Sociedade
Covid-19: Diminuição de rastreios de VIH pode aumentar infeções por décadas – estudo
A pandemia de covid-19 originou uma redução de 26% nos testes do VIH realizados em países europeus em 2020, o que pode resultar no aumento de infeções deste vírus nas próximas décadas, alerta um estudo que será divulgado hoje.
“As consequências da interrupção dos sistemas de saúde incluirão um aumento de novas infeções que podem continuar por décadas, bem como um ressurgimento das taxas de SIDA e mortalidade em indivíduos que não conseguiram ter acesso aos testes e que tiveram acesso tardio aos cuidados”, refere o relatório que será apresentado em Lisboa.
As conclusões do estudo, que abrangeu 44 países de quatro continentes, incluindo Portugal, serão apresentadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no lançamento da Semana Internacional e Europeia do Teste, que arranca hoje.
Os dados sobre o impacto da pandemia no rastreio do vírus da imunodeficiência humana (VIH) adiantam que, entre 01 de janeiro e 31 de agosto de 2020, em relação ao período homólogo de 2019, verificou-se uma redução de 26,19% no número de testes em países europeus, que baixou de 204.610 para 151.019.
Além disso, registou-se um aumento da percentagem de testes positivos para o vírus que pode causar a sida (síndrome de imunodeficiência adquirida) de 3,39 para 4,88, o que representou um crescimento de 43,95% nesse período no caso europeu.
“Encontramos um aumento na percentagem de testes positivos em todos os continentes, variando de 2,19% em África a 43,95% na Europa”, adianta o estudo que recorreu a dados da AIDS Healthcare Foundation.
Já no que se refere ao impacto da pandemia nas consultas de pessoas com VIH, o relatório refere que os países de África e da América Latina apresentaram reduções de 7,14% e 24,31% nos atendimentos presenciais, enquanto os países europeus e asiáticos tiveram um ligeiro aumento no número de consultas em 2020.
Por outro lado, os países africanos, asiáticos e latino-americanos registaram reduções no número de novas inscrições nos serviços de saúde, que variaram entre 32,05% e 56,26%, ao contrário dos países europeus, onde se verificou uma evolução positiva deste indicador.
“Apesar dos esforços para fornecer tratamento e cuidados, bem como ferramentas de teste e prevenção para populações vulneráveis durante a pandemia, a covid-19 provavelmente terá um grande impacto sobre esses serviços nos próximos anos”, alerta o estudo.
Os autores esperam que a vacinação contra o coronavírus SARS-CoV-2 “ajude os serviços de VIH a recuperar do impacto substancial da pandemia”, defendendo ainda que, para minimizar estes impactos, são necessárias “estratégias para melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento nos períodos pandémico e pós-pandémico”.
Segundo o relatório “Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2020”, foram diagnosticados 778 novos casos de infeção em 2019, menos 331 face a 2018.
Lusa
Alentejo Central
Praia Fluvial de Mourão recebe qualidade Ouro da Quercus
A Praia Fluvial de Mourão foi novamente distinguida pela Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) com o prestigiado galardão “Qualidade Ouro”, em reconhecimento à excelência da qualidade da água nesta época balnear.
Este reconhecimento, atribuído anualmente, destaca as praias que mantêm consistentemente uma água de qualidade excelente ao longo dos anos, proporcionando assim uma experiência segura e tranquila aos banhistas. A distinção baseia-se em análises oficiais realizadas à água ao longo do tempo.
Neste ano, foram agraciadas 356 zonas balneares com este galardão, representando uma diminuição de 38 em relação ao ano anterior. No entanto, a Praia Fluvial de Mourão continua a destacar-se pela sua qualidade, recebendo também as cobiçadas Bandeiras Azul e Praia Acessível.
A época balnear em Mourão tem início no próximo dia 15 de junho e estende-se até 15 de setembro, convidando os visitantes a desfrutarem das suas águas cristalinas e das suas instalações de qualidade.
Desfrute de momentos de lazer e tranquilidade na Praia Fluvial de Mourão, onde a qualidade da água é sinónimo de garantia e confiança para todos os veraneantes.
Portugal
Cineteatro da Chamusca exibe “Primeira Obra” com presença do realizador Rui Simões
Este domingo, dia 19 de maio, o Cineteatro da Chamusca será palco da exibição do filme “Primeira Obra”, uma produção maioritariamente gravada na região da Chamusca e Ribatejo, contando com a participação e colaboração ativa da comunidade local.
O filme, que estreou nas salas de cinema de todo o país a 25 de abril, será apresentado às 18h00, com a presença especial do realizador Rui Simões. A entrada é gratuita, proporcionando aos espectadores a oportunidade de desfrutar desta obra cinematográfica e de interagir com o seu criador.
“Primeira Obra” mergulha na ficção, explorando um enredo que não se distancia muito da realidade. A história acompanha um jovem luso-descendente que decide dedicar-se ao estudo do documentário “Bom Povo Português”, uma obra icónica de 1980, também realizada por Rui Simões. Esta escolha abre as portas para um paralelo entre a realidade retratada no filme e a do Processo Revolucionário em Curso (PREC), o período abordado no documentário analisado, e o contexto contemporâneo, com o jovem protagonista, Michel, navegando entre estes dois mundos.
A obra promete provocar reflexões sobre a interseção entre passado e presente, oferecendo uma perspetiva envolvente e cativante sobre a história e a identidade portuguesas.
Não perca esta oportunidade de assistir a “Primeira Obra” e de dialogar com o realizador Rui Simões sobre os temas e as inspirações por trás deste filme. Venha participar neste evento cultural que celebra o cinema e a comunidade chamusquense.
Sociedade
Beja retrocede ao esplendor romano de Pax Julia de 17 a 19 de maio
Beja vai mergulhar nos dias gloriosos de Pax Julia nos próximos 17 a 19 de maio, com a realização do IX Festival Beja Romana. Sob o tema “TERRITÓRIO E VILLAE ROMANAS”, a grandiosidade e a imponência da antiga cidade vão ser revividas durante três dias no centro histórico da cidade. O epicentro desta recriação será na Praça da República, onde se localizava o fórum romano e onde dois templos romanos, um dos quais é o maior e mais monumental descoberto até hoje em solo português, são os pontos de destaque.
Os mercados, elementos essenciais da vida urbana na época romana, contribuirão para animar ainda mais esta experiência histórica.
PAX ROMANA: GUERRA, PAZ E DOMÍNIO DO TERRITÓRIO
Há dois mil anos, quem chegava a Beja sabia que estava a entrar em Pax Julia, uma cidade em pleno período de progresso. Longe de ignorar o povoado da Idade do Ferro, vestígios arqueológicos sugerem que a cidade terá mantido elementos do seu passado, incluindo um santuário centrado na água. À medida que o Império Romano se expandia e consolidava, Pax Julia ganhava prestígio e importância na Península Ibérica. Estudiosos concordam que entre os anos 31 e 15 a.C., a cidade recebeu o estatuto de colónia, conferindo-lhe um estatuto excepcional na província da Lusitânia e na Hispania Romana.
O conceito de Pax Romana, que descreve um período de relativa paz e estabilidade dentro do Império Romano, é bem conhecido. Durante cerca de dois séculos, este período de hegemonia proporcionou uma pacificação política relativa e uma certa homogeneidade cultural e social. O comércio floresceu, com Pax Julia a exportar vinho, cereais, azeite e minério, através dos rios Guadiana e Sado, para todo o Mediterrâneo.
Beja, capital de um convento na Lusitânia, tornou-se uma cidade monumental, com vestígios arqueológicos que testemunham a sua importância histórica. As escavações recentes revelaram um fórum romano, cujo templo principal é o maior descoberto em Portugal até hoje, reforçando a posição de Pax Julia como uma das mais importantes cidades do sudoeste da Península Ibérica durante o período romano.
Portugal
Exposição do VI Encontro Internacional de Aguarela na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo
© Município de Montemor-o-Novo
No passado sábado, dia 11 de maio, às 18h30, a Galeria Municipal de Montemor-o-Novo abriu as suas portas para a tão aguardada Exposição oficial do VI Encontro Internacional de Aguarela de Montemor-o-Novo, um evento que decorreu ao longo de uma semana, culminando na inauguração da exposição.
A mostra apresenta os trabalhos dos seis artistas convidados – Cristina Mateus, Didier Georges, Julia Barminova, Michal Suffczynski, Sonia Garcia e Valentina Verlato – que participaram ativamente na 6.ª edição deste Encontro Internacional de Aguarela. A cerimónia de abertura atraiu um público entusiasta, composto por artistas locais e visitantes interessados na arte da aguarela.
Durante o evento de abertura, os aguarelistas uniram talentos para criar uma obra conjunta, tendo o imponente Castelo de Montemor-o-Novo como inspiração, simbolizando o espírito colaborativo e criativo do VI Encontro Internacional de Aguarela.
A Exposição estará patente na Galeria Municipal até ao dia 8 de junho, proporcionando aos visitantes a oportunidade de apreciar as diferentes técnicas e estilos presentes nas obras dos talentosos artistas participantes.
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