Mundo
Polónia pede à NATO ativação do Artigo 4.º após invasão de drones russos

A Polónia anunciou esta quarta-feira que avançou com o pedido formal para ativar o Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, após a entrada de drones russos no seu espaço aéreo. O primeiro-ministro Donald Tusk confirmou no Parlamento que foram registadas pelo menos 19 violações, número que ainda poderá aumentar.
“Esperamos um apoio significativamente maior na defesa do território polaco”, afirmou Tusk, acrescentando que, apesar de os drones terem sido abatidos, a situação “muda o contexto político”. O chefe do Governo frisou que a invocação do Artigo 4.º “é apenas o começo” das consultas entre os aliados.
Tusk afastou a ideia de que a Polónia esteja em guerra, mas considerou o incidente “incomparavelmente mais perigoso” do que provocações anteriores.
O Artigo 4.º prevê a realização de consultas sempre que a integridade territorial, a independência política ou a segurança de um Estado-membro esteja ameaçada. Caso os aliados considerem necessário, essas consultas podem evoluir para a ativação do Artigo 5.º, que consagra o princípio de defesa coletiva.
Desde a criação da NATO, em 1949, o Artigo 4.º foi acionado sete vezes, sendo a mais recente em 2022, após a invasão russa da Ucrânia. Já o Artigo 5.º foi invocado apenas uma vez, em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Mundo
Numa das corridas mais importantes do mundo, a China está claramente a ganhar aos EUA

Nos últimos anos, a China tem atraído cada vez mais cientistas norte-americanos e internacionais, numa tendência que especialistas chamam de “fuga de cérebros invertida”. Desde o início de 2024, pelo menos 85 investigadores dos EUA mudaram-se para instituições chinesas, incluindo físicos nucleares, engenheiros da NASA, neurobiólogos, matemáticos e especialistas em inteligência artificial.
A situação é impulsionada por cortes e restrições nos EUA, implementados durante a administração de Donald Trump, que reduziram orçamentos federais de investigação, aumentaram a supervisão de talentos estrangeiros e encareceram vistos H1-B. Por outro lado, Pequim intensificou os investimentos em ciência e tecnologia, oferecendo pacotes atrativos de financiamento, bónus e benefícios familiares.
Programas como o Qiming e fundos governamentais para “jovens talentos excecionais” têm atraído profissionais de áreas estratégicas como IA, semicondutores, comunicação quântica e robótica, com ofertas que podem incluir até 360 mil euros em subvenções de investigação.
A migração de cientistas está a acelerar a capacidade da China em ciência e tecnologia, refletida no aumento de publicações científicas de alta qualidade, progressos no programa espacial e liderança em domínios como energias renováveis, mísseis hipersónicos e comunicação quântica.
Especialistas alertam, porém, que a China ainda enfrenta desafios como controle estatal sobre universidades e empresas, ambiente político restritivo e barreiras culturais e linguísticas. Nos EUA, a saída de talentos pode prejudicar universidades e laboratórios, alterando a dinâmica histórica de liderança científica.
Segundo o matemático Yau Shing-tung, ex-Harvard e atualmente na Universidade de Tsinghua:
“Se cometerem erros e perderem as melhores pessoas, não necessariamente para a China, mas para a Europa e outros países, isso pode ser um desastre para as universidades americanas.”
A competição entre Washington e Pequim não é apenas económica ou militar, mas também científica, e a capacidade de atrair e reter talento de alto nível será decisiva para definir o domínio tecnológico global nas próximas décadas.
Mundo
Greta Thunberg forçada a beijar bandeira israelita: ativistas da flotilha denunciam maus-tratos e violência sob custódia de Israel

Ativistas pró-palestinianos da flotilha humanitária Global Sumud, que chegaram este sábado a Istambul após serem expulsos de Israel, denunciaram terem sido alvo de violência física, humilhações e condições degradantes durante a detenção. Entre os participantes estava a ativista sueca Greta Thunberg, que, segundo testemunhos, terá sido forçada a beijar a bandeira israelita e agredida pelas forças israelitas.
A flotilha, composta por cerca de 45 embarcações, foi intercetada na passada quarta-feira quando se aproximava da costa de Gaza. O grupo transportava ativistas, políticos e voluntários de várias nacionalidades.
De acordo com o The Guardian, Greta Thunberg relatou às autoridades suecas que sofreu maus-tratos sob custódia, incluindo falta de água e comida, más condições sanitárias e infestação de percevejos na cela onde foi colocada. Um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia confirmou que a ativista apresentava sinais de desidratação e irritações cutâneas.
O ativista turco Ersin Çelik, que também integrava a missão, afirmou à agência Anadolu que Greta foi “arrastada pelos cabelos, agredida e forçada a beijar a bandeira israelita”, acrescentando que o episódio foi usado “como aviso aos restantes detidos”.
Relatos de violência e detenções em massa
Outros participantes confirmaram o uso de força extrema por parte das autoridades israelitas. Paolo Romano, conselheiro regional da Lombardia, contou à AFP que os ativistas foram “obrigados a ajoelhar de bruços e espancados ao mínimo movimento”.
O jornalista italiano Lorenzo D’Agostino relatou que os barcos foram “atacados em águas internacionais, a mais de 100 quilómetros de Gaza”, descrevendo dois dias “infernais” na prisão antes da deportação.
Também a ativista malaia Iylia Balais, de 28 anos, denunciou que foram algemados durante horas, impedidos de receber água e medicação, e submetidos a intimidação psicológica.
Reações internacionais e repatriamento
Os 137 ativistas deportados — oriundos de 12 países, incluindo EUA, Itália, Reino Unido, Suíça, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Marrocos, Kuwait, Líbia, Malásia, Mauritânia e Tunísia — chegaram este sábado à Turquia num voo fretado pela Turkish Airlines.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, classificou a interceção como “ato de terrorismo”, garantindo que todos os cidadãos turcos seriam repatriados. No aeroporto de Istambul, familiares e apoiantes receberam os ativistas com bandeiras turcas e palestinianas, gritando “Israel assassino!”.
Do lado português, o Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que ainda não há data nem hora previstas para o regresso dos quatro cidadãos portugueses que também integravam a flotilha.
A equipa jurídica da Global Sumud denunciou ainda que 200 audiências judiciais foram realizadas sem aviso prévio aos advogados, impedindo a assistência legal de ONGs que acompanhavam o caso.
Mundo
Hamas aceita libertar reféns e está “pronto” para negociar plano de Trump

O Hamas anunciou esta sexta-feira que aceita libertar todos os reféns israelitas no âmbito do plano de paz proposto por Donald Trump e afirmou estar pronto para negociar os detalhes “de forma imediata”.
O movimento indicou, através do Telegram, que está disponível para iniciar negociações imediatamente, utilizando mediadores, com o objetivo de discutir os pormenores do acordo. Além da libertação de reféns, o grupo concordou em transferir a liderança da Faixa de Gaza para um órgão palestiniano politicamente independente.
O Hamas garantiu ainda que outras questões do plano Trump sobre Gaza serão tratadas dentro de um quadro nacional palestiniano abrangente, no qual o grupo participará de forma responsável. A declaração, no entanto, não aborda a exigência israelita de desarmamento do Hamas.
O anúncio surge poucas horas depois de Trump ter dado ao grupo até domingo, 23h00 (hora de Lisboa), para se pronunciar sobre o acordo.
Presidente palestiniano compromete-se com eleições
Paralelamente, o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas comprometeu-se a realizar eleições um ano após o fim do cessar-fogo. Abbas afirmou que a Palestina está numa fase “decisiva” e que as autoridades estão a elaborar uma Constituição provisória, a ser concluída em três meses, que servirá de base para a transição da autoridade.
O líder palestiniano reiterou esforços para ampliar o reconhecimento internacional do Estado da Palestina e assegurar a adesão plena às Nações Unidas.
Mundo
Taylor Swift faz história novamente com The Life of a Showgirl e bate recorde próprio

Saiu esta sexta-feira o novo álbum de Taylor Swift, The Life of a Showgirl, marcando mais um recorde na carreira da artista. Este é o 12.º trabalho de estúdio de Swift, criado durante a Eras Tour, que passou por Portugal no ano passado.
O disco, com 12 canções, teve mais de cinco milhões de pré-reservas no Spotify. Taylor Swift superou o recorde do seu álbum anterior, The Tortured Poets Department. O lançamento físico aconteceu à meia-noite, hora da costa leste dos Estados Unidos, reunindo fãs de todo o mundo, os chamados swifties.
O anúncio oficial do álbum foi feito a 12 de agosto, à meia-noite e 12 minutos, através do podcast do então namorado e do cunhado de Taylor, numa referência à numerologia que a artista valoriza. O lançamento coincidiu com marcos pessoais da cantora, incluindo o pedido de noivado de Travis Kelce, anunciado a 26 de agosto, data que teve duplo significado para Swift.
Durante a Eras Tour na Europa, incluindo a passagem por Portugal, Taylor Swift trabalhou na criação do novo álbum. A digressão tornou-se a mais lucrativa de sempre, arrecadando mais de dois mil milhões de euros.
Para celebrar o lançamento de The Life of a Showgirl, foram divulgadas imagens dos bastidores, novos vídeos e o videoclipe do primeiro single, The Fate of Ophelia. Estes conteúdos estão disponíveis nos cinemas até domingo, oferecendo aos fãs uma experiência global do universo do álbum.
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