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Mundo

Trump antecipa entendimento com Xi Jinping e defende acordo em vez de confronto

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou acreditar na possibilidade de alcançar um novo acordo comercial com a China, defendendo que uma solução negociada “é melhor do que estar em conflito”. A declaração foi feita no Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), na cidade sul-coreana de Gyeongju, um dia antes do reencontro com o homólogo chinês, Xi Jinping.

Perante empresários, Trump sublinhou que “o mundo inteiro está a observar” e que um acordo equilibrado “seria um excelente resultado para ambos os lados”.

A reunião decorre após um “acordo preliminar” entre delegações comerciais dos dois países, obtido em Kuala Lumpur, destinado a aliviar as atuais tensões. As fricções agravaram-se recentemente com o reforço dos controlos chineses às exportações de terras raras e a ameaça norte-americana de aplicar tarifas de 100% sobre produtos chineses.

Em declarações a bordo do Air Force One, Trump admitiu reduzir tarifas sobre a China se tal favorecer o combate ao tráfico de fentanil, prioridade assumida pelos EUA para o encontro. Washington e Pequim poderão igualmente aproximar-se de uma solução definitiva quanto ao futuro do TikTok nos Estados Unidos, tendo a legislação norte-americana imposto a desvinculação da app da sua empresa-mãe chinesa, a ByteDance.

Questionado sobre Taiwan, Trump relativizou a possibilidade do tema entrar na agenda: “Talvez ele me pergunte, mas não há muito a dizer. Taiwan é Taiwan.”

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França pressiona União Europeia para investigar Shein devido à venda de bonecas sexuais e armas.

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O governo francês voltou a defender uma investigação europeia à gigante chinesa de comércio online Shein, depois de ter identificado a venda de produtos considerados ilegais ou perigosos, incluindo bonecas sexuais e réplicas de armas.

As autoridades francesas alegam que a plataforma está a facilitar o acesso a artigos que podem violar normas de segurança, proteção de menores e controlo de armamento, ao permitir a comercialização destes produtos através do seu marketplace global.

O pedido surge num contexto de escrutínio crescente sobre a Shein na Europa, onde têm sido levantadas preocupações relacionadas com alegadas práticas de concorrência desleal, condições laborais em fábricas associadas à marca e impacto ambiental de um modelo baseado em fast fashion de produção intensiva.

Paris defende que será necessária uma resposta coordenada a nível da União Europeia, argumentando que a fiscalização isolada por país é insuficiente para um mercado digital transnacional. A pressão francesa acrescenta-se às iniciativas já em curso no Parlamento Europeu, que tem avaliado o enquadramento da empresa no âmbito da nova legislação sobre mercados digitais e responsabilidade das plataformas.

A Shein, por seu lado, tem afirmado publicamente que cumpre as regras dos países onde opera e que remove de imediato produtos que violem as suas normas internas ou legislação aplicável. Contudo, a controvérsia volta a intensificar o debate sobre plataformas internacionais que funcionam como intermediárias de vendedores externos, nem sempre sujeitos a controlos rigorosos.

A discussão deverá agora evoluir para o espaço comunitário, onde a Comissão Europeia poderá vir a avaliar formalmente o caso.

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Ambiente

COP30 no Brasil: Limitar o aquecimento global a 1,5°C ainda é possível, mas janela está a fechar

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O Brasil recebe nos próximos dias a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), na cidade de Belém. A cimeira reúne cerca de 60 chefes de Estado e de Governo para discutir metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa e a expansão das energias renováveis. No entanto, um novo estudo da Climate Analytics alerta que o mundo está muito próximo de ultrapassar o limite de 1,5°C estipulado no Acordo de Paris.

Segundo a investigação, devido à ação considerada insuficiente dos governos, é “muito provável” que o aquecimento global atinja 1,5°C já no início da década de 2030. O relatório defende, porém, que ainda é possível limitar esse excesso e regressar a valores inferiores a 1,5°C antes do final do século — mas apenas com medidas urgentes e mais ambiciosas a partir de 2025.

Os cientistas alertam que o limite dos 1,5°C foi definido precisamente porque acima desse valor os impactos climáticos se tornam mais severos e imprevisíveis, com maior risco de eventos extremos, perda de biodiversidade e degradação de ecossistemas essenciais, como a Amazónia ou as calotes polares.

Nos últimos anos, apesar do aumento das energias renováveis e da redução do custo de tecnologias de baixo carbono, as emissões globais continuam a subir. O relatório destaca que é necessário acelerar o abandono dos combustíveis fósseis e investir em tecnologias de remoção de dióxido de carbono da atmosfera.

Num cenário denominado “Maior Ambição Possível”, o aquecimento poderia atingir um pico de 1,7°C antes de 2050 e depois recuar para 1,5°C até 2100. Ainda assim, os riscos não seriam eliminados — apenas reduzidos.

O diretor executivo da Climate Analytics, Bill Hare, resume o desafio: “Ultrapassar 1,5°C é um fracasso político, mas ainda está ao nosso alcance limitar o tempo que passaremos acima desse limite, para evitar danos irreversíveis”.

Dados do Programa das Nações Unidas para o Ambiente indicam que, com os compromissos atuais, o mundo segue para um aquecimento entre 2,3°C e 2,5°C até ao final do século.

O desfecho da COP30 será decisivo para perceber se os países estão dispostos a reforçar as metas climáticas e a torná-las vinculativas na próxima década.

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Agricultura

Primeira aldeia regenerativa da Europa nasce no Alentejo com tecnologia, tokens e comunidade

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Em Abela, uma pequena localidade no concelho de Santiago do Cacém, está a nascer um dos projetos mais inovadores da Europa em matéria de sustentabilidade e regeneração ecológica: uma aldeia regenerativa, tecnológica e comunitária, financiada por tokens digitais, que promete redefinir o modo como vivemos, produzimos e nos relacionamos com a terra. A iniciativa chama-se Traditional Dream Factory (TDF) e está a transformar um antigo centro de criação de aves num modelo de habitação partilhada, arquitetura bioclimática e gestão descentralizada, com forte aposta na agricultura regenerativa e na interligação entre natureza, tecnologia e comunidade.

Com um investimento inicial de 400 mil euros angariados através da venda de $TDF – um token digital que funciona como activo de acesso e co-governação – a TDF prepara-se para uma nova fase de expansão, que inclui a construção de 14 suites, uma piscina biológica, um restaurante farm-to-table, 23 casas de madeira, estúdios para artistas e zonas de acolhimento de longa duração. O objetivo é criar uma comunidade permanente de 300 residentes até 2026. Esta nova ronda de financiamento pretende captar cerca de um milhão de euros adicionais, mantendo o modelo de financiamento através de criptoativos e contributos voluntários.

Desde 2021, mais de três mil pessoas já passaram pela TDF, entre visitantes, voluntários e nómadas digitais interessados em práticas agrícolas regenerativas, bioconstrução e formas alternativas de gestão do território. O projeto integra-se num movimento mais vasto de regeneração ecológica — e de finanças regenerativas — que defende a valorização da terra, não apenas como recurso económico, mas como bem comum intergeracional. Segundo Samuel Delesque, empreendedor francês e cofundador da TDF, “não somos donos da terra, pertencemos-lhe. O nosso trabalho é deixá-la mais viva do que a encontrámos”.

O conceito de aldeia regenerativa assenta na ideia de restaurar ecossistemas degradados, melhorar a retenção de água, reduzir emissões de carbono, aumentar a biodiversidade e aplicar modelos de permacultura e agrofloresta. Em Abela, foram já plantadas mais de quatro mil árvores, construídas lagoas e valas de retenção de água, desenvolvida uma horta orgânica e iniciada uma produção de cogumelos que poderá chegar aos 300 quilos semanais. Pela primeira vez, todo o consumo de água da comunidade foi assegurado sem recurso a poços, devido à recarga natural dos aquíferos — um indicador prático de que a regeneração hidrológica está a dar frutos.

A aldeia está estruturada como uma Organização Autónoma Descentralizada (DAO), modelo emergente de governação digital que utiliza blockchain para garantir participação, transparência e autonomia nas decisões. A DAO faz parte da OASA Network, uma associação sem fins lucrativos sediada na Suíça, que reconhece juridicamente estas formas de organização descentralizada e promove a criação de comunidades regenerativas em todo o mundo. A OASA, que conta com membros de vários países europeus, está também a apoiar projetos semelhantes no Egipto e na Suécia.

A aposta na tecnologia não se limita ao financiamento. Na TDF utilizam-se ferramentas como o Open Forest Protocol para monitorizar as florestas regeneradas, sensores para medir os níveis de retenção de água, eDNA para rastrear biodiversidade e, mais recentemente, modelos de inteligência artificial que ajudam na gestão dos espaços comuns e na comunicação entre membros. Em articulação com startups agro-inovadoras, estão a ser testados sistemas de agricultura vertical, hidroponia de baixo impacto e desenho agroflorestal assistido por computador.

Apesar do carácter disruptivo do projeto, a ligação à comunidade local tem sido positiva. Os promotores sublinham o acolhimento caloroso por parte dos habitantes de Abela, com quem têm procurado manter laços de colaboração e partilha: eventos culturais com artistas da região, cinema ao ar livre, oficinas e parcerias com técnicos e produtores locais. O antigo aviário, que servia de espaço para festas populares, continua a desempenhar uma função social, agora reconvertido como núcleo comunitário de uma aldeia que se quer aberta, inclusiva e inspiradora.

O impacto económico é outro dos pontos valorizados pelos fundadores. A TDF quer ser também um catalisador de oportunidades, sobretudo para os jovens da região, oferecendo formação em tecnologias digitais, impressão 3D, permacultura, construção sustentável e empreendedorismo social. Ao atrair criadores, engenheiros, artistas e famílias com consciência ecológica, acredita-se que o projeto pode contribuir para o repovoamento do interior alentejano, dando resposta a desafios como a desertificação, o isolamento e a perda de vitalidade económica de muitas zonas rurais.

Portugal foi escolhido para este protótipo europeu por reunir um conjunto de factores únicos: beleza natural, riqueza cultural, clima ameno, território subvalorizado e uma rede crescente de eco-aldeias, nómadas digitais e comunidades alternativas. A localização, a menos de duas horas de Lisboa e próxima da costa alentejana, facilita o acesso e reforça o apelo internacional do projeto.

A Traditional Dream Factory propõe, assim, um novo paradigma: uma economia de baixo impacto, uma habitação partilhada sem especulação, uma relação de pertença com a terra e uma gestão comunitária apoiada pela tecnologia. Numa época marcada pela crise climática, perda de biodiversidade e fragmentação social, esta aldeia regenerativa nasce como um laboratório vivo de esperança — uma fábrica de sonhos ancorada no real.

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Mundo

Paralisação do Governo dos EUA torna-se a mais longa da história ao atingir 36 dias

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A paralisação parcial do Governo dos Estados Unidos ultrapassou esta quarta-feira os 36 dias, tornando-se a mais longa da história do país, sem que haja sinais de acordo entre republicanos e democratas no Congresso para desbloquear o financiamento federal.

O impasse está a ter impacto direto em serviços essenciais e programas sociais. Mais de 42 milhões de pessoas deixaram de receber assistência alimentar federal. Nos aeroportos, a falta de controladores de tráfego aéreo — obrigados a trabalhar sem salário durante a paralisação — provocou atrasos e cancelamentos de voos em vários pontos do país, agravando a situação.

A Casa Branca responsabiliza os democratas pelo prolongamento do ‘shutdown’. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, afirmou que a oposição “continua a obstruir um acordo que permita reabrir o governo”. Já os democratas acusam o Presidente Donald Trump e a maioria republicana de recusar compromissos.

Os democratas defendem a inclusão de mais financiamento para o programa de saúde público Obamacare. Os republicanos, que controlam ambas as câmaras do Congresso, rejeitam esta exigência e acusam a oposição de querer introduzir benefícios para imigrantes indocumentados, acusação que não foi comprovada.

“O país não pode ficar refém de disputas políticas que colocam em risco serviços essenciais”, afirmou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

A última paralisação comparável ocorreu em 2019, também durante a presidência de Trump, quando o governo ficou encerrado durante 35 dias devido ao impasse sobre o financiamento do muro na fronteira com o México.

A situação atual ameaça repetir cenários de salários retidos e suspensão de funcionários federais caso não seja alcançado um compromisso orçamental a curto prazo.

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