A Câmara Municipal de Almodôvar lançou a campanha “Almodôvar Mais Limpa Neste Natal – Começa Consigo!”, uma iniciativa que pretende chamar a atenção da comunidade para a necessidade de reforçar os cuidados na separação e deposição de resíduos num período tradicionalmente marcado pelo aumento do lixo produzido.

Segundo o Município, as semanas de Natal e Passagem de Ano trazem um acréscimo significativo de resíduos devido ao regresso de muitas famílias à terra e ao maior dinamismo comercial. Esta pressão adicional faz com que os contentores encham mais depressa, obrigando a uma gestão mais exigente por parte dos serviços de recolha.

A campanha destaca quatro gestos simples, mas essenciais, que podem fazer a diferença: separar, espalmar, guardar e depositar. A autarquia recorda que é fundamental separar corretamente papel, cartão, embalagens, vidro e resíduos indiferenciados; espalmar caixas e embalagens para otimizar espaço; aguardar antes de depositar lixo quando os contentores estiverem cheios; e colocar sempre os resíduos no equipamento apropriado.

Para reforçar a sensibilização, o Município irá distribuir folhetos, cartazes e outros materiais informativos, tanto a residentes como a comerciantes e visitantes. A comunicação digital também será intensificada, com mensagens sobre boas práticas de deposição ao longo de toda a quadra festiva.

O presidente da Câmara, José Tadeu de Freitas, sublinha que este esforço deve ir além da época natalícia. “Embora a campanha tenha um foco especial nas semanas festivas, é importante que estas práticas se mantenham ao longo de todo o ano. A colaboração da comunidade é essencial para garantir uma Almodôvar mais limpa, sustentável e acolhedora”, afirma.

A iniciativa integra o plano municipal de sensibilização ambiental e estará ativa durante todo o período natalício.

A Câmara Municipal de Castro Verde apresenta esta terça-feira, às 18h00, no atual Centro de Convívio de A-do-Corvo, a versão final do projeto para o futuro Centro de Convívio da aldeia. A proposta agora divulgada resulta diretamente dos contributos recolhidos junto da população na sessão participativa realizada em junho, um processo que a autarquia diz ter sido essencial para ajustar o desenho do espaço às necessidades reais da comunidade.

Segundo o Município, a solução apresentada reflete “as expetativas e prioridades manifestadas pelos moradores”, garantindo que o futuro equipamento responda melhor às dinâmicas sociais e ao uso que dele é feito diariamente pelos habitantes.

O novo Centro de Convívio nascerá da requalificação da antiga Escola Primária de A-do-Corvo, tornando-se o sucessor natural do espaço atual, que irá acolher, por sua vez, o futuro Centro Interpretativo da Mineração. Este reposicionamento permite, segundo a autarquia, valorizar o património local e dar nova vida a ambos os edifícios.

O projeto agora reformulado prevê a ampliação do imóvel, a criação de uma cozinha de apoio a iniciativas comunitárias e a requalificação integral do exterior, com a instalação de estruturas mais modernas, funcionais e acessíveis, reforçando a convivência e o conforto dos utilizadores.

Com esta intervenção, o Município de Castro Verde pretende dotar A-do-Corvo de um espaço mais acolhedor e preparado para responder às tradições, atividades e vivências que marcam o quotidiano da aldeia.

Seis dos catorze municípios do distrito de Beja vão manter, no próximo ano, a taxa máxima de participação no IRS, enquanto outros optam por aliviar a contribuição dos munícipes, reduzindo a percentagem que retêm deste imposto. A distribuição revela dinâmicas distintas entre concelhos, com Ourique e Moura a destacarem-se como os que mais abdicam da receita.

No distrito de Beja, nenhum município renuncia totalmente à participação no IRS, mas há casos de reduções significativas. Ourique mantém a taxa nos 2,5%, enquanto Moura, que até agora retinha os 5% máximos, reduz para metade em 2026. Barrancos segue o mesmo caminho e desce de 5% para 3%.

Todos os anos, as autarquias podem ficar com uma parte do IRS liquidado pelos residentes, até ao limite de 5%, devendo comunicar a decisão à Autoridade Tributária até 31 de dezembro do ano anterior. Quando optam por reduzir ou abdicar desta participação, o benefício recai diretamente sobre os contribuintes locais, que veem aumentar o rendimento disponível. Entre 2019 e 2024, a renúncia parcial ou total de municípios a esta taxa representou mais de 951 milhões de euros devolvidos às famílias a nível nacional.

No distrito de Beja, seis câmaras continuam a reter a totalidade permitida por lei: Aljustrel, Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Serpa e Vidigueira. Já Almodôvar, Alvito e Castro Verde ficam-se pelos 4%. Mais abaixo, Mértola e Barrancos fixam a taxa nos 3%, enquanto Odemira se posiciona nos 3,5%. A percentagem mais baixa do distrito é aplicada por Ourique e, a partir de 2026, também por Moura, ambas com 2,5%.

Com este conjunto de decisões, estima-se que os municípios do distrito de Beja recebam menos 1,02 milhões de euros em 2026, consequência direta da diminuição voluntária de receita por parte das autarquias, que optam por aliviar a carga fiscal dos munícipes.

No dia seguinte à ativação do Abrigo Noturno Temporário, criado para proteger pessoas em situação de sem-abrigo durante o período de frio intenso, o Município de Beja avançou com uma operação destinada a prevenir novas ocupações irregulares de edifícios na cidade.

A medida surge numa fase de maior vulnerabilidade social, agravada pelas condições meteorológicas adversas. Desde sexta-feira, o abrigo funciona diariamente entre as 19h00 e as 09h00 nas antigas instalações da Casa do Estudante, cedidas pela Cáritas Diocesana de Beja, e manterá portas abertas até 20 de março.

Numa ação conjunta com os parceiros do NPISA – Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo, técnicos municipais percorreram vários locais sinalizados como potenciais pontos de ocupação. Um dos espaços visitados foi o conhecido “Edifício Refer”, que havia sido intervencionado em fevereiro deste ano: o interior foi limpo, as entradas seladas e as pessoas que ali permaneciam foram encaminhadas para o Centro de Acolhimento Temporário instalado no antigo Estádio Flávio Santos.

A visita contou ainda com representantes da Infraestruturas de Portugal, proprietária do imóvel, e elementos da PSP. Após a avaliação do local, foi decidido proceder ao entaipamento de janelas que se encontravam novamente abertas, prevenindo acessos perigosos e novas ocupações.

Segundo a autarquia, o objetivo central do Abrigo Noturno Temporário é assegurar condições de segurança, conforto e dignidade a quem não dispõe de um local seguro onde pernoitar. As equipas de rua continuam no terreno, realizando um trabalho de proximidade para identificar necessidades, orientar pessoas em situação de sem-abrigo e garantir que todas recebem o apoio adequado.