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Alentejo

CIMAC aprova regulamento do novo Sistema de Transporte Público Flexível do Alentejo Central

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A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) aprovou o Regulamento de Adesão ao Sistema de Transporte Público Flexível, que passa a definir de forma integrada as regras aplicáveis aos operadores de táxi e aos utilizadores deste serviço em toda a região. A decisão foi validada pelo Conselho Intermunicipal em 18 de novembro de 2025 e publicada oficialmente em Diário da República esta quinta-feira, 4 de dezembro.

Um modelo que aproxima transporte público das necessidades locais

O novo regulamento estabelece as condições de funcionamento de um modelo de mobilidade orientado para zonas de baixa densidade, onde a procura de transporte regular é reduzida. O serviço flexível funcionará mediante reserva prévia, permitindo ajustar horários e percursos às necessidades dos utilizadores — sejam deslocações diárias, consultas médicas ou serviços administrativos.

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As reservas podem ser feitas por telefone, através do website ou presencialmente nas juntas de freguesia. A atribuição das viagens será feita ao operador mais próximo ou, no caso de trajetos intermunicipais, segundo critérios definidos pela CIMAC.

Tarifário mantém valores reduzidos e diferenciados

O regulamento fixa preços acessíveis, variando entre 1,10 euros para percursos até 2 km e 4,75 euros para deslocações até 50 km. No município de Évora mantém-se um tarifário específico para certos circuitos urbanos, dada a sua densidade populacional e características de mobilidade.

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Operadores com novas obrigações e fiscalização reforçada

A adesão ao sistema exige que os operadores licenciados garantam condições de segurança, higiene e cumprimento dos horários definidos. O regulamento inclui ainda um regime sancionatório para situações de incumprimento, que pode traduzir-se em advertências, suspensões ou coimas. A fiscalização e monitorização do funcionamento do serviço fica a cargo da CIMAC, que assegura também a gestão da plataforma de reservas.

Direitos e deveres dos passageiros

Os utilizadores devem efetuar reserva prévia e apresentar título de transporte válido. Entre os seus direitos estão a garantia da realização da viagem marcada, acesso à informação atualizada e possibilidade de apresentar reclamações. O objetivo é assegurar um serviço fiável, transparente e próximo das populações.

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Entrada em vigor imediata

Com a publicação em Diário da República, o regulamento entra de imediato em vigor, passando a abranger todos os municípios da CIMAC, reforçando a aposta regional em soluções de mobilidade adaptadas ao interior.

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ANMP exige solução urgente para evitar “apagão informativo” em oito distritos

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A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) pediu hoje ao Governo uma intervenção imediata para garantir a continuidade da distribuição de imprensa em todo o país, depois de a VASP admitir suspender o serviço em oito distritos do Interior.

A empresa de distribuição justifica a possível interrupção com quebras significativas nas vendas e aumento dos custos operacionais, colocando em risco o fornecimento diário de jornais em Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.

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Para a ANMP, esta decisão “ameaça o direito à informação” e penaliza sobretudo os territórios de baixa densidade, já sujeitos à redução progressiva de serviços essenciais. A associação alerta ainda que o corte na distribuição agravaria desigualdades territoriais e comprometeria o exercício pleno da cidadania.

A ANMP apela, por isso, a uma solução rápida que assegure meios e mecanismos de distribuição equitativos em todo o território.

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Alentejo

Estrada Mourão–Granja vai avançar: Empreitada de 438 Mil Euros já tem contrato assinado

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Marcação de estrada Póvoa Mourão e Estrela 6

A Câmara Municipal de Mourão formalizou, no passado dia 2 de dezembro, o contrato para a empreitada de requalificação da estrada municipal que liga Mourão à vila da Granja, uma intervenção há muito reivindicada pela população local. A obra será executada pela empresa Construções J.J.R. & Filhos, S.A., vencedora do procedimento lançado pela autarquia.

A intervenção incide no troço da RE385 integrado na Estrada Nacional 385, que serve de ligação entre as duas localidades. O investimento total ascende aos 438 mil euros, suportado pelo município, que considera esta obra “estrutural” para a melhoria das condições de mobilidade no concelho.

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O mau estado do pavimento, agravado ao longo dos últimos anos, tem sido motivo de preocupação para moradores e utilizadores frequentes da via, não só pelo desconforto na circulação, mas também pelos riscos associados à degradação do piso. Com esta requalificação, a autarquia pretende resolver problemas antigos e garantir maior segurança rodoviária num dos principais eixos locais.

A Câmara sublinha que esta é uma resposta direta às necessidades expressas pelas populações de Mourão e Granja, assegurando que a obra irá melhorar significativamente as condições de circulação e reforçar a qualidade da infraestrutura rodoviária.

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Vila Viçosa entrega dossier final da candidatura a Património Mundial da UNESCO

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camera vila vicosa

O Município de Vila Viçosa e a Fundação da Casa de Bragança entregaram esta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, o dossier final da candidatura “Vila Viçosa — Sede Ducal” à UNESCO. A submissão decorreu na Comissão Nacional da UNESCO, em Lisboa, após uma fase de análise técnica e a incorporação das alterações solicitadas pelo Comité do Património Mundial, em Paris.

Segundo o município, esta entrega representa “um passo decisivo” num processo que tem mobilizado investigadores, técnicos do património, académicos e diversas instituições nacionais e internacionais. O dossier agora formalizado resulta de meses de revisão, ajustamentos e consolidação de argumentos que demonstram o valor universal excecional do conjunto patrimonial calipolense.

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Ajustes pedidos pela UNESCO

As revisões incluíram aprofundamentos na contextualização histórica de Vila Viçosa enquanto sede da Casa de Bragança, clarificações sobre critérios de autenticidade e integridade patrimonial, bem como a definição de um plano de gestão mais robusto. O Comité do Património Mundial tinha solicitado, durante uma reunião de trabalho em Paris, o reforço de elementos relacionados com a salvaguarda, sustentabilidade turística e envolvimento comunitário.

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A candidatura sublinha o papel singular de Vila Viçosa na formação da identidade nacional, destacando o Paço Ducal, o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, o tecido urbano renascentista e o conjunto de edifícios e práticas culturais associados à Casa de Bragança.

Última etapa antes da decisão

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Com o dossier entregue, segue-se agora a fase de avaliação técnica por parte do ICOMOS — o organismo consultivo da UNESCO para o património cultural — que poderá realizar visitas e solicitar esclarecimentos adicionais ao longo de 2026. A decisão final deverá ser tomada na sessão anual do Comité do Património Mundial, prevista para meados de 2027.

Candidatura com forte apoio institucional

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A Fundação da Casa de Bragança e o Município reforçaram, em comunicado, a importância desta candidatura para o desenvolvimento cultural, económico e turístico do concelho. Afirmam tratar-se de “uma oportunidade histórica” para projetar internacionalmente Vila Viçosa e captar investimento em conservação, investigação e dinamização cultural.

A entrega do dossier coincide ainda com uma estratégia mais ampla de valorização patrimonial no Alentejo, onde várias entidades procuram afirmar o território no panorama cultural europeu.

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Alentejo

Há 10 anos, a UNESCO reconhecia o chocalho de Alcáçovas: uma arte frágil que resiste ao tempo

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alentejo caiado de fresco fabrico de chocalhos

A 1 de dezembro de 2015, Portugal celebrava a inscrição do fabrico de chocalhos na lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente da UNESCO. Passada uma década, a distinção continua a ser mais do que um selo internacional: é um lembrete de que esta arte ancestral, enraizada em Alcáçovas e inseparável da pastorícia alentejana, permanece vulnerável e exige proteção ativa para sobreviver.

O chocalho é, há séculos, a voz metálica do Alentejo profundo. A sua história acompanha a da pastorícia, das rotas do gado, dos homens que percorriam os campos com o som quente e grave das campainhas. A partir da década de 1740, esta arte tornou-se a principal atividade económica da vila de Alcáçovas, lugar onde o fogo, o barro e o cobre se encontram para dar forma a um objeto que é simultaneamente utilitário e identitário.

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Hoje, porém, o fabrico tradicional resiste graças ao trabalho de muito poucos. A fábrica Chocalhos Pardalinho – de Guilherme Maia e Francisco Cardoso – e o chocalheiro Rui Picavéu são os últimos guardiões de uma técnica que exige precisão, força, sensibilidade e o domínio de processos artesanais que ficaram praticamente inalterados ao longo dos séculos. Cada peça é batida, moldada e calibrada à mão, num ritual que poucos ainda sabem executar.

A distinção da UNESCO foi decisiva para devolver visibilidade a esta arte, contribuiu para atrair visitantes, revitalizar a economia local e afirmar o chocalho como um símbolo maior da região de Viana do Alentejo. Mas também trouxe uma responsabilidade acrescida: a consciência de que este património é único e frágil, e que sem políticas públicas firmes, sem formação e sem transmissão geracional, poderá desaparecer em poucas décadas.

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O Município de Viana do Alentejo reconhece essa urgência e tem procurado desenvolver estratégias de valorização e salvaguarda, desde programas educativos até ações de promoção turística e cultural que devolvem o fabrico de chocalhos ao lugar central que sempre ocupou na identidade local. O objetivo é claro: garantir que esta arte não se extingue, que encontra espaço para crescer e que continua a ser uma prática viva, com futuro.

Recorde-se que a candidatura portuguesa à UNESCO foi coordenada pelo antropólogo Paulo Lima e liderada pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, em colaboração estreita com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas. O processo envolveu artesãos, especialistas, agentes culturais e a própria comunidade, que viu na classificação internacional uma forma de reconhecimento e de esperança.

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Uma década depois, o som dos chocalhos permanece como memória e resistência. Em Alcáçovas, o eco metálico que outrora se confundia com o passo lento dos rebanhos continua a fazer-se ouvir, agora como um apelo coletivo à preservação. Não é apenas uma arte que se celebra — é uma forma de vida, uma marca do território e um testemunho da capacidade humana de transformar a matéria em identidade.

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