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Agricultura

“Decisão Polêmica: Simulação de Cheia no Rio Guadiana Desperta Críticas e Questionamentos sobre Gestão Hídrica”

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1.o Lagoa Nuno Mateus

Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo – Interroga-se sobre a simulação de cheia promovida pela EDIA no Rio Guadiana

Numa ação que tem como pano de fundo um compromisso entre a EDIA e o Estado Português, representado pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, cerca de 45 milhões de metros cúbicos de água estão a ser libertados do complexo de Alqueva (Açude do Pedrógão) com o objetivo de simular um caudal de cheia no Rio Guadiana. Esta medida visa assegurar, segundo as entidades envolvidas, “a manutenção natural deste curso de água, uma medida essencial para a limpeza e preservação dos ecossistemas ribeirinhos”.

Este volume de água, somado ao libertado no ano anterior, em meio a uma seca severa, corresponde a uma quantidade que encheria por completo a albufeira do Roxo. É importante notar que desde a conclusão da barragem do Alqueva, os fluxos de água no leito do Rio Guadiana têm se mantido mais elevados e estáveis ao longo de todo o ano, como consequência dos caudais ecológicos que precisam ser mantidos.

Esta ação ocorre num momento em que os agricultores enfrentam cortes de água em suas explorações agrícolas sempre que ultrapassam as quotas estabelecidas pela EDIA. Além disso, existem barreiras à reestruturação de culturas e à distribuição de água aos regantes precários, tudo em nome da redução do consumo de água do EFMA (Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva). Como então classificar esta medida por parte da APA e da EDIA?

Tal situação é ainda mais preocupante dado que toda a região sul do país enfrenta deficiências hídricas significativas, especialmente o Algarve, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, com restrições anunciadas para aplicação num futuro próximo, especialmente no Algarve. O que pensarão os agricultores e cidadãos destas regiões sobre esta decisão? A única conclusão possível é que se trata de um enorme desperdício de água e de má gestão dos recursos hídricos disponíveis no EFMA.

Os 45 milhões de metros cúbicos de água libertados para a simulação de cheia representam um acréscimo ao caudal ecológico, que em anos muito secos pode atingir os 600 milhões de metros cúbicos. No entanto, se esta medida de limpeza do rio se justifica do ponto de vista ambiental, por que não utilizar parte deste caudal ecológico para a sua concretização? E se este compromisso com o Estado Português não está adequado à realidade territorial e de gestão dos recursos hídricos da região, então que se proceda à sua rápida e urgente revisão.

A decisão de simular uma cheia no Rio Guadiana levanta sérias questões sobre a gestão dos recursos hídricos e a priorização dos interesses ambientais em relação aos interesses agrícolas e econômicos. Cabe às autoridades competentes responderem a estas questões e garantirem que as medidas tomadas estejam verdadeiramente alinhadas com as necessidades e realidades locais.

Alentejo Central

Waze Implementa Alertas para Proteger Linces-Ibéricos nas Estradas

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O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está a dar um passo importante na proteção dos linces-ibéricos, uma espécie ameaçada, ao desenvolver um sistema de monitorização em parceria com a Infraestruturas de Portugal e a empresa Waze. Este sistema visa alertar os automobilistas sobre a presença desses felinos nas proximidades das estradas, com o objetivo de evitar atropelamentos.

Num comunicado divulgado por ocasião do Dia Mundial da Vida Selvagem, celebrado em 3 de março, o ICNF anunciou que a monitorização espacial dos linces-ibéricos está prestes a atingir um novo patamar de sofisticação. Este projeto inovador visa garantir a segurança dos animais e dos condutores através da integração de tecnologia de ponta.

A parceria entre o ICNF, a Infraestruturas de Portugal e a Waze envolve o desenvolvimento de um sistema de seguimento capaz de alertar os utilizadores da aplicação Waze sobre a presença dos linces-ibéricos nas proximidades das estradas. Até o momento, o sistema está em fase de teste nas estradas nacionais (EN) 122, 123 e no itinerário complementar (IC) 27, localizadas no Alentejo e Algarve.

Os alertas serão acionados assim que os linces entrarem em áreas virtuais de território com 200 metros de largura, adjacentes às vias, para ambos os lados da faixa de rodagem. Esta medida visa proporcionar aos automobilistas informações em tempo real que lhes permitam adotar precauções e evitar acidentes com estes felinos ameaçados.

O ICNF salienta que os atropelamentos são a principal causa de mortalidade não natural dos linces-ibéricos e que esta nova tecnologia pode desempenhar um papel crucial na redução desses acidentes. A colaboração dos condutores é essencial para o sucesso desta iniciativa, que se espera contribuir para a preservação desta espécie emblemática da fauna ibérica.

O sistema de monitorização utiliza tecnologia de rede LoRa, que permite comunicação a longa distância com consumo mínimo de energia. A interligação com sensores presentes nas coleiras de seguimento dos felinos é fundamental para localizá-los e transmitir os dados quase em tempo real.

Esta iniciativa faz parte do projeto LIFE Lynxconnect, que visa aumentar a população de lince-ibérico e reforçar a conectividade entre as subpopulações de Portugal e Espanha. O ICNF destaca que utiliza várias tecnologias e sistemas na conservação da natureza, incluindo máquinas de foto-armadilhagem, dispositivos de monitorização bioacústica e sistemas de informação geográfica.

A implementação de alertas de proximidade de linces-ibéricos no Waze representa um passo significativo na proteção desta espécie icónica da Península Ibérica, demonstrando como a tecnologia pode ser aliada da conservação ambiental e da segurança rodoviária.

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Alto Alentejo

Fronteira de Marvão sob controlo dos agricultores

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Em consonância com uma tendência que varre toda a Europa, Portugal enfrenta uma onda significativa de protestos liderados por agricultores que protestam por condições justas e uma valorização do setor. De norte a sul do país, inúmeras estradas encontram-se bloqueadas por centenas de agricultores, unidos no Movimento Civil Agricultores de Portugal.

Na madrugada desta quinta-feira, os agricultores, alinhados com o movimento, mobilizaram-se em massa, convergindo em fronteiras estratégicas por todo o país. A iniciativa visa chamar a atenção das autoridades e da opinião pública para as dificuldades enfrentadas pelos agricultores portugueses, que sentem-se esquecidos pelo governo e pelos seus representantes.

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Baixo Alentejo

Federação de Agricultores do Baixo Alentejo denuncia perdas significativas devido à incompetência do Ministério da Agricultura

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Rui Garrido

A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) levanta a voz contra o Ministério da Agricultura, denunciando a sua incompetência que resultou em perdas significativas para os agricultores da região. De acordo com a FAABA, os agricultores enfrentam uma redução de 35% nos montantes a pagar aos Ecorregimes de Agricultura Biológica e de 25% na Produção Integrada.

Estas perdas financeiras são um golpe duro para os agricultores, que já enfrentam atrasos nos pagamentos das ajudas comunitárias e enfrentam dificuldades adicionais devido à seca prolongada. A FAABA critica ainda a disparidade entre os apoios recebidos pelos agricultores espanhóis, que são três vezes superiores aos concedidos em Portugal.

A federação alerta ainda para a falta de organização no período de candidaturas e critica a falta de diálogo por parte do Ministério da Agricultura. Os agricultores foram surpreendidos com valores de apoio muito abaixo do esperado, o que compromete os investimentos já realizados.

Além disso, a FAABA aponta falhas no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum e expressa preocupação com o isolamento crescente da agricultura portuguesa em relação aos parceiros da União Europeia, bem como com a desertificação e o despovoamento das zonas rurais.

Diante deste cenário, a federação exige explicações urgentes e a correção dos erros por parte do Ministério da Agricultura. Além disso, solicita que verbas adicionais sejam direcionadas para os Ecorregimes afetados, a fim de minimizar os prejuízos causados aos agricultores.

A FAABA conclui, enfaticamente, que é necessário um verdadeiro ministro da Agricultura para evitar situações como esta no futuro, garantindo assim o apoio adequado ao setor agrícola e às zonas rurais do país.

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Economia

Protesto em Lisboa denuncia a Navigator Company por envolvimento em exportações para Israel e aponta impacto ambiental

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Ativistas solidárias com o Coletivo de Libertação da Palestina, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa realizaram uma ação de protesto direcionada à sede da The Navigator Company, em Lisboa. A empresa, reconhecida como a sexta maior exportadora de Portugal para Israel, está no centro de críticas pela sua participação na produção de pasta celulósica e papel.

Na fachada do edifício pode-se ler a palavra “Genocida” em tinta vermelha, acompanhada da fixação de cartazes que proclamavam a mensagem: “Quem lucra com o apartheid é cúmplice de genocídio.” Os ativistas expuseram fotografias do atual conflito em Gaza, evidenciando a conexão direta entre as atividades comerciais da Navigator Company e os eventos dramáticos na Palestina.

A Navigator Company acusada pela Climáximo de lucrar diretamente com o apartheid sionista e a limpeza étnica do povo palestiniano. A empresa é alvo de críticas por sua participação em trocas comerciais que são percebidas como uma forma de normalização desses eventos. A Navigator Company é apontada como uma das maiores emissores de CO2 em Portugal, contribuindo para a monocultura eucaliptal e para o colapso ambiental global.

A ação em Lisboa faz parte de uma série de iniciativas que visam empresas portuguesas envolvidas em exportações para Israel. Com mais de 930 empresas em Portugal mantendo relações comerciais com Israel, os ativistas exortam os cidadãos portugueses a cessarem o apoio a empresas envolvidas no que classificam como genocídio na Palestina. O movimento exige que empresas como a Navigator Company cancelem todas as exportações para o estado sionista ou empresas israelitas, e solicita boicote, desinvestimento e sanções a organizações cúmplices da ocupação. A ação também enfatiza a urgência do fim da ocupação da Palestina e a autodeterminação do povo palestiniano.


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