem potencial para alcançar a categoria G5, o patamar mais elevado da escala da NOAA. Caso se confirme, poderá ser a maior tempestade solar em mais de duas décadas, com impacto potencial em satélites, comunicações, sistemas GPS, redes elétricas e operações em órbita.

As auroras registadas na última noite foram observadas em vários pontos do país, incluindo Viseu, Figueira da Foz, Serra da Gardunha e Seia. As cores intensas — verdes, rosas e violetas — resultam da interação entre partículas solares e os gases existentes na atmosfera, como o oxigénio e o azoto.

Os especialistas recordam que o Sol atravessa o pico do seu ciclo de 11 anos, fator que explica a crescente frequência deste tipo de fenómenos em regiões onde raramente eram visíveis. A possibilidade de novas auroras permanece em aberto, dependendo do comportamento da tempestade que se aproxima.

Apesar dos alertas, o BGS sublinha que existe sempre margem de incerteza: estas tempestades podem atingir a Terra em apenas 17 horas, mas noutros casos levam muito mais tempo. Ainda assim, as observações de satélite indicam que o evento será “significativo”.

Portugal poderá, por isso, voltar a ser surpreendido por céus coloridos nos próximos dias — um espetáculo tão belo quanto revelador da força invisível que o Sol exerce sobre o nosso planeta.

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Meteorologia

Depressão Cláudia traz chuva intensa e ventos acima dos 100 km/h, país em alerta

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Portugal enfrenta esta semana os primeiros grandes temporais de novembro, com a chegada da depressão Cláudia, um sistema de baixa pressão que promete dias de chuva persistente, rajadas violentas e agitação marítima severa. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou todo o território continental sob aviso amarelo, elevando para laranja o nível de risco em 11 distritos a partir das 21h desta quarta-feira.

O climatologista Mário Marques alerta que Cláudia “vai ter várias fases ao longo dos próximos dias”, sendo que o período mais crítico de precipitação deverá ocorrer “a seguir ao almoço” de hoje. Amanhã, o vento ganhará protagonismo, podendo ultrapassar os 100 quilómetros por hora em zonas expostas, especialmente no litoral e nas terras altas do centro e sul.

Os distritos de Aveiro, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal e Viseu serão os mais afetados pela frente fria, que deverá prolongar-se até sexta-feira. No arquipélago da Madeira, o IPMA mantém o aviso amarelo, com ondas de 3 a 4,5 metros de altura significativa previstas a partir de quinta-feira.

A Proteção Civil pede prudência e prevenção

Perante a severidade da previsão, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população com um conjunto de medidas de segurança. Entre as recomendações, destacam-se: garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, fixar estruturas soltas e evitar a circulação junto da orla costeira ou em zonas arborizadas.

Os condutores são ainda aconselhados a reduzir a velocidade e evitar zonas inundadas, prevenindo acidentes ou situações de arrastamento.

Cláudia: um nome que recorda a vulnerabilidade climática

Fenómenos como a depressão Cláudia tornaram-se mais frequentes e intensos nos últimos anos, consequência das alterações climáticas que amplificam os contrastes térmicos e a instabilidade atmosférica no Atlântico. Outubro e novembro são historicamente meses de forte atividade ciclónica na Península Ibérica, mas os registos mais recentes demonstram um aumento da frequência de tempestades com impacto direto em infraestruturas e segurança pública.

O episódio que agora se aproxima servirá, inevitavelmente, de novo teste à capacidade de resposta das autoridades e à preparação das populações para um outono cada vez mais imprevisível.

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