Educação
Politécnico de Portalegre anuncia quatro novas licenciaturas e um mestrado para 2026/2027
O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai reforçar a sua oferta formativa no próximo ano letivo com quatro novas licenciaturas e um novo mestrado, abrangendo áreas que vão da Engenharia Química à Comunicação Digital. A informação foi confirmada esta quarta-feira pela instituição.
As novas licenciaturas em Engenharia Química e Biológica, Som e Imagem e Gestão de Recursos Humanos serão lecionadas na Escola Superior de Tecnologia, Gestão e Design (ESTGD). Já a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) passa a oferecer o curso de Línguas Aplicadas em Comunicação Digital.
A ESECS recebe ainda um novo mestrado em Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º ciclo, uma formação alinhada com a crescente necessidade de docentes qualificados nestas áreas.
Segundo o IPP, todos os novos cursos já receberam acreditação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), reforçando a aposta do instituto numa expansão estratégica e sustentada. A instituição passa a contar, assim, com 25 licenciaturas, 17 mestrados e três doutoramentos.
Fernando Rebola, vice-presidente do IPP, sublinha que esta oferta responde às necessidades reais da região e do país, acompanhando a procura dos estudantes e as exigências do mercado de trabalho. Luís Loures, presidente do instituto, já havia destacado em outubro o crescimento da instituição, que passou de 1.800 para mais de 3.200 alunos no espaço de oito anos.
O Politécnico de Portalegre integra quatro escolas: a Escola Superior de Biociências de Elvas, a ESTGD, a Escola Superior de Saúde e a ESECS.
Agricultura
Tecnologia e Sustentabilidade em destaque na Conferência InovEnsino, no IPBeja

O Instituto Politécnico de Beja acolhe esta quarta-feira, dia 10, a terceira edição da Conferência InovEnsino, um encontro que pretende estimular um diálogo alargado sobre o ensino agrícola e os novos desafios do setor agroalimentar no Baixo Alentejo. A iniciativa, que se prolonga durante toda a manhã, coloca no centro da discussão temas como tecnologia, sustentabilidade e o papel estratégico da região na produção alimentar.
A sessão arranca às 8h30 e reúne, na abertura, a presidente do IPBeja, Maria de Fátima Carvalho, a diretora da Escola Superior Agrária, Maria João Carvalho, e o diretor-geral da AJAP, Firmino Cordeiro, sublinhando a importância desta articulação entre academia e setor produtivo.
Ao longo da conferência sucedem-se três painéis temáticos que refletem áreas-chave para a economia agrícola regional. O primeiro é dedicado à fileira dos cereais e às tecnologias emergentes que podem reforçar a sustentabilidade. Segue-se um debate sobre pastagens inteligentes e inovação na produção animal, terminando com uma abordagem multidisciplinar ao azeite e ao olival sustentável, inserido nos ecossistemas mediterrânicos — uma área onde o Alentejo tem marcado presença crescente.
A iniciativa não termina, contudo, dentro das salas de conferência. Da parte da tarde, a organização promove uma visita técnica à Herdade da Figueirinha, no concelho de Beja. Os participantes terão oportunidade de conhecer o lagar, um campo de compostagem experimental, a vinha e a adega, culminando com uma prova de vinhos que evidencia o potencial agroalimentar da região.
A Conferência InovEnsino procura, assim, reforçar a ligação entre conhecimento técnico, inovação e práticas agrícolas sustentáveis, num setor que continua a ser um dos pilares da economia do Baixo Alentejo.
Educação
Entre o físico e o digital: bibliotecas refletem em Évora os desafios do século XXI

Decorreu no Anfiteatro 131 do Colégio do Espírito Santo, no dia 24 de novembro, o 1.º Encontro de Bibliotecas na Universidade de Évora, dedicado ao tema “O Papel das Bibliotecas num Mundo em Mudança: refletir, inovar, conectar e aceder”. A iniciativa reuniu especialistas nacionais e internacionais para analisar os desafios emergentes das bibliotecas contemporâneas e o papel estratégico que estas instituições desempenham no acesso democrático à informação, na mediação tecnológica e no apoio à produção científica.
Com um programa centrado no diálogo e na partilha de experiências, o encontro visou reforçar o papel das bibliotecas enquanto pilares de conhecimento, inclusão e cidadania. Na abertura, Noémi Marujo, Vice-Reitora para a Comunicação, Promoção Institucional e Informação Documental da Universidade de Évora, salientou que as rápidas transformações sociais e tecnológicas exigem destas instituições uma capacidade renovada de adaptação e liderança. Sublinhou que as bibliotecas deixaram de ser meros repositórios, assumindo-se hoje como “plataformas de acesso, inclusão e aprendizagem contínua”, cruciais para apoiar comunidades na complexidade do mundo digital.
A Vice-Reitora destacou que a transformação digital não se limita a disponibilizar acervos online, mas implica criar ambientes em que estudantes, investigadores e cidadãos possam desenvolver competências digitais, trabalhar com dados, explorar ferramentas criativas e participar criticamente na sociedade em rede. Recordou ainda que estas instituições funcionam como “infraestruturas invisíveis” que apoiam a comunicação académica, preservam dados, garantem o acesso aberto e fortalecem práticas de ciência responsável.
Também presente na abertura, Luís Santos, Diretor-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, apresentou uma visão integrada da missão contemporânea destas instituições, que qualificou como “guardiãs da memória e laboratórios de novas formas de conhecimento”. Num contexto marcado pela aceleração tecnológica, pela crise de confiança na informação e pelas desigualdades sociais, considerou que refletir, inovar, conectar e aceder são dimensões interdependentes que permitem às bibliotecas orientar a sociedade em tempos de mudança.
A mesa-redonda dedicada às “Bibliotecas Híbridas” reuniu contributos sobre a integração entre espaços físicos e digitais e os desafios decorrentes da transformação tecnológica. Zélia Parreira, Diretora da Biblioteca Pública de Évora, sublinhou que o lema fundamental das bibliotecas públicas — “não deixar ninguém para trás” — exige modelos híbridos que combinem o melhor dos dois mundos. Destacou ainda a necessidade de promover literacia digital, combater desigualdades de acesso e reforçar a mediação humana como elemento essencial.
Maria Margarida Vargues, da Universidade do Algarve, apresentou uma perspetiva histórica sobre a evolução das bibliotecas, destacando desafios contemporâneos como a gestão de novos serviços, a integração de ferramentas de inteligência artificial e a necessidade de preservar a relação humana num ecossistema digitalizado. Já Susana Lopes, Diretora da Biblioteca da Nova SBE, realçou que, apesar do crescimento dos recursos digitais, “nunca o espaço da biblioteca foi tão utilizado”, destacando a importância crescente de ambientes de confiança, pertença e colaboração.
Ao longo do encontro foram também apresentados projetos e práticas inovadoras no campo da biblioteconomia, com especial enfoque na integração entre recursos físicos e digitais, na inclusão, na literacia informacional e na construção de ecossistemas colaborativos. As intervenções reforçaram o papel das bibliotecas enquanto estruturas estratégicas para as instituições académicas e para a sociedade, preservando memória, impulsionando inovação e promovendo o acesso equitativo ao conhecimento.
Turismo
“Férias Debaixo de Água” regressam ao Oceanário de Lisboa com um Natal subaquático para crianças

O Natal volta a fazer-se de ondas, escamas e barbatanas no Oceanário de Lisboa. Entre 17 de dezembro e 2 de janeiro, as já tradicionais Férias Debaixo de Água convidam crianças dos 4 aos 12 anos a mergulhar num programa onde a magia festiva se mistura com a descoberta do mundo marinho.
Nesta edição, o imaginário natalício ganha novos protagonistas: as renas dão lugar às raias, as estrelas brilham debaixo de água e até a consoada ganha sabor a algas. Ao longo de vários dias temáticos, os participantes são desafiados a explorar ecossistemas, observar comportamentos surpreendentes e conhecer espécies tão distintas como tubarões incansáveis, peixes que dormem longas sestas e as sempre carismáticas lontras-marinhas.
O objetivo é simples: transformar a curiosidade dos mais novos numa aventura que reforça o respeito pelo oceano. Entre jogos, storytelling, ioga, dança criativa, conversas com aquaristas, passeios de teleférico e momentos de expressão artística, as crianças aprendem que cada pequeno gesto conta na preservação do planeta azul.
O programa decorre em dias úteis (excluindo fins de semana, feriados, e os dias 24 e 31), entre as 8h30 e as 18h30, com preços a partir de 55 euros por dia. Existem ainda pacotes de quatro e cinco dias, com alimentação incluída e opções adaptadas a restrições alimentares. Os descontos previstos abrangem irmãos, a compra de pacotes múltiplos e aniversariantes que tenham celebrado festas no Oceanário.
A participação exige inscrição prévia e está sujeita a um mínimo de 10 crianças por dia.
Mais informações e inscrições disponíveis em:
https://oceanario.pt/programas/campo-de-ferias/
Educação
Cerca de 20% dos professores admitem querer abandonar carreira.

Mais de metade dos professores com menos de 30 anos admite a possibilidade de abandonar a carreira docente, segundo o Estudo da Educação divulgado esta terça-feira pelo Diário de Notícias. A tendência não se limita aos mais jovens: também entre os docentes mais experientes cresce a intenção de deixar a profissão, sinalizando um mal-estar generalizado no setor.
No total, cerca de 20% dos professores em Portugal afirmam ponderar sair da docência, num contexto marcado por desgaste acumulado, baixos níveis de atratividade da carreira e pressões crescentes nas escolas. O documento alerta para o impacto inevitável que esta atitude pode ter no futuro da educação, sobretudo num momento em que a escassez de docentes já se faz sentir em vários níveis de ensino.
O estudo estima que, ao longo da próxima década, será necessário contratar em média 3.800 novos docentes por ano apenas para renovar o quadro existente. Este número resulta do elevado ritmo de aposentações previsto e da dificuldade crescente em atrair novos profissionais para a carreira.
A insuficiência de professores não se restringe ao ensino básico e secundário. O relatório observa que o problema começa também a manifestar-se no ensino superior, onde as instituições enfrentam desafios para substituir docentes e garantir continuidade científica e pedagógica.
O cenário traça uma década decisiva para o sistema educativo português, que terá de enfrentar simultaneamente a renovação geracional do corpo docente e a necessidade de tornar a profissão mais sustentável e atrativa.
-
Alentejo1 dia atrásÉvora celebra 10 anos das Montras Vivas com edição histórica e candidatura ao Guinness
-
Alentejo1 dia atrásOito feridos, três em estado grave, em colisão a três na estrada regional 243, no concelho de Avis
-
Portugal3 dias atrásDia da Imaculada Conceição: o que se assinala no feriado de 8 de dezembro?
-
Sociedade2 dias atrásO que está em causa nas alterações à lei laboral? Entenda
-
Portugal1 dia atrásReforma laboral “Trabalho XXI” muda regras da parentalidade, contratos, despedimentos, greve e teletrabalho
-
Ambiente2 dias atrásChuva forte coloca quase todo o continente sob aviso amarelo
-
Política3 dias atrásPresidenciais? Do número recorde de candidatos à imprevisibilidade
-
Sociedade3 dias atrásEstes adultos colocaram uma família inteira e dezenas de operacionais em perigo por iliteracia
-
Educação2 dias atrásCerca de 20% dos professores admitem querer abandonar carreira.
-
Política2 dias atrásAndré Ventura lidera intenções de voto presidencial com queda de Gouveia e Melo
-
Alentejo1 dia atrásBeja reforça solidariedade no Natal com distribuição de alimentos e refeição comunitária
-
Cultura3 dias atrásTrabalhadores de museus e monumentos cumprem última greve do ano
